Ha como eu Queria q ela Soubesse

Sou um homem e errei; não há nada de surpreendente.

Há quem creia ser um grande escritor porque todos o lêem; e há quem creia ser um grande escritor porque ninguém o lê.

Onde não há compaixão, os crimes multiplicam-se.

É tão fácil o prometer, e tão difícil o cumprir, que há bem poucas pessoas que cumpram as suas promessas.

Há verdades que é mais perigoso publicar do que foi difícil descobrir.

Só há uma pobreza: a ignorância.

Não há um lado mau da vida: a vida é una.

Há quem prefira falar mal de si mesmo a não falar.

A paixão transforma, muitas vezes, o mais hábil dos homens num louco e torna muitas vezes mais hábeis os mais tolos.

Há homens para nada, muitos para pouco, alguns para muito, nenhum para tudo.

Não há uma felicidade tal, que te sintas sempre satisfeito.

Há grandeza mais verdadeira numa boa ação do que num bom poema ou numa grande vitória.

Há muitas vezes mais orgulho do que piedade quando lamentamos as desgraças dos nossos inimigos.

Há os livros que antes de lidos já estão lidos. Há os que se lêem todos e ficam logo lidos todos. E há os que nos regateiam a leitura e que pedimos humildemente que se deixem ler todos e não deixam e vão largando uma parte de si pelas gerações e jamais se deixam ler de uma vez para sempre.

Há muita gente boa e feliz, porque não tem suficiente liberdade para se fazer má e desgraçada.

Há séculos em que a opinião pública é a pior das opiniões.

Não há pai nem mãe a quem os seus filhos pareçam feios; nos que o são do entendimento ocorre mais vezes esse engano.

Lá onde a identidade individual se apaga, não há nem punição nem recompensa.

Há um ponto elevado em que a arte, a natureza e a moral se confundem e são simplesmente uma só coisa.

Há uma perpétua troca de serviços entre a ciência e o empirismo. Muitas vezes a função da primeira consiste em formalizar o que a segunda descobriu.