Irmaos que Brigam muito
O que tem demais em minha vida?
Sou um jovem bom e das antigas.
Não entendo muito seus pensamentos,
Não quero que seja só coisa da cabeça.
Eu amo você mais do que amo a mim,
Não quero perder você assim.
Todos os dias, eu tento te encontrar,
Mas, em meu peito, a solidão está.
Não encontro prazer em outros braços,
Só quero você, com beijinhos e abraços.
Quero te amar, mesmo sozinho estando,
Juntinho com meu amor.
Quando acordo de manhã,
Já penso em você.
Vejo as fotos que me fazem lembrar
De um velho sentimento que vive a me guiar.
Quero que o amor só venha me mostrar
Que não há outra, só tenho que te amar.
Quando é noite,
A solidão me toma.
Eu não fico triste, e nem feliz.
Quero que retire a flecha do infeliz,
E que a paz do amor se reine ou diz.
Depois que eu durmo, eu sonho com você,
A noite toda, da lua até o amanhecer.
E quando acordo, algo me obriga a florescer
Todo o amor que sinto por você.
"É melhor ter pouco e administrar com sabedoria do que possuir muito e ser controlado por aquilo que tem.
Afinal, 'melhor é o pouco, havendo justiça, do que grandes rendas com injustiça' (Provérbios 16:8)."
"Jamais desista, pois sempre haverá esperança em tudo! Ainda há muito que fazer, ainda há muito o que amar, ainda há muito o que planejar, ainda há muito o que viver..."
Raphael Denizart
Muito poderia ser dito, entretanto, palavras há em abundância para o pouco que se apreende. Mister se faz o próprio pensar.
Muito se prega sobre a inteligência, sobre o dom e poder daqueles que a detém.
Para mim a inteligência é uma falácia, criada e alimentada pelos pobres de espírito, muleta aonde se sustenta uma mixórdia incrível de pessoas.
Inteligência, no sentido que deveria ter, é a pessoa se integrar com seu meio ambiente, utilizar o que apreendeu, seja pouco ou muito, para contribuir com o seu destino e o destino das pessoas que o cercam.
O sucesso de nossa convivência na sociedade depende muito mais do que somos capazes de apreender do que dos nossos instintos.
Por isso devemos procurar controlar nossos impulsos e confiar na razão.
De você, eu só quero uma rodada de belos sorrisos
Uma porção extra de muito carinho
Uma dose de desejo pra me acompanhar
Pode ser porque eu sou canceriana, sei lá, ou eu sou muito frágil, mas tudo que parece normal pra todo mundo pra mim sempre tá na gota d’água.
A ESTRELA NO ORIENTE
Noite de Natal;
Um simbolismo muito especial,
Onde deveríamos abraçar
Nosso irmão com todo amor,
Sem mágoas ou rancor.
O mundo precisa celebrar
o natal todas as noites do ano;
Para que possamos abraçar nosso irmão
e estender a ele nossa mão,
e com ele ceiar
ainda que seja um pedaço de pão.
É preciso muita fé e força.
Muita perseverança !
Vista-se de sonhos e grite
Mantendo firme dentro de si a luz resplandecente da esperança !
Ainda que dentro de nós esteja
Tudo embaçado,
Com medo e assombrado,
Não mostrar jamais triste
Nosso semblante .
Nao deixar que ninguém apague
a nossa estrela brilhante !
Pois numa noite a estrela no oriente brilhava,
guiando os reis magos
No estábulo onde jesus estava .
JESUS é amor.
Assim ele nos ensinou.
E quanto a mim
Não faço planos.
Pois considero natal
Todos os dias do ano !
Maria Francisca Leite
Direitos Autorais Reservados sob a Lei -9.610/98
MEMÓRIAS DA CHUVA
(Laércio J Carvalho)
...Não levou muito tempo até que a chuva começasse. Veio tão forte que o motorista da jardineira foi obrigado a fazer uma breve parada por que os limpadores de para-brisa não deram conta da tromba d’água que caiu. Foi então que Cândido, apesar do vidro embaçado da janela, viu duas garotas se protegendo da chuva num ranchinho à beira da estrada. Entre raios e trovões, o coração de Cândido parecia querer saltar fora do peito. Do outro lado, a garota que deveria marcar para sempre a sua vida, também o observava. Parecia um botão de rosa sob o bombardeio dos pingos da chuva. De tão molhado, o vestido amarelo grudado à pele exibia o lindo corpo de menina moça e seus cabelos dourados ao sabor do vento que varria de um lado para outro o rancho de latas de leite de uma indústria de lacticínios.
A tempestade não durou mais que cinco minutos. Da janela do veículo já era possível enxergar a torre de uma igrejinha. Não estavam a mais que trezentos metros da praça central do povoado e, assim que a jardineira teve o motor acionado, passaram pelas meninas que, de tão distraídas com os jovens viajores, pisavam mais sobre as poças d’água que sobre o lastro da estrada. Cândido se lembrou da música que ouvira naquela manhã no toca-fitas do Corcel amarelo: “Rain Memories”, Memórias da Chuva, com Paul Denver. Estranhamente, ambos sentiram medo; medo de se perderem daquele casual encontro e nunca mais se reencontrassem.
Assim que o motorista encostou a velha jardineira no ponto de embarque e desembarque, o olhar de Cândido não desgrudou das meninas até que virassem à esquerda em uma rua na cabeceira da praça. Porém, de um último olhar antes de virar a esquina, Cândido fez uma leitura de pensamento: *Ela vai voltar!*, concluiu. Enquanto isso, seu amigo não pensava noutra coisa que não fosse um sanduíche e uma garrafa de refrigerante gelado.
Na pracinha, com a esperança de rever seu lindo “botãozinho de rosa molhado”, Cândido ficou a observar os passarinhos em festa nos galhos de uma caneleira em frutificação, enquanto o amigo, bem informado por um habitante local, seguiu rumo à única lanchonete do bairro. Naquele instante o Sol deu suas caras. Como criança assustada com a chuva, aos poucos perdeu o medo voltando a brilhar novamente entre nuvens rarefeitas de algodão. Os manacás de jardins, com floração tardia nos braços da Mantiqueira, inebriavam o ambiente com um doce e suave perfume. As abelhas, num constante vai e vem entre flores e colmeias, não davam trégua ao bem cuidado jardim do pitoresco “Morada do Sol”.
Cândido, entretido com a algazarra dos beija-flores, não percebeu a chegada do amigo trazendo nas mãos um pão com mussarela e uma garrafa de coca-cola. Ao mesmo tempo, do outro lado do jardim, sob a sombra de uma jovem acácia, a mais linda flor de “Morada do Sol” o aguardava. Cândido, com coração a mil, agradeceu a gentileza do amigo, porém recusou a oferta.
_Não vai tomar nem a coca, seu tonto? // Insistiu o amigo.
_Não!... Obrigado!... Sei que está ficando tarde... Mas, por favor, me aguarde no bar por mais alguns minutos.
_Fica frio!... Sem pressa!
Enquanto o amigo caminhava para a lanchonete, Cândido seguiu em direção à bela princesinha dos cabelos dourados que, percebendo sua intenção, se levantou e veio ao seu encontro. Por um momento, ambos tiveram a impressão de estarem caminhando sobre nuvens. De pernas bambas e corações palpitantes, se viram frente a frente a dois passos de se tocarem. Seus olhares se cruzaram; suas bocas tinham sede; seus lábios molhados se mordiam de desejo. Do outro lado da praça, a sentinela que a acompanhava não desgrudava os olhos de ambos os lados da rua. Parecia bastante ansiosa, temendo por algum imprevisto.
Apesar das pernas bambas e o suor excessivo, Cândido tomou a iniciativa:
_Oi!
_Oi!
_Posso saber seu nome?
_Claro!... Meu nome é Lucy!... E o seu?!
_Chamo-me Cândido!... Não é um nome tão bonito quanto o seu.
_Obrigada!... Adorei seu nome!... Você está visitando alguém no bairro ou apenas de passagem?
_Somos estudantes... Estamos vindo de “Espírito Santo das Araucárias”... Meus pais moram em uma fazenda num bairro conhecido como “Voz do Vento”... Você conhece?
_Sei onde fica... Certa vez passei por lá com meus pais... Fomos visitar uma tia doente no município de “São Francisco do Mogi”.
_Não posso parar muito tempo... Meu amigo está ansioso à minha espera... Você pode me dizer se esse ônibus que nos deu carona faz algum horário para “Caracol” no domingo?
_Sim... Às três da tarde, em ponto, ele parte.
_Tenho que visitar meus pais, mas amanhã estarei nesta mesma praça por volta do meio dia... Gostaria muito de vê-la novamente.
_Eu também!... Acho que nem vou dormir direito... Tenho medo de não te encontrar outra vez.
_Preciso seguir adiante... Meu amigo deve estar impaciente... Mas antes quero te fazer uma pergunta.
_Faça!
_O desejo de beijar tua boca está me matando... Posso te beijar, Lucy?
Por um instante a garota sentiu que poderia ter um “piripaque”. A pele de seu rosto tornou-se rosada; seu coração batia tão forte que podia ser ouvido a um metro, que era a distância que os separava. Lucy olhou para a sentinela que, mesmo apreensiva, usou o polegar de sua mão esquerda e respondeu com um sinal de positivo. Suas mãos não paravam de suar. Com voz meio rouca, proferiu sua resposta:
_Sim!... Quero muito o teu beijo... Só te peço que não faças mau juízo de mim.
Cândido aproximou-se de Lucy e, com as mãos envoltas em seus cabelos dourados, puxou-a de encontro ao seu peito, suspirou fundo, inebriou-se no perfume de sua pele, antes de se perderem num beijo apaixonado.
Assim como o cérebro, o paladar e o olfato também têm suas memórias e, ainda que passassem cem anos daquele primeiro encontro, ambos jamais esqueceriam o doce sabor daquele beijo, o qual ficaria registrado para sempre em suas vidas.
No domingo de manhã, já a par das novidades daqueles primeiros quinze dias de ausência, apesar da felicidade de estar junto à família, Cândido saiu a cavalo pela fazenda; porém, por nenhum segundo tirou Lucy do seu pensamento.
Aquele lindo domingo de céu azul não lhe parecia um dia qualquer. As flores do campo se exibiam mais coloridas e perfumadas. Até os passarinhos cantavam mais alegres, em sintonia com os seus pensamentos. A “primeira vítima” dos arroubos daquela paixão adolescente foi um frondoso pé de jequitibá que, a golpes de canivete, teve seu tronco ferido. As inicias “C & L” no centro de um coração ilustraram uma curta frase: “Lucy, eu te amo”.
Após o almoço de domingo, o pai de Cândido, que o levaria até o vilarejo de “Morada do Sol” para tomar o ônibus, percebendo certa ansiedade no filho, perguntou:
_Cândido!... Não acha que está sendo precipitado?... Afinal, o ônibus parte somente às três da tarde, não é isso?
_Pai... Na verdade eu estou em dúvida: não sei se ouvi treze ou três horas da tarde... Melhor irmos mais cedo que perder a jardineira... Não acha?
Mal sabia ele que o filho estava apaixonado e não via a hora do reencontro com sua amada.
Por volta das treze horas, senhor José encostou seu jipe num ponto de ônibus. Bem que desconfiou que a linda garota sentada em um banco à sombra de uma árvore, não estava ali por acaso. Fingindo não prestar atenção, abençoou o filho e retornou à fazenda. Lucy, com um lindo sorriso nos lábios, não continha sua alegria por aquele feliz reencontro. Cândido, caminhando em sua direção, tinha nas mãos um botãozinho de rosa. Antes de beijá-la, pediu licença para ajeitar em seus cabelos o lindo adereço roubado. O céu, de tão azul se confundia com os canteiros de lírio, e o beijo de Lucy, de tão doce, com mel jataí, cujo aroma recendia por toda a praça.
E assim, muitos domingos felizes se sucederam. Quase sempre os encontros se davam naquela mesma pracinha, num intervalo de quinze dias entre um e outro. Para driblarem a saudade, muitas cartas de amor eram trocadas. Porém, a saudade era tão grande que não era incomum o remetente chegar ao destinatário antes da carta apaixonada.
Comum nos arroubos da juventude, certas atitudes ultrapassam os limites do bom senso. Isso na visão de quem nunca viveu uma grande paixão adolescente. Certo dia Cândido esculpiu num fio de arame uma letra do alfabeto. Lógico! Não seria outra senão a letra “L” de Lucy, nome de sua doce namorada. Nas chamas de um isqueiro a gás, aguardou a incandescência do artefato antes de cravá-lo na pele de seu punho esquerdo. Não gritou, nem chorou. Homem não chora, pensou consigo, embora não evitasse uma lágrima sorrateira deslizando sobre a face. Errou feio quem apostou que Lucy não seria capaz de tamanha loucura. Na primeira oportunidade, apesar das lágrimas de dor, cravou em seu punho direito um artefato incandescente com a letra “C” esculpida em arame de aço. Naqueles áureos tempos o romantismo ainda era moda e os amantes amavam. Diferente dos costumes de hoje onde “os ficantes” ficam.
Alguns meses se passaram. Eis que chegaram as tão sonhadas férias de julho. Cândido foi para a fazenda dos pais e alguns hábitos tiveram que ser mudados. Os encontros que se davam com a luz do dia passaram a acontecer no período noturno. Um cavalo branco que atendia pelo nome de Corisco era o meio de transporte utilizado para as visitas de sábado à noite ao vilarejo de “Morada do Sol”. Nessa ocasião, Cândido já tinha a autorização para cortejar Lucy, desde que fosse um “namoro respeitoso”, dizia o orgulhoso pai da menina.
Naquelas noites enluaradas, o pé de Dama da Noite, que próximo ao portão exalava seu perfume, por muitas vezes foi testemunho de beijos apaixonados e suspiros de amor ao som de lindas melodias tocadas numa vitrola no interior da sala de estar da casa dos pais de Lucy. A romântica “Do You Wanna Dance”, na voz de Johnny Rivers, ainda era a música mais tocada naquela época. A paraguaia Perla despontava nas rádios com “Estrada do Sol”; em Italiano, Alle Porte Del Sole, uma versão do grande sucesso de Gigliola Cinquetti de 1974.
Tempos depois, já com a volta às aulas, uma tarde de domingo do mês de agosto ficaria marcada por conta de uma das lembranças mais felizes de suas vidas. Os ipês amarelos, carregados de flor, ditavam a transição para o início da primavera. No banco da praça do inesquecível vilarejo de “Morada do Sol”, Cândido e Lucy se beijaram pela última vez. Apesar dos momentos, até então, só de alegrias, aquela foi uma tarde triste. Quando a velha jardineira buzinou no costumeiro ponto, uma sensação ruim mexeu com os sentimentos de ambos. Lucy parecia adivinhar o que estava por vir. No momento em que a jardineira partiu, Cândido, com o coração apertado no peito, olhou pela janela. Lucy, que tinha nas mãos uma flor de ipê, acenou-lhe pela última vez daquele pedacinho de chão encantado...
O envelhecimento mostra que o tempo derruba os arrogantes, que a riqueza já não importa muito, enfraquece os que se acham fortes e revela que somos todos iguais!
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