Hoje me Vi Sozinho

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Já fui ruína, hoje sou reconstrução.

Já caminhei por desertos que hoje chamo de livramento.

Já chorei pedindo o que hoje agradeço por não ter recebido.

Já chorei por quem não ficou, e hoje agradeço por quem ficou.

Já vivi de esperas, hoje vivo de fé.

Já fui cansaço, hoje sou paciência.

Já fui noite escura, hoje sou amanhecer de fé.

Já fui pressa, tropecei na ânsia de chegar. Hoje sou permanência, aprendi o valor de ficar.

As lágrimas de ontem, silenciosas e amargas, prepararam o solo da serenidade que hoje habita meu coração.

Entre erros e acertos, hoje eu apenas existo, sem marcar pontos, apenas tentando entender o jogo.

Chão rachado guarda sementes, o que parecia fim, tornou-se promessa de fecundidade. Hoje eu sou esse chão.

Um dia fui queda, hoje sou voo atento. Aprendi o chão antes de conhecer o céu. O cuidado me deu outro modo de subir, voo lento, mas sigo certo do meu destino.

As pedras do caminho não impedem o amor, moldam os passos de quem acredita. A dor que machuca hoje será o altar onde a esperança se deitará amanhã. Há propósito até no terreno mais árido, porque o divino também habita o deserto.

Na solidão fui encontro comigo mesmo, conheci medos e passos que me guiam hoje, a solidão virou mapa para andar sozinho, assim encontrei força no meu próprio passo.

A dúvida é uma ladra silenciosa, não lhe entregue seu espaço, ocupe-o hoje com a firmeza inegociável da sua atitude.

O esgotamento de hoje é o adubo forçado do milagre que florescerá amanhã.

O Hoje é a única moeda de troca que temos para pagar a dívida que a incerteza do futuro nos cobra.

Quem te observa hoje, sob a luz plena de um palco que você custou a montar, nunca terá a dimensão exata dos escombros internos que você precisou varrer com as próprias mãos antes de se permitir respirar fundo, eles aplaudem a chegada, mas ignoram a escalada vertical dos teus dias mais sombrios, onde a única plateia era o silêncio corrosivo das madrugadas sem propósito, aquelas em que o corpo seguia em frente por um impulso meramente biológico, enquanto a alma já havia decretado a própria falência, um atestado de óbito emocional assinado em lágrimas frias no travesseiro da desistência.

Nossa vida é comparada a uma estrada para caminhar, e cada passo dado hoje define a paisagem de amanhã.

A velhice hoje me invade e a felicidade para trás ficou, provando que a alegria não é um destino, mas a forma como se viaja.