Homem e a Moda
Moda e poesia seguem paralelamente com o mesmo objetivo, o mesmo intuito, as mesmas ideias na expressão da Arte e da Beleza.
Me vi perdido em uma chuva de meteoros com essa moda de amar por uma noite. Quando começou esse surto coletivo?
passarinho da Amazônia, eu conto ou tu conta?
Na moda da cidade você não existe, morra na queimada.
De longe não vejo o indio, nem a sua cenzala.
DESBASTE
Uma certeza anunciada
Independente da moda
Passarela dolorida
Que a tesoura esteja afiada
Pra agilizar essa poda
Da tal árvore da vida
Quando não restar mais nada
Pra fazer girar a roda
Seja suave tua partida
Que não seja prolongada
Ao que aqui já não se amolda
Noutro plano segue a sina
Com a alma acomodada
Pelo exemplo que empolga
Aos que seguem nessa lida!
RECESSO
Aprumar gentileza
Independe de moda
É chato ser soda
Apontando pra fora
Fingindo ser norte
Sem nenhum aporte
Que porte o sucesso
Caminha ao avesso
Ao bem do progresso
Necessário recesso!
DONO DOS MEUS PÉS
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Sorrirei meus sorrisos; não esses da moda;
tenho sins, tenho nãos que ninguém me vendeu;
não entrei numa roda, uma gangue, uma tribo,
e só colho alegrias que vêm do meu chão...
Sigo minhas verdades, não tuas cartilhas,
vejo pelos meus olhos, não à luz dos teus,
há um "Deus" que não ouço nos discursos vãos
dessas milhas e milhas de palavras vagas...
Aprendi a trilhar um caminho escolhido,
quando a noite governa me deixo brilhar
sem excesso de luz; abuso de neon...
Céu e terra são palhas da minha cabana,
falharei meus acertos acertando as falhas
mais humanas e fundas do meu bem viver...
VIROSE
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Há um vírus pelo ar;
já se tornou overdose;
virou moda se virar;
se virar virou virose...
CRIAÇÃO À MODA ETERNA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Os nossos filhos pequenos merecem todo o medo real do mundo que nos cerca. Não só merecem, como precisam desse olhar extremado que não abre a guarda e vai lá no fundo. Mesmo quando não há fundo. Mergulha intempestivamente no caos das verdades farpadas do tempo em que vivemos.
Tenhamos medo por eles, para eles não o terem depois do tempo nem nos contextos equivocados que de nada valerão. Apostemos o nosso couro, quantas vezes quisermos, mas nunca suas essências, no que não é de nosso alcance. Evitemos as ausências disfarçadas; as distâncias amenizadas por presentes; as terceirizações em nome da independência precoce. O sossego prático e frio de nossa confiança nos corações externos.
Eles tanto precisam do nosso exagero, quanto sentem profundamente a falta do excesso desse amor, quando nos rendemos ao descanso de respirar sem culpa e susto... à paz da consciência adquirida por conceitos modernos de criação menos vinculada. Só no passar dos anos, os filhos percebem todo o abandono que lhes demos com belas nominatas contemporâneas embrulhadas em bonitos discursos profissionais.
Sejamos os pais de que a inocência filial precisa. Logo a vida privará os nossos filhos dessas loucuras de amor, mas essa perda tem cura. Ela virá na saudade sempre terna e risonha do que não lhes faltou no tempo em que tiveram a proteção - ou superproteção - de tantas preocupações afetivas.
O MELHOR PRESENTE
Não é o objeto caro,
nem o jantar à luz da moda.
O melhor presente não cabe em caixa,
não brilha em vitrine,
nem se mede em rosas cortadas.
É o olhar que compreende antes da palavra,
a escuta que acolhe sem defesa,
o abraço que não exige, apenas abriga.
É o silêncio que consola,
a presença que permanece
mesmo nos dias sem festa.
O melhor presente não vem do bolso,
vem da alma.
Não se compra em loja,
se cultiva no cotidiano,
entre as tarefas simples,
os pratos lavados,
as dores compartilhadas.
É o companheirismo que caminha junto,
a fidelidade que não se explica, mas se sente,
o afeto constante
não como prêmio, mas como escolha.
É a confiança que resiste às tempestades,
a aceitação que enxerga o outro
sem querer moldá-lo,
sem querer salvá-lo,
mas amando-o como ele é:
metade luz, metade sombra,
inteiro em sua humanidade,
auxiliando conforme sua vontade.
O melhor presente é não jogar.
Não manipular, não usar,
não fazer do amor um atalho
para vitórias vazias,
não ferir com as armas do ego,
nem disfarçar interesse com romantismo.
É dizer:
“Estou aqui, com meu amor limpo.
Não quero te vencer,
quero te entender.
Não quero ser tua prisão,
quero ser teu porto,
navegue em sua liberdade.”
Não brincar com o coração alheio,
como quem sopra flores ao vento,
pois o sentimento que nasce em alguém
é energia sagrada, é templo em movimento.
O Universo observa em silêncio... e sempre ensina.
Se não fores ficar, sê claro.
Se fores amar, sê inteiro.
Ser presença verdadeira
é mais divino que qualquer “eu te amo” passageiro.
Tudo o que é jogo, cansa.
Tudo o que é interesse, esvazia.
Tudo o que é raso, afoga.
Só o amor divino
esse amor sem máscaras, sem pressa,
sem medo de ser pequeno
é que sustenta duas almas lado a lado,
nos dias bons e nos dias de cansaço.
Então, com quanto ao amor,
seja ousado:
Ofereça o que não passa.
Ofereça presença.
Ofereça verdade.
Ofereça o seu coração,
não como promessa…
mas como compromisso,
de quem escolheu ficar,
unicamente por amor.
Entre a excelência e a superficialidade da moda e das futilidades, alcançar a excelência não é fruto do acaso, mas sim resultado do somatório de uma intenção elevada, esforço genuíno, inteligência perspicaz e execução diligente.
Em última análise, em grande parte, são nossas escolhas conscientes, e não o destino, que esculpem o caminho do nosso futuro.
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