Irma a Distancia
LENTE ALHEIA
Enquanto enxergares
Pelos olhos que te deram
Não desanimes com o que vês.
Teus olhos não querem ver
As cousas que refletem da alma.
Vives de lampejos,
Acreditas na ilusão.
Você usa óculos
Num disfarce vulgar
Tua alma é cega
Teu corpo é vesgo.
Acreditas na imagem,
Na suavidade do vôo.
Tua vida é vazia
Teus valores são podres.
O anteparo que corrige
Tua miopia esconde tua visão.
Vê, por um dia!
Deixe a cegueira da conveniência
E enxergarás pelos teus olhos
O que teimas em ver
Pela lente alheia.
INTERIOR
A tua força,
Esta que o teu interior alimenta,
Não deve faltar
À mesa do desafortunado.
Se te chamo,
Ouça!
Não te prendas ao mundo
Como quem se prende
À matéria.
Será corpo sem alma.
Não lhe dei direito
À mediocridade.
Creias em ti
E terás luz.
Será luz!
VERSO BASE
Na rua que brincava
Tinha um pé de amora e
Um pé de limão.
Na infância, suguei o doce da amora.
Hoje, sugo o azedo do limão.
CALO-ME
Calo-me.
A saudade me cala.
Tantas coisas me calam.
É um silêncio enorme.
Um vazio...
Um redemoinho sem vento,
Um conturbar-se em nada!?
Exclamo a frase
Num tempo passado.
Passado.
Passos.
Lento passo o meu dia...
Vejo o mundo e o mundo do vizinho.
Só não vejo o meu.
Olho um vazio.
E o vazio me engole.
Peço um gole de pinga
Tomo num trago.
A cada inveja,
Retribua um sorriso
Não sou um anjo,
Mas diante do amor de Deus
Calo-me.
Pronunciar que te admiro
Gosto de ti é pouco demais
Pois essa nossa amizade
Merece mais que palavras
Merecia ser contada ao mundo
Para que assim todos pudessem sentir
E talvez até entender o que é ter amigos
Quem sabe assim a humanidade se unisse mais
Quem sabe assim eles percebessem o valor da vida
O valor do amigo..
Quem sabe vendo o nosso carinho
Vendo o quanto nos amamos
Respeitamos-nos, admiramo-nos
O quanto nos ajudamos um ao outro
Quem sabe assim dar-se-iam as mãos
Quem sabe assim vissem e sentissem
O quanto importa a vida do nosso semelhante...
Você meu doce amigo, não merece apenas uma declaração
Nem uma simples homenagem
Mas sim o meu agradecimento
Agradecimento a Deus por colocar você no meu caminho
Por você existir em minha vida
Sim agradeço a cada dia de minha vida
Por ser tão privilegiado com tua amizade
Com teu afeto, teu amor, teu carinho...
Uma chama brilha na escuridão e dá clareza a nossa consciência e assim a nossa verdade é resgatada com a assinatura de Deus.
Nós mudamos nossos desejos com o tempo, mas as respostas para suas realizações são lentas, ao curso da realização do primeiro desejo já mudamos para o segundo, e o caos domina, e nada se realiza. Só o desejo verdadeiro no Amor torna –se realidade, porque ele não exige tempo nem espaço para sua realização.
Fazer com que as pessoas não se aproximem muito não é uma forma de esnobar, é uma forma de se proteger.
"Os milhões de sonhos dos quais não lembro metade, mas que me acordam com a suavidade de uma orquestra, harmonicamente afinada em sentimentos dos quais não posso usufruir ou expressar.
De que adiantam anseios que só me corroem? Nada posso fazer com eles, a não ser continuar esperando que eles se ausentem da minha mente e coração.
Na maioria das vezes, pode-se confundir toda essa onda de absurdos com uma obsessão, mas não. Eu sei diferenciar sentimentos reais de loucuras impostas por mim mesma a mim mesma… isso é sentimento. E não é um só, devo dizer, são vários, que estão compondo uma melodia agradabilíssima, se não fosse a impossibilidade de tentar tocá-la. Tocar a música, tocar você… é tudo improvável, é tudo inalcançável, é tudo em vão. De anseio em anseio, o meu dia passa. O que não passa, é a vontade de te ter pra mim.”
As pessoas entram e saim com tanta facilidade da nossa vida que não crio expectativas. Elas entram reviram você por dentro, depois saim fecham a porta e nos deixam a bagunça pra arruma e as lembranças como recordação.
A vida é uma constante mudança e temos que fazer um upgrade interno diariamente, só assim conseguiremos manter a nossa memória ram ativa.
O TEMPO!
O tempo é fiel, ele sempre esta conosco.
Algumas vezes ao nosso lado, outras contra nós.
Quantas vezes você já se pegou esperando?
Esperando alguém?
Esperando algo?
Esperando o tempo passar?
E ele sempre passa não nos contradiz não nos deixa sem sua presença.
O tempo! Dizem que o tempo é companheiro, ele cura feridas, ele nos faz esquecer grandes amores, ele nos faz reféns de nos mesmos.
O tempo! Ele é traiçoeiro, ele esta sempre trazendo de volta o que já foi embora.
O tempo! Ahhh! Se pudéssemos voltar no tempo... O que faríamos com ele?
Talvez fizéssemos as mesmas coisas.
Talvez cometêssemos os mesmos erros.
Talvez fossemos mais felizes. Talvez...
O tempo de companheiro não tem absolutamente nada, ele sempre nos mostra que já esteve por aqui, ele sempre nos apresenta uma conta.
O tempo! Ele sempre é carrasco de nossas vidas.
Corremos atrás de tudo e ao final descobrimos que não temos mais...tempo.
O tempo! O tempo só vai e um dia nos pegamos desejando que o tempo passe que ele vá, porem quando ele passa... quando ele passa nos pegamos desejando que ele volte. Só que se da primeira vez ele passa na segunda ele não volta.
O tempo! Ele cura feridas, ele é companheiro, ele nos faz esquecer grandes amores, ele nos faz reféns de nós mesmos.
Quando é que o tempo cura as feridas?
Quando já estamos prontos?
Ou quando tudo que nos resta e continuar?
Quando é que o tempo é companheiro?
Quando não temos ninguém?
Quando alguém que se ama vai embora?
Ou quando tudo que temos a nossa volta é o tempo de esperar?
Quando é que é que o tempo nos faz esquecer grandes amores?
Quando depois de muito tempo já nos conformamos?
Quando tudo o que podemos fazer é esquecer?
Ou quando tudo que resta é nos conformar?
Quando é que ele nos faz reféns de nós mesmos?
Quando olhamos em volta e tudo que vemos tem a figura de quem já foi embora?
Quando depois de muito tempo ainda sentimos a sua presença?
Ou quando deixamos quem de fato nos ama pra sonhar que aquele grande amor pode um dia voltar?
O tempo! Ele até pode curar feridas, mas são feridas do corpo e não da alma ou do coração.
O tempo! Ele até pode ser companheiro, porem não nos acompanha quando gostaríamos que ele parasse nossa emoção.
O tempo! Ele até nos faz esquecer grandes amores, mas quando esse amor fica nos rodeando ele não funciona, porque afinal ele passa e não leva com ele a paixão.
O tempo! Ele consegue nos fazer sentir reféns, ele nos faz sentir inúteis, ele nos deixa pensar que ele tudo vai resolver, mas no fim tudo o que restou foi que ele passou, nada mudou e nós estamos ainda reféns de um coração que se deixou levar por uma emoção e que ao final não passou de uma grande mas inútil paixão...
Foi lentamente que lá cheguei. Tantas coisas desviaram minha atenção ao longo da estrada, que não percebi que escurecia mais e mais a cada passo. Notei o quanto havia me afastado apenas quando já não pude mais enxergar por andava. Olhei para trás buscando o caminho de volta, mas não o encontrei.
De repente, em meio a mais absoluta e profunda escuridão, pude perceber um vulto. A pequena figura encolhia-se num canto, acuada. Aproximei-me vagarosamente, temendo que qualquer movimento mais brusco de minha parte pudesse afugentá-la. Mas, ao notar minha presença, a menininha limitou-se tão somente a levantar o olhar, acompanhando meus lentos passos em sua direção.
Era muito magra e trajava farrapos. Estava descalça e seus cabelos despenteados eram tão negros que se confundiam com a escuridão do ambiente. As mãos pequeninas e trêmulas repousavam sobre os joelhos. Os dedos das mãos estavam muito feridos, como se ela houvesse tentado se agarrar com muita força a algo que lhe tivessem arrancado impiedosamente. Tinha o rosto sujo e olheiras profundas como se há muitos dias não se alimentasse.
Quando parei diante daquela frágil criatura, notei que havia uma corrente presa a um de seus tornozelos e que os elos estendiam-se escuridão adentro. Ajoelhei-me diante dela. Seus olhos eram enormes, marejados de lágrimas, e me fitavam com uma dor absurdamente comovente.
- Quem é você?
- Estou aqui há tanto tempo que já não me lembro quem sou.
- O que faz aqui sozinha? Não tem medo da solidão?
- É o que mais temo – respondeu-me em fraca voz. – Ajude-me, por favor!
Sua súplica era quase um sussurro, demonstrando o inegável cansaço que a acometia. Surpreendentemente, suas mãos pequeninas e feridas agarraram-se com força às minhas. Lágrimas desesperadas derramavam-se incontroláveis pela pequenina face. Em meio a soluços, levantou a cabeça procurando com seus olhos enormes o fundo dos meus.
- Ajude-me! – voltou a suplicar. – Guie-me para a luz. Não quero mais estar só.
- Ó, minha criança, perdoe-me, mas não sei como. Eu simplesmente não sei como...
Somos orientados ao longo da vida a criar escudos contra aquilo que possa nos ferir de alguma forma -
Não beba gelado, não ande descalço, saia agasalhado, alimente-se bem,
Olhe para os dois lados antes de atravessar a rua, dirija com cuidado, não fale com estranhos...
Mas há coisas que não aprendemos com nossos pais, lições que não são ensinadas nas escolas,
Não há universidades, cursos de especialização, não constam de livros.
Há ensinamentos que a raposa se esqueceu de ensinar ao Pequeno Príncipe.
Nada, nem ninguém, nos prepara para aquilo que machuca mais -
A perda de um ente querido, o fim de um relacionamento, a distância, a ausência, a saudade...
Tudo aquilo que fere tanto a nossa alma...
Ninguém nos ensina a superar, evitar, esquecer, relevar as dores que doem mais.
Os amigos nos aconselham, os familiares nos previnem, os terapeutas nos alertam,
Mas não há um guia prático de “como adormecer uma noite com o coração em prantos e acordar no dia seguinte sem qualquer rastro daquilo que nos devastou por dentro”.
Passar a vida criando escudos não nos resguarda dos maiores sofrimentos.
Pois se nem ao menos a rosa, cingida de pontiagudos espinhos, consegue evitar sua colheita,
O que há de prevenir nosso coração de SENTIR?
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