Hoje a Felicidade Bate em minha Porta
Eu tô acostumado com as pessoas me julgando pela minha aparência, então não esperava ser valorizado por alguém.
(Rintaro Tsumugi)
A Eucaristia é a minha autoestrada para o céu.
"Cada obstáculo é um degrau a mais na minha trajetória, e eu sigo de cabeça em pé, determinado a alcançar meus objetivos."
Eu decidi me tornar uma árvore. Deste dia em diante não sentirei saudades, mas aceitarei minha água e meu sol conforme me forem dados. Viverei em comunhão ininterrupta com meu solo sagrado, agarrando-me firmemente às minhas raízes. Permanecerei alto e constante de acordo com minha natureza, independentemente da consideração mundana por mim. Vou me curvar ao vento e ser um coração aberto para o que vier descansar ou aninhar-se em mim.
Não lutarei contra as estações, mas deixarei cair minhas folhas no devido tempo e ficarei em silêncio quando o inverno me pedir descanso. Adquirirei idade em anéis anuais que mostram minha textura crescente e não terei vergonha. Darei sombra aos cansados e ampararei os fracos. Vou receber uma audiência de cigarras e deixá-los falar. Não vacilarei diante da opinião das massas nem questionarei meu florescimento peculiar. A autoconsciência não me conhecerá, pois estarei mergulhado nas correntes imaculadas do ser e não terei dúvidas dentro de mim.
Eu não vou temer. Serei refém do Amor verdadeiro. Darei frutos fiéis do ventre brilhante do santuário. Minhas feridas se transformarão em nós retorcidos de transformação e revelação. O céu abençoará minha nudez com os elementos que escolher, e não procurarei abrigo. Não esquecerei meus antepassados, não atacarei meus vizinhos nem usarei uma língua ofensiva. Vou assobiar nas rajadas, rir das crianças e vagar ricamente na tempestade. Chorarei minha seiva livremente e usarei minha casca com ternura. Quando o jovem Amor esculpir seus sonhos em meu lado indefeso, eu permanecerei.
Crescerei onde quer que minha semente brote e deixarei minha história me embelezar. Vou desembainhar minha fragrância e liberar minhas mudas para sua própria representação, meus galhos nunca atrapalhando. Não vou invejar as serras e os machados, nem me atormentar quando os rancorosos vierem me irritar. Eu desaparecerei no Amor e não serei tocado.
Carregarei modestamente minha folhagem e suportarei o orgulho das criaturas. Em meio a todo o barulho e rangidos nocivos, permanecerei em silêncio e sorrindo, minha cadência firme e ainda assim sem sela, nenhum arreio desamarrado, não ficarei confuso. Eu serei a Paz. Eu serei amor. Estarei no caos, ainda, e no momento, enquanto outros trocam suas almas por atrações de carnaval, ainda estarei, uma árvore.
Paulo Salah Din 🌳🇸🇦🇵🇸
ME ACAMPO EM TI
Minha Sultana (princesa)
Senta-te aqui e escute quão grande é meu carinho por ti.
Nestes dias estou com minha tenda (coração)
armada em tuas esplanadas (vida)
soltei todos meus cavalos (sentimentos)
para beberem e se alimentarem do que é teu
Não vim para ser nômade
e como gafanhoto, saquear teus pastos.
Vim para me instalar.
TE SERVIR.
Se me ceder uma parte do vale (colo dos seios),
que recebe os nutrientes das tuas montanhas
(teus pensamentos; desejos: me dar boas vindas),
pasto e água (me alimentar com tua vida),
deixarei minha tenda próxima,
para que tenha sua privacidade.
Mas perto o bastante para que se
sente aquecida na minha fogueira (paixão).
Meus guerreiros,
artesãos,
pastores,
cultivadores,
ferreiros,
músicos,
poetas
(meus membros do corpo e meus dons),
Cuidarão de todas as tuas fontes de água
e não tocarão nas terras mais férteis
(não limitarei / subjugarei / tentarei mudar ; tornar submissa quem você é). Todos os dons estão a teu serviço
de pôr do sol a pôr do sol.
Sinto muita falta da minha infância humilde, a gente não tinha internet, não tinha vizinhos por perto e nem televisão, não tínhamos problemas.
Minha história é isso, uma colcha de retalhos emocionais onde fé, dor, memória, solidão e lucidez coexistem como os fios que sustentam uma alma ferida, mas viva.
Sou prisioneiro dos meus pensamentos.
Dentro da minha mente, a dor se repete em ciclos infinitos, como se cada lembrança fosse uma cela reforçada, sem grade visível, mas impossível de escapar. Tento lutar contra
a voz interna que insiste em rotular cada segundo como tortura, mas percebo que só reconhecendo e acolhendo esses pensamentos posso começar a libertar-me.
Talvez eu seja transgressor da minha mente, sendo infesto com minha existência. Sinto-me invadido por pensamentos que me repelem, como se minha própria consciência fosse inimiga, uma traidora que me enche de dúvidas sobre o direito de continuar existindo. Essa sensação de infecção mental corrói meu senso de identidade, questionando se ainda há algo de puro em mim para resgatar.
Não me recordo de não ter sofrido em alguma etapa da minha vida, tudo que tenho recordações, de uma forma ou outra, estava enfrentando algo, passando por algo, essas recordações me fazem ver o quão tive que ser forte para me manter de pé, o quão suportei coisas para não proferir minha raiva, quando tratado como um objeto, vou continuar nessa linha, não tenho escolha. As memórias de cada sessão dolorosa ou de cada olhar de piedade se misturam em meu passado como um mosaico de batalhas vencidas e perdidas, reconhecer que cada cicatriz, visível ou não, foi conquistada a ferro e fogo me mostra que minha força é menos sobre ausência de fraqueza e mais sobre a resiliência que surge quando “não ter escolha” se torna um chamado à sobrevivência.
Você merece todo amor que tenta dar aos outros, mesmo quando minha voz falha ao declarar gratidão, percebo que meu desejo de cuidar excede minha capacidade de me receber amor. Reconhecer meu valor não como alguém que “uma hora vai desistir,” mas como
sujeito digno de afeto, tem sido batalha diária que contradiz a voz interna que insiste em me desmerecer.
Minha autossuficiência vacila diante do medo de não haver quem me chame pelo nome. Ainda assim, ao me lançar na solitude, descobri forças que o silêncio guardava em segredo.
Aprendi a me afastar dos olhares que ferem, não mudo o outro, mas escolho onde repousa minha energia. Preservar-me, às vezes, é dizer adeus ao que já foi essencial.
Quando minha mente se perde, ainda que por breves instantes, os pensamentos se tornam lâminas que cortam por dentro. No silêncio que a noite veste, o tribunal interno desperta, cada lembrança de derrota, uma acusação sussurrada, condenando meu valor, pedindo que me renda à sombra. É um ciclo que me aprisiona, uma dança de espectros onde a vigilância torna-se escudo e lança, uma vigília eterna para deter o veneno antes que ele corrompa o último lampejo de luz.
Minha voz, ferida e firme,
rasga o silêncio das telas frias,
onde almas se perdem na superfície, e o vazio dança disfarçado. Palavras são flechas lançadas na sombra da indiferença.
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