Grandes Pensadores do Mundo
Assim, para fora da minha verdade-loucura, eu mergulhei (...) Que eu seja exilado de toda a verdade! Somente um tolo! Somente um poeta.
Quando somos obrigados a mudar de opinião acerca de um indivíduo, fazemos com que pague muito caro o trabalho que custa uma tal mudança.
O público facilmente confunde quem pesca em águas turvas com quem colhe das profundezas.
Onde a vontade de poder declina de alguma forma, há sempre uma involução fisiológica, uma décadence.
Não passa de um preconceito moral que a verdade tenha mais valor que a aparência; é inclusive a suposição mais mal demonstrada que já houve.
O homem moderno crê experimentalmente ora neste, ora naquele valor, para depois abandoná-lo; o círculo de valores superados e abandonados está sempre se ampliando; cada vez mais é possível perceber o vazio e a pobreza de valores; o movimento é irrefreável. (...) A história que estou relatando é a dos dois próximos séculos.
Naquele tempo levavas tuas cinzas para os montes, queres agora levar teu fogo para os vales?
Quando colocamos a verdade de cabeça para baixo, geralmente não notamos que também nossa cabeça não se acha onde deveria estar.
Oração ao Deus desconhecido
Antes de prosseguir no meu caminho
E lançar o meu olhar para frente
Uma vez mais elevo, só, minhas mãos a Ti,
Na direção de quem eu fujo.
A Ti, das profundezas do meu coração,
Tenho dedicado altares festivos,
Para que em cada momento
Tua voz me possa chamar.
Sobre esses altares está gravada em fogo
Esta palavra: “ao Deus desconhecido”
Eu sou teu, embora até o presente
Me tenha associado aos sacrílegos.
Eu sou teu, não obstante os laços
Me puxarem para o abismo.
Mesmo querendo fugir
Sinto-me forçado a servi-Te.
Eu quero Te conhecer, ó Desconhecido!
Tu que que me penetras a alma
E qual turbilhão invades minha vida.
Tu, o Incompreensível, meu Semelhante.
Quero Te conhecer e a Ti servir.
Bem que existe no mundo, aqui e ali, uma espécie de continuação do amor, na qual a cobiçosa ânsia que duas pessoas têm uma pela outra deu lugar a um novo desejo e cobiça, a uma elevada sede conjunta de um ideal acima delas: mas quem conhece tal amor? Quem o experimentou? Seu verdadeiro nome é amizade.
Opiniões públicas: indolências privadas.
A loucura é rara em indivíduos, mas em grupos, partidos, nações e épocas, é a regra.
O artista dionisíaco apresentará
de modo imediatamente inteligível
a essência do fenômeno:
ele domina deveras sobre o caos da Vontade ainda não conformada
e pode, a partir dele, em cada momento criador,
engendrar um novo mundo – mas também o antigo,
conhecido como fenômeno.
Em sentido derradeiro, ele é músico trágico
Há no mundo um único caminho sobre o qual ninguém, exceto tu, poderia trilhar. Para onde leva ele? Não perguntes nada, deves seguir este caminho
Ao "Dia do Amigo" — Além da Passarela
Na relação com pessoas que têm pudor de seus sentimentos, temos que saber dissimular; elas têm ódio repentino àquele que as surpreende com um sentimento delicado, entusiasmado ou sublime, como se tivesse vislumbrado os seus segredos. Querendo fazer-lhes bem nesses instantes, é preciso fazê-las rir ou lhes dizer alguma fria e divertida maldade: — o seu sentimento se esfria então, e elas recobram o domínio de si. Mas estou fornecendo a moral antes da história. — Uma vez estivemos tão próximos na vida, que nada mais parecia tolher nossa amizade, e havia tão-só uma pequena passarela entre nós. Quando você ia pisá-la, perguntei-lhe: “Você quer cruzar a passarela para vir até mim?”. — Mas então você já não queria; e, quando solicitei novamente, você se calou. Desde então, montes e rios torrenciais, e tudo o que se separa e alheia, foram lançados entre nós, e, ainda que quiséssemos nos aproximar, já não poderíamos! E quando hoje você recorda aquela pequena passarela, não tem mais palavras — apenas soluços e assombro.
O criminoso descoberto não sofre com o crime, mas com a vergonha ou o dissabor por uma estupidez cometida ou com a privação da vida habitual, e é necessária uma rara sutileza para distinguir nesse ponto.
A Sabedoria do Sofrimento
O sofrimento não tem menos sabedoria do que o prazer: tal como este, faz parte em elevado grau das forças que conservam a espécie. Porque se fosse de outra maneira há muito que esta teria desaparecido; o facto de ela fazer mal não é um argumento contra ela, é muito simplesmente a sua essência. Ouço nela a ordem do capitão: «Amainem as velas». O intrépido navegador homem deve treinar-se a dispor as suas de mil maneiras; de outro modo, não tardaria a desaparecer, o oceano havia de o engolir depressa. É preciso que saibamos viver também reduzindo a nossa energia; logo que o sofrimento dá o seu sinal, é chegado o momento; prepara-se um grande perigo, uma tempestade, e faremos bem em oferecer a menor «superfície» possível. Há homens, contudo, que, quando se aproxima o grande sofrimento, ouvem a ordem contrária e nunca têm ar mais altivo, mais belicoso, mais feliz do que quando a borrasca chega, que digo eu! E a própria tempestade que lhes dá os seus mais altos momentos! São os homens heróicos, os grandes «pescadores da dor», esses raros, esses excepcionais de que é necessário fazer a mesma apologia que se faz para a própria dor! Não lha podemos recusar! São conservadores da espécie, estimulantes de primeira qualidade, quando mais não seja porque resistem ao bem-estar e não escondem o seu desprezo por essa espécie de felicidade.
Friedrich Nietzsche, in "A Gaia Ciência"
Uma alma que se sabe amada, mas não ama, revela seu sedimento: o que está no fundo vem à tona.
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