Homem se Engana
O que amamos na fotografia é sua capacidade de realizar o mais ambicioso desejo do homem; a eternidade. Atraves dela eternizamos pessoas, belezas, momentos e sentimentos. A fotografia são pequenos pedaços de eternidade.
Eu era um homem que se fortalecia na solidão; ela era para mim a comida e a água dos outros homens. Cada dia sem solidão me enfraquecia. Não que me orgulhasse dela, mas dela eu dependia. A escuridão do quarto era como um dia ensolarado para mim.
Quaisquer que sejam as razões de Deus para escolher um homem, certamente não é por causa de nenhuma coisa boa neste homem!
Deus quer a bondade ou a escolha da bondade? Um homem que escolhe ser mau talvez seja, de algum modo, melhor do que um homem a quem o bem foi imposto?
Todo homem está tentando viver à altura das expectativas do seu pai ou de compensar os erros do seu pai.
Sou um homem comum, com pensamentos comuns e vivi uma vida comum. Não há monumentos dedicados a mim e o meu nome, em breve, será esquecido. Mas amei uma pessoa com toda a minha alma e coração e, para mim, isso sempre bastou.
É fácil ser agradável quando a vida corre como uma canção, mas o homem digno é o que sorri quando tudo vai mal. Porque o teste do coração é a dificuldade, e ela sempre chega com os anos, e o sorriso que merece os louvores da terra é o que brilha entre lágrimas.
O homem não pode prosseguirsendo considerado como um ser cuja preocupação básica é a de satisfazer impulsos e gratificar instintos,ou então,reconciliar o id,o ego e o superego:nem a realidade humana pode compreender-se,meramente,como resultados de processos condicionantes ou reflexos condicionados.
Lembre-se sempre: você não pode levar a cruz em grupo. Ainda que um homem esteja cercado por uma multidão enorme, sua cruz é só dele e levá-la o marca como um homem à parte. A sociedade se virou contra ele; de outro modo, ele não teria a cruz. Ninguém é amigo de quem tem cruz. "Então, os discípulos todos, deixando-o, fugiram".
Mateus 26.56.
"Enqaunto o homem aprende, pode também ensinar, porque a arte de ensinar consiste em começar ensinando primeiro a si mesmo."
Flores na Estrada...
Um homem morava numa cidade grande e trabalhava numa fábrica. Todos os dias ele pegava o ônibus das 6:15h e viajava cinqüenta minutos até o trabalho. À tardinha fazia a mesma coisa voltando para a casa.
No ponto seguinte ao que o homem subia, entrava uma velhinha, que procurava sempre sentar na janela. Abria a bolsa tirava um pacotinho e passava a viagem toda jogando alguma coisa para fora do ônibus.
Um dia, o homem reparou na cena. Ficou curioso. No dia seguinte, a mesma coisa.
Certa vez o homem sentou-se ao lado da velhinha e não resistiu:
- Bom dia, desculpe a curiosidade, mas o que a senhora está jogando pela janela?
- Bom dia, respondeu a velhinha. - Jogo sementes.
- Sementes? Sementes de que?
- De flor. É que eu viajo neste ônibus todos os dias. Olho para fora e a estrada é tão vazia.
E gostaria de poder viajar vendo flores coloridas por todo o caminho. Imagine como seria bom.
- Mas a senhora não vê que as sementes caem no asfalto, são esmagadas pelos pneus dos carros, devoradas pelos passarinhos. A senhora acha que essas flores vão nascer aí, na beira da estrada?
- Acho, meu filho. Mesmo que muitas sejam perdidas, algumas certamente acabam caindo na terra e com o tempo vão brotar.
- Mesmo assim, demoram para crescer, precisam de água.
- Ah, eu faço minha parte. Sempre há dias de chuva. Além disso, apesar da demora, se eu não jogar as sementes, as flores nunca vão nascer.
Dizendo isso, a velhinha virou-se para a janela aberta e recomeçou seu “trabalho”. O homem desceu logo adiante, achando que a velhinha já estava meio “caduca”.
O tempo passou...
Um dia, no mesmo ônibus, sentado à janela, o homem levou um susto, olhou para fora e viu margaridas na beira da estrada, hortênsias azuis, rosas, cravos, dálias. A paisagem estava colorida, perfumada e linda.
O homem lembrou-se da velhinha, procurou-a no ônibus e acabou perguntando para o cobrador, que conhecia todo mundo.
- A velhinha das sementes? Pois é, morreu de pneumonia no mês passado.
O homem voltou para o seu lugar e continuou olhando a paisagem florida pela janela. “Quem diria, as flores brotaram mesmo”, pensou. “Mas de que adiantou o trabalho da velhinha? A coitada morreu e não pode ver esta beleza toda”.
Nesse instante, o homem escutou uma risada de criança. No banco da frente, um garotinho apontava pela janela entusiasmado: Olha mãe, que lindo, quanta flor pela estrada. Como se chamam aquelas azuis?
Então, o homem entendeu o que a velhinha tinha feito. Mesmo não estando ali para contemplar as flores que tinha plantado, a velhinha devia estar feliz. Afinal, ela tinha dado um presente maravilhoso para as pessoas. No dia seguinte, o homem entrou no ônibus, sentou-se numa janela e tirou um pacotinho de sementes do bolso.
“Se não houver frutos, valeu a beleza das flores. Se não houver flores, valeu a sombra das folhas. Se não houver folhas, valeu a intenção da semente”.
