Homem e Igual Lata uma Chuta a outra Cata
Não vou conseguir dizer que, ao ignorar, era só medo de ressuscitar o que doeu. Eu só sei escrever...
São tantos esforços em colisão pra que ao mudar um pouco todos os dias, não deixe jamais de ser eu mesmo.
São palavras claras demais, limpas demais, por isso quase sempre escondidas. Evita-se a morte alheia enquanto mata a si próprio.
Concluo então que não há palavras certas. Nenhuma frase é suficiente sublime pra fazer mudar. Vou só me acostumar. São escritos inúteis.
E quando estamos tão bem não tenho coragem de te dizer dos dias que não sabia o que fazer pra te ter de volta.
Há quem diga que o amor morreu. Todavia não perceberam sua condição. Mas suas vozes já não podem mais falar e serem ouvidas sem que denuncie o próprio desfecho da ilusão quotidiana que chamam de vida.
Eu não sei como começar. Não sei o que falar depois. Pode ser um pouco de loucura, mas não enxergo quase palavra nenhuma, e, quando ocorre, me perco em modos de como decifrá-las. Não ouço as batidas, e o ritmo de outrora agora é vão como ecos do que não foi dito, pouco digerido. Apenas a descrição de um momento.
Já é tão comum me encontrar prestes a ceder às armadilhas da própria mente. Disfarço a contradição com silêncio, a incerteza com frases doces, pra demonstrar necessária força em entender e desprezar. Dói demais ter sempre o que falar.
Eu e minha ansiedade em não deixar para depois.
Sentir demais é sofrer demais com qualquer coisa, trivial afirmar…
Me escoro em frágeis representações de resistência, encontro calma na ilusão inconsciente. Já tive mais o que dizer, já fui menos repetitivo. São as mesmas sensações, mas por razões diferentes. O mesmo quarto vazio, só menos vazio. Não há ao menos sequência. Só me sinto completo no teu abraço.
Queria que minhas palavras te importassem mais que meu silêncio.
Imprescindível diagnosticar todas as linhas tortas e aquelas palavras engolidas a seco. Tem dias que o paradigma é ser ruim, e duram além do próximo amanhecer. Tem vezes que perco a glória dessa existência ínfima. Tanta subjetividade para nenhuma certeza. Respostas que não existem são esperas cheias de ilusão.
Escrevo pra destrinchar o que eu penso, e em algum verso pode até ser que te entenda.
As palavras doem pra sair. Parece justificativa para a pouca frequência, mas é que a felicidade não permite intervalos. Todas as vezes que escrevo sou triste. Extensão de tudo que não sei falar e que tu nunca quis ouvir por medo de saber.
Só o que tento querer é mais de você, mas tropeço no silêncio que criou pra me afastar, ao mesmo tempo me prender, sujeito a ignomínima da ingenuidade em não saber o que fazer. Em tanta instabilidade enevoa-se os sentimentos. Se eu devo esperar, vai doer saber. Quis fazer parte da redenção, mas quase todos os dias acabam em desilusão.
Me sinto preso em parágrafos sem fim, e tudo que não foi dito corrói a dor até perder a sensibilidade. Talvez meu futuro seja relembrar. Buscar sentidos sempre tirou minha paz, mas não consigo ignorar. Se é mais do que consegue explicar, é só dizer, estou aqui pra você. Só não vamos falar em prioridades, meu amor… O orgulho já me abandonou também. Viver no por enquanto é muito menos do que preciso.
Essas palavras não eram pra você, mas já não há como evitar.
Eu reconheço que as chances favorecem sua conclusão.
O que você quer? Estou tentando trazer beleza ao mundo.
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