Homossexuais Preconceito
Tem dias em que o cansaço pesa e a vida parece uma canção repetida. Mas mesmo nessa rotina silenciosa, há um fio tênue de esperança, o sono que acolhe, o descanso que renova, e a certeza de que, a cada amanhecer, uma nova nota pode surgir na melodia.
Às vezes, a frustração deságua em tempestade, quando o fôlego escapa e a voz se cala, e o corpo, traidor silencioso, trava sua guerra. Mas no fogo da raiva que me consome, arde também a brasa viva da coragem, um tambor que ecoa em meu peito, marca o compasso da luta que não finda, o passo firme no fio frágio entre desistir e persistir. Nesse turbilhão de emoções, nasce a semente da esperança, um suspiro que floresce em silêncio, um canto sutil que insiste em existir.
Aqui, entre palavras soltas e confissões silenciosas, encontro um abrigo. Neste espaço de letras, há uma multidão invisível de corações pulsando na mesma frequência, traduzindo em frases o que o mundo finge não enxergar. Não estou só. Há quem também transforme a dor em poesia, para que ela não se perca no vento. Aprendi que tristeza nem sempre é sinal de erro. Às vezes, é apenas o único lugar onde consigo repousar sem me ferir mais. Como uma camada fina de proteção, ela me envolve, me tornando menos vulnerável aos choques da euforia repentina. E, no meio dessa melancolia mansa, descubro que sentir, ainda que seja tristeza, é prova de que sigo vivo, respirando entre palavras e esperanças discretas.
Na madrugada silenciosa, sou único habitante do meu universo interior. O quarto se expande em paisagens oníricas que existem só em mim, cores e estrelas que brilham enquanto sonho acordado, mas desaparecem ao nascer do dia.
Algumas dores não cicatrizam, apenas aprendem a dançar sob a pele. Basta um sopro do acaso, um toque esquecido, e a antiga ferida desperta, como flor que renasce na chuva. Mas mesmo na dor que retorna, há sinal de vida, o corpo sente, o peito ecoa, a alma respira. E enquanto houver esse delicado eco, há esperança costurada no silêncio.
Mesmo cercado de vozes, às vezes sou só silêncio. Aprendi que a solidão não mora na falta de pessoas, mas no espaço invisível entre o que sinto e o que o mundo enxerga. Há dias em que sou multidão por fora e deserto por dentro, mas ainda assim, sigo procurando um olhar, um gesto simples, que me alcance além das palavras.
Os pensamentos ruins vêm sem convite, como nuvens passageiras num céu que tento manter claro. Mesmo nos momentos felizes, sinto o medo e a dúvida caminhando ao meu lado, mas aprendi a não deixá-los ficar. A cada sorriso, escolho me agarrar à luz, ainda que breve, sabendo que a alegria, mesmo frágil, também merece espaço para florescer.
Às vezes, desejo sair do meu corpo e ser só sombra, livre da dor que insiste em ficar. Mas este corpo pulsa, me chama a resistir. E mesmo na escuridão, nasce uma luz pequena, promessa de que a aurora sempre pode voltar.
Às vezes, minhas palavras são ventos frios que cruzam sem querer, tocando almas alheias com a pressa da minha dor. Mas nesse sopro partilhado, encontro um laço invisível, um abraço sutil onde não há solidão, apenas a promessa serena de cura em cada respirar compartilhado.
Ultimamente, sinto que meu combustível criativo está baixo, como um pássaro que pausa o voo para descansar. Mas sei que essa pausa é apenas um respiro, um momento necessário para renovar as forças. A inspiração talvez esteja se recolhendo, preparando-se para voltar com mais intensidade, e minha voz, mesmo silenciada por ora, ainda guarda em si o poder de ecoar novas histórias.
Preso a esta cadeira, sou tronco retorcido pela dor, mas ainda assim, tento me erguer, mesmo que o vento forte, vindo do leste, queira me dobrar como galho em dia de tempestade.
Já caminhei demasiadamente à beira dele, sentindo o chão se desfazer sob os pés…O limite físico ainda me é um mistério. Mas o da mente… esse eu já atravessei tantas vezes, que conheço cada rachadura no fundo.
Sou como um relógio quebrado… Já não marco as horas, não desperto, não sirvo de guia. Apenas ocupo espaço, imóvel e silencioso… E quando alguém me olha, tudo o que vê é o instante exato em que entrei em colapso… Como se minha existência inteira fosse resumida ao segundo em que parei de funcionar.
Sou como um barco furado… E meus pensamentos, como as águas do mar, vão, lenta e silenciosamente, invadindo meu interior. Não há resistência, não há conserto… Apenas a certeza inevitável de que, pouco a pouco, eu vou afundando.
Ergui sonhos e afeições como castelos de bruma, mas nada se prendeu às minhas mãos. No silêncio desse desvelo, acolhi minha essência, o pulso livre de uma luz que sempre foi só minha, pois, não posso sentir falta do que nunca foi meu.
Fazer Masking é ser um indivíduo sem identidade própria, que não sabe quem realmente é e não consegue distinguir onde termina o outro e começa a si mesmo. É servir ao mundo sem nunca ter se conhecido, sacrificando-se sem conseguir expressar ou compreender a própria dor.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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