Incompreensões
A dor da alma esta na incompreensão de si próprio. É no caos da falta de identidade e de organização mental que a alma adoece. A cura interior começa pelo autoconhecimento. Toda a mudança se inicia no plano mental e é a partir das intenções que se efetivam as ações.
Somos aquilo que pensamos ser e o mundo que enxergamos a nossa volta é reflexo de nós mesmos. Buscando uma linha de raciocínio, lembro-me de Jesus Cristo quando disse: "Se teus olhos forem bons, o seu corpo será luz". Muitos buscam enxergar a luz e as trevas no outro, mas não compreendem que o processo de iluminação começa por si mesmo.
Disse Mahatma Gandhi: "Seja a mudança que deseja ver no mundo". Quer um conselho? Encerro minha breve reflexão com as sábias palavras do mestre Sócrates: "Conheça-te a ti mesmo e conhecerás os homens e os Deuses".
As vezes parece difícil compreender o que até então é incompreensível aos olhos, mas que ao mesmo tempo parece perceptível à alma. Em alguns momentos é preciso viajar em seu interior, buscando o seu real Ser, aquele que vive dentro de ti, inquieto, por horas inconstante, mas pronto para viver verdadeiramente com toda a intensidade que a vida merece ser vivida. Sim, viver é uma arte, aprender é o aperfeiçoamento da arte e o olhar da alma é a venda que se tira dos olhos, mesmo que diante do desconhecido, todavia, é conhecer a si mesmo pelo olhar de dentro, buscando a verdadeira felicidade pela voz do coração.
Alguns passagens em nossas vidas são únicas, a importância delas esta num contesto
incompreensível, inexplicável. Alguns momentos são tão mágicos, que nos tocam, nos
acrescentam, nos acolhe de alguma maneira. É uma energia do bem que recebemos
sabe-se lá de onde veio e até por que veio... Aprendi que tem coisas que é irretribuível, é
só uma questão de sentir e fazer valer”...
Tudo tem seu preço, quanto mais humano você se torna, mais incompreensão encontra pelo caminho. Difícil ser espirituoso entre pobres de espirito. Mas não tenho como retroceder, só posso orar e esperar que um dia essas pessoas se encontrem....
Decifrar o codificado nem sempre tem significado.
Às vezes a gente precisa entender o incompreensível, buscar o que não se encontra.
Saindo sem rumo nem direção na estrada da vida.
Mas têm coisas que só o tempo é quem pode dizer.
Ir, seguir, voar e às vezes só sobrevoar.
Mas quem disse que ia ser fácil ser o seu próprio motorista pra vida?
Se der, reencontro.
Se não der, saudades das lembranças do que nunca deu pra ser.
Tempo... sutilmente nos cerca com sua astúcia incompreensível,
calmamente nos leva de forma tão insensível.
É inadmissível que me destrua assim... é quase imperceptível.
O invisível mais visível que corroe a essência preenchendo-a com o inevitável.
O adeus não se encaixa em nenhum momento, o adeus não é bem-vindo querido Tempo.
Passa e passa mas permanece o mesmo insensível,
o perverso condutor da vida...
E os meus lapsos ainda me abençoam,
me fazendo te perder mais e mais sem me lembrar que você nunca volta.
A compreensão da vida está no entendimento da incompreensão.
Sidney Poeta Dos Sonhos
(Amante da Liberdade)
Agradeço...
À incompreensão daqueles que não compreendo.
Àqueles que apagam as luzes das quais eu ainda não acendi.
Àqueles que sorriem de frente e, ao primeiro passo, apontam-me armas.
Àqueles que nunca conversaram comigo, mas idolatram a minha imagem e tiram suas próprias conclusões.
Aos esperançosos, porque são aqueles que mantêm o caos das esperas.
Aos otimistas, porque são eles que, na primeira frustração, mudam seus pontos de vista.
Aos que olham a alma alheia e baseiam a vida do outro na sua, inclusive, generalizam-na.
Aos que vislumbro no cotidiano e que, com a distância, desconheço.
Aos que se aproximam com interesse e logo desencantam... (...)
Aos que navegam, pois há portos.
Aos felizes, pois há momentos que não cabem em palavras e, muito menos, em denominações... (...)
Àqueles que apontam sem ver, concluem sem pensar, insistem em conceituar.
Aos falsos humildes, pois, em algum momento, vão demonstrar sua pretensão.
Aos ricos, que só ostentam e que se desmoronam em suas fragilidades.
Aos pobres, porque percebem os valores e significados.
Aos ignorantes, porque se acomodam em seus quadrados e preferem a cegueira, a respirar o insuportável saber do outro, ou a sua própria capacidade de ver além dos seus preconceitos.
Aos pseudo-amigos, porque em suas ausências consegui ver os que importam. (...)
Aos do bem, aos do mal, pois só assim saberei a diferença.
Aos que partem, porque me levam onde nossos pés não alcançam.
Aos que ficam, porque me ensinam a continuar. (...)
De tudo algo se tira. Tudo é muito, nada é pouco.
Os extremos me deturpam a visão e continuo agradecendo à vida, porque só assim é possível olhar para as minhas marcas e reconhecer que sou humana.
Fragmentos do livro: Entre Pausas e Reticências, pág 111.
Um dia pensado, que tudo se pode ser vivido em pensamento. Acreditar que mesmo a incompreensão atingindo um sincero compreendedor, é possível compreender tanta incompreensão
Tão acostumada com pessoas incompreensíveis que, quando alguém me compreende, chega a ser assustador.
Devemos aprender com os sábios, que compreendem as incompreensões, que entendem e sabem conviver com os desentendimentos, e que na escuridão do materialismo acendem a luz espiritual para guiá-los ao encontro da paz.
O humano é um ser compreensivelmente incompreensivo. Essa contrariedade se da pelo fato de cada um justificar os fatos procurando argumentos criados por sua própria razão. Razão da qual cada um se permite chegar a conclusões de que se faz correto suas atitudes e que elas justificam sua causas e efeitos.
O código de defesa do consumidor possui um conjunto de normas para estabelecer acordo entre as partes, nele o ônus da prova é invertido, onde dispensa o consumidor de provar determinado fato.
Muitas situações em nossa vida pode ser relacionada a esta inversão do ônus. Em determinados fatos quando nos colocamos a juízes tentamos transferir o peso para a parte contraria buscando nos defender com argumentos da nossa razão.
Nós seres humanos, fornecedores de sentimentos temos o melhor alerta de quando algo está funcionando errado, mas para evitar transtornos buscando resolver algum tipo de problema ou perca de tempo com trocas, nós nos omitimos a estes alertas e continuamos o fornecimento.
Quando a situação apresenta um fatídico problema o fornecedor poderia dizer que a causa foi devido ao mal uso do consumidor ou que o produto apresentava problemas e o mesmo insistiu no uso, ao mesmo tempo que o fornecedor de sentimentos alegaria que o consumidor agia de forma incorreta, percebendo o estancamento de alguns sentimentos, a frieza no relacionamento, a seca no afeto, a distância de suas proximidades e que o mesmo se omitiu quanto aos alertas.
O ônus da prova torna mais fácil a defesa do consumidor, já que o mesmo se apresenta vulnerável. Ou seja isenta o consumidor dos ônus, transferindo a responsabilidade para o fornecedor que apresentará ônus ao seu favor.
Independente das provas, o fato é que tanto o fornecedor quanto o consumidor devem estar atentos quanto a estes alertar para não acontecer problemas ou irregularidades. Testes iniciais podem ser aprovados, mas conforme o uso pode danificar algumas partes que não possuem resistência para a situação. Aí recai sobre o fornecedor estar atento quanto ao que fornece para seu consumidor com revisões ou feedback.
Agente fecha os olhos pra tanta coisa, pra evitar um problema, que não enxerga um problema maior no futuro. E quando temos a possibilidade de transferir o peso para a parte contrária, justificamos suas causas e efeitos procurando nos compreender argumentando com nossa razão, muitas vezes incompreensível.
O desespero te faz tomar atitudes hilárias, incompreensíveis e instáveis, tudo isso momentaneamente.
Somos incompreensíveis, às vezes agimos sem pensar e outras pensamos tanto que não agimos. Nos lamentamos de não ter agido naquele momento e erramos e nos lamentamos posterior a uma ação prematura!
14-Mar de devaneios
Em momentos de devaneios sombrios
Tenho navegado pelo mar da incompreensão
Na vã tentativa da fuga de meus apelos por ti
Bailando com a morte a cada ato dos nossos desencontros.
Não por opção, mas pelo fardo,
Da absurda arte do suplício.
É incrível que,
Mesmo com você ofuscando as estrelas com seu brilho
Eu ainda continue nas trevas do seu descaso.
Como em tempos idos, existe a chance
De navegarmos por águas tranqüilas
Sob a luz de uma lua em festa
E de estrelas trocando de cores, pela felicidade tua.
Basta você segurar minha mão
E confiar nesses meus sentimentos
Que insistem em lhe proteger de falsas promessas.
E sorrindo, venha me alimentar de vida com seus beijos.
Meus caminhos reencontrados na luz do teu brilho
Minha vida devolvida no calor do teu corpo
Súplicas de quero mais você...Te amo.
Eu só preciso de alguém. Parece algo tão incompreensível, talvez por ser tão simples e comum, mas eu preciso de alguém. Alguém que eu possa abraçar e beijar todos os dias, alguém que possa me elogiar e eu saberei que é verdade. Alguém simplesmente para que eu vá no shopping, ou no cinema, ou simplesmente em um praça, ficar observando as crianças correndo. Ou alguém pra ficar em casa, em cima do sofá, brincando, ou assistindo um filme. Comendo doce, pipoca, bebendo refrigerante, sentados na calçada vendo o movimento da rua. Alguém pra simplesmente me fazer companhia no parque. Preciso de um amor, um carinho, um cafuné. Preciso de alguém, simplesmente, alguém.
