Humanidade
A humanidade está dispersa porque está andando em caminhos inversos a procura do abraço da salvação que morreu e vive em nós de braços abertos.
Ao contrário do que se acredita, a ameaça à humanidade não virá do espaço através de uma invasão alienígena inesperada. Ela vai sendo introduzida quase imperceptivelmente por quem já está entre nós, estendendo sutilmente sua rede de poder bem nas barbas de uma massa acomodada e conivente que, no momento do golpe final, se apresentará como seus primeiros adeptos e, ao longo do tempo, como principal força de sustentação.
O grande equívoco da humanidade é insistir em adicionar um complemento ao verbo pensar, quando todas as soluções de que precisa surgem apenas pela colocação de um ponto.
O efeito-manada é um dos males que mais assolam a humanidade, e pelo qual tantas ignomínias são praticadas. Os vultos que mudaram o curso da história surgiram por conta de ideias solitárias transformadas em gigantescas alavancas em vez de bandeiras, e é isso que difere um gênio autêntico do mero fabricante de ideias atrás de prestígio e dinheiro, antes de um legado à posteridade.
A partir da conectividade mundial instantânea e de fácil acesso, uma grande parcela da humanidade – acreditando ter-se tornado mais autêntica – perdeu a noção do limite entre público e privado, expondo pelas mídias suas pústulas, mazelas e infortúnios como se a todos precisassem ser reportados. Ainda que andar nu seja natural e salutar, a sociedade não vê com bons olhos que o façamos livremente. Da mesma forma há que se ter preservada a linha divisória entre nossos rostos – que pertence ao público – e a intimidade, que só a cada um diz respeito.
Tomam-se ideologias de esquerda ou direita como guardiões dos ideais mais nobres da humanidade, quando na verdade passam por ali atores de todo tipo que não só esquecem rapidamente do que os levou até elas como desmentem com seu exemplo as ideias que supostamente os teriam inspirado. A única escolha que jamais nos decepcionará será sempre a bandeira da honra e da licitude em lugar das flutuantes e voláteis ideologias dos fanáticos, pois que não fica sujeita às correntes de ar que as jogam a todo momento de um lado para outro.
O grande equívoco da humanidade diante do que desconhece é permanecer esperando pela resposta quando, em vez disso, deveria estar concentrada em se fazer a próxima pergunta.
Oxalá um dia consigamos moldar uma humanidade que não precise escolher entre este ou aquele ismo, mas apenas entre o que é verdadeiro e o que não é.
Se a humanidade realmente possui um criador, como acredita a maioria, ele sem dúvida não foi muito justo ao moldar a inteligência humana. Daí a razão pela qual você consegue ser tão burro quanto possa, mas não tão inteligente quanto queira.
ANTES DO CRISTO:
A ÉTICA COMO SEMENTE NA ALMA HUMANA.
Desde os primórdios da humanidade, muito antes do nascimento de Jesus, o ser humano já buscava compreender o que era o bem, o justo, o nobre. A ética, nesse sentido, não nasceu com o Cristo — ela foi por Ele aperfeiçoada. Antes d’Ele, pensadores, mestres e sábios já se debruçavam sobre os dilemas morais da existência e sobre os valores que dignificam a alma humana. Um desses nomes fundamentais foi Sócrates (470–399 a.C.), o filósofo ateniense que não escreveu uma única linha, mas cujos pensamentos ecoam há mais de dois milênios.
A Ética em Sócrates: O Conhece-te a Ti Mesmo.
Sócrates não pregava dogmas. Ele inquietava. A ética para ele era vivida no dia a dia, na praça pública, nos diálogos francos. Sua máxima “Conhece-te a ti mesmo” não era apenas um convite introspectivo, mas um imperativo moral: só pode agir corretamente aquele que se conhece, que reflete, que examina suas intenções e desejos.
Para Sócrates, a virtude era conhecimento. Ninguém faz o mal deliberadamente — faz-se o mal por ignorância do bem. Seu método dialético buscava, então, a verdade através do diálogo, da humildade intelectual e da coragem de reconhecer os próprios erros. Essa ética racional, baseada na busca do bem por meio da sabedoria, marcou um divisor de águas no pensamento ocidental.
Mesmo condenado à morte por desafiar os costumes da época, Sócrates não fugiu de sua responsabilidade moral. Recusou escapar da prisão, afirmando que uma vida sem exame não vale a pena ser vivida. Morreu fiel à sua consciência, e por isso seu legado ético transcende os séculos.
A Semente Ética no Mundo Antigo.
Antes dele, porém, outras civilizações já refletiam sobre condutas e valores. Os egípcios falavam da Maat, a deusa da verdade e da justiça, representando equilíbrio, ordem e retidão. Os hindus, com o conceito de Dharma, ensinavam que cada um possui deveres éticos a cumprir, ligados à harmonia universal. Os chineses, sob a influência de Confúcio, estabeleceram princípios como respeito aos anciãos, retidão, fidelidade e benevolência, pilares de uma convivência civilizada.
Esses ensinamentos, mesmo que culturalmente distintos, carregam uma matriz comum: a ética como ponte entre o indivíduo e o coletivo, entre o íntimo e o social, entre o dever e o querer.
Conclusão: A Ética que Nos Habita.
A ética não é propriedade de nenhuma época, religião ou povo. Ela é a linguagem silenciosa da alma madura, que reconhece no outro a dignidade de si mesmo. Sócrates não nos deu regras prontas, mas um modelo de pensamento: questionar, refletir, aprimorar-se continuamente.
Em tempos em que a velocidade dos acontecimentos ameaça atropelar a profundidade das decisões, resgatar essa ética socrática — racional, dialogal e interiorizada — é um ato de resistência humana.
Seja no silêncio das decisões solitárias, seja no barulho dos dilemas coletivos, permanece viva a pergunta socrática: “O que é o bem?”
E ao buscá-la, o ser humano educa sua consciência, amadurece sua liberdade e dignifica sua jornada.
A ética não é um mandamento que vem de fora, mas uma luz que nasce do coração lúcido, que pensa, sente e se responsabiliza.
"Deus intervém na humanidade
e inicia o plano da salvação.
A salvação começa na
eternidade passada.
O Deus Sonerano escolhe a
sua própria família."
"Deus em tempos eternos escreve os passos da humanidade, ele usa a dor para cumprir seus Propósitos "
"O Deus verdadeiro traça a História da humanidade, escolhe um povo para pertencer a ele e glorificá-lo."
Se a humanidade não mudar, chegará o dia em que somente o surdo suportará existir e somente o cego suportará enxergar.
A questão espiritual é de suma importância para a humanidade, porém é inverossímil vivenciá-la 24 horas, afinal a vida não se resume só nisso, se assim o fosse, não estaríamos na face do planeta Terra!#ToninhoCarlos
É incrível como a vulnerabilidade conecta as pessoas em um lugar alinhado de humanidade e igualdade. Sermos verdadeiros é sempre mais poderoso do que qualquer tentativa de defesa. O fato é que só conseguimos constatar isso dentro da experiência.
