Hoje a Felicidade Bate em minha Porta
Somente no moral se vê minha elegância.
Enfeitar-me não sei; nem dou para casquilho,
Julgo estar muito bem, não sendo peralvilho.
O que eu não faço nunca é, franco e por incúria,
Sair sem lavar bem a recebida injúria
Trazer o pundonor ébrio de sono e vinho,
Ter os brios de luto e a honra em desalinho!
Ando, sem nada ter que pela cor agrade,
Emplumado de orgulho e garbo e liberdade;
Se não prendo a cintura esbelta num corpete
A vergonha ajustou minh’alma num colete.
São-me os feitos e ações as fitas que apresento;
Qual bigode gentil, retorço o meu talento;
Faço, por onde vou, tornando-as bem sonoras,
As verdades vibrar como tlintlins de esporas!
Ora, não sou linda. Mas quando estou cheia de esperança, então de minha pessoa se irradia algo que talvez se possa chamar de beleza.
Eu vou lá, mato minha vontade, tomo um belo banho, volto independente e resolvida pra casa e acordo no dia seguinte morrendo de vontade de ganhar flores, receber ligações românticas e promessas eternas. É uma praga
Porque enquanto eu amar a um Deus só porque não me quero, serei um dado marcado, e o jogo de minha vida maior não se fará. Enquanto eu inventar Deus, Ele não existe.
Narrei ao senhor. No que narrei, o senhor talvez até ache mais do que eu, a minha verdade. Fim que foi. Aqui, a estória se acabou. Aqui, a estória acabada. Aqui, a estória acaba.
E eu continuava assistindo à erosão da minha vida, sem que pudesse fazer nada. Muitos menos compreender Isabel.
Até que um dia resolvi imitá-la.
O céu, o chão. Nunca vejo o meio. Qual a razão de ser o meio termo. Na minha mão, guardo o meu destino. Eu abro e vou.
Eu só sei que não quero viver uma vida dedilhada. Cansei de pensar demais e os erros meus não são iguais aos erros que deixei pra trás. E aqueles velhos medos não assustam mais.
Meus passos vão, firmes no caminho, em direção ao que não foi escrito. Intuição, sopra em meu ouvido. Escuto e vou.
E tanto tempo terá passado, depois, que tudo se tornará cotidiano e a minha ausência não terá nenhuma importância. Serei apenas memória, alívio, enquanto agora sou uma planta carnívora exigindo a cada dia uma gota de sangue para manter-se viva.
Eu nunca fui livre na minha vida inteira. Por dentro eu sempre me persegui. Eu me tornei intolerável para mim mesma.
Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida. Quando vejo retratos, quando sinto cheiros, quando escuto uma voz, quando me lembro do passado, eu sinto saudades… Sinto saudades de amigos que nunca mais vi, de pessoas com quem não mais falei ou cruzei… Sinto saudades da minha infância, do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro, do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser… Sinto saudades do presente, que não aproveitei de todo, lembrando do passado e apostando no futuro… Sinto saudades do futuro, que se idealizado, provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser… Sinto saudades de quem me deixou, e de quem eu deixei. Sinto saudades dos que se foram, e de quem não me despedi direito! Daqueles que não tiveram como me dizer adeus; de gente que passou na calçada contrária da minha vida e que só enxerguei de vislumbre! Sinto saudades de coisas que tive e de outras que não tive mas quis muito ter.
Nota: Embora a autoria seja normalmente atribuída a Clarice Lispector, na verdade o texto original se trata de um híbrido, que combina elementos e excertos de Antônio Carlos Affonso dos Santos com outros, escritos por um autor desconhecido.
...MaisExagerado
Amor da minha vida
Daqui até à eternidade
Nossos destinos
Foram traçados na maternidade
Paixão cruel desenfreada
Te trago mil rosas roubadas
Pra desculpar minhas mentiras
Minhas mancadas
Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado
Eu nunca mais vou respirar
Se você não me notar
Eu posso até morrer de fome
Se você não me amar
E por você eu largo tudo
Vou mendigar, roubar, matar
Até nas coisas mais banais
Pra mim é tudo ou nunca mais
Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado
E por você eu largo tudo
Carreira, dinheiro, canudo
Até nas coisas mais banais
Pra mim é tudo ou nunca mais
Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado
Jogado aos teus pés
Com mil rosas roubadas
Exagerado
Eu adoro um amor inventado
Dessa vez não vou evitar dizer o que está na minha cabeça só porque eu sei que minha mente geminiana vai negar no dia seguinte.
Minha tendência a indagar e a significar já é em si uma angústia.
Talvez eu esteja com receio de ter ido longe demais desta vez e esteja preparando a minha defesa, caso alguma coisa não saia como esperado. O que eu espero? Não espero nada, espero tudo, estou à deriva nessa aventura. Eu queria cristalizar esse momento da minha vida, mas estou em alta velocidade, e não sei se quero ir adiante, só que eu não tenho opção. Acho que é isso. Eu tinha opções, agora não tenho. Não consigo parar esse trem.
Dá-me a tua mão:
Vou agora te contar como entrei no inexpressivo que sempre foi a minha busca cega e secreta.
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