Grandes Pensadores

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O mundo como vontade e representação, propõe um sistema metafisico em que a vontade é vista como essência do universo e da existência. O prazer, assim, não seria mais do que a satisfação passageira do desejo,ou seja, a breve negação da vontade, que logo se recomporia e imporia de novo a dor da insatisfação. Por isso, a filosofia de Schopenhauer é considerada um modelo de pessimismo.

A dor profunda que é sentida pela morte de cada alma amiga tem origem no sentimento de que existe algo inexprimível em cada indivíduo, peculiar a ele próprio, e está, portanto, absoluta e irremediavelmente perdido.

Arthur Schopenhauer
Parerga e Paralipomena

É mais fácil responsabilizar um outro por nossas falhas ou por alguma decisão para a qual não bastam nossas próprias forças. A liberdade nos coloca em confronto com as escolhas e com nosso ser interior.
Quando escolhemos alguma coisa, também devemos assumir a responsabilidade por essa decisão. Feita a escolha, não podemos mais escapar dela. Depois da escolha, depois de saber o que decidimos, é que ficamos sabendo quem de fato nós somos.
Cada escolha toma uma possibilidade e abandona a outra. Mais precisamente, a tomada de uma decisão significa encerrar um universo inteiro de possibilidades. Todo “Sim” está também encaixado à firme negação de seu oposto e assim nos assevera o conhecimento de nós mesmo.

É que sempre determinamos nosso caminho físico sobre a terra como apenas uma linha e nunca como um plano; assim devemos, através da vida, se quisermos agarrar firmemente e possuir alguma coisa, deixar de lado, à direita e à esquerda do caminho, inumeráveis outras coisas e renunciar a todas elas. Se não pudermos nos resolver, mas quisermos pegar tudo que nos chama a atenção de passagem, como uma criança em uma quermesse, será o mesmo que tentarmos transformar a linha de nosso caminho em um plano; ficaremos a correr em zigue-zague, perseguindo aqui um vaga-lume, ali um fogo fátuo ilusório e permanecendo sem nada. Quem deseja ser tudo, acaba não sendo nada. Quem tudo quer, tudo perde.

Quem pode erguer-se sobre as montanhas e depois calar-se?

Eu me submerjo em mim mesmo e encontro um mundo. Aquele Eu que me conduz para mim mesmo, também é quem me mata...

Os seres humanos tem de aprender a sobrepor-se à vida, têm de entender que todos os sucessos e acontecimentos, todas as alegrias não podem afetar seu Eu melhor e mais íntimo e que, portanto, todos os movimentos exteriores não passam dos lances de um jogo.

Eles buscavam o porquê, ao invés de considerarem o quê; eles aspiravam ao distante, ao invés de captarem o que lhes ficava mais próximo; eles saíam em todas as direções, ao invés de voltarem-se para si mesmos, o único lugar em que todos os enigmas encontram algum tipo de solução.

Marchamos através da escuridão, impulsionados pela energia furiosa da vontade de viver e mergulhamos cada vez mais profundamente nas trevas do vício e do pecado, na morte e na aniquilação – até que, gradativamente, a fúria da vida se volta contra si mesma e nos damos conta de qual é o caminho que de fato tínhamos desejado seguir, até que, através do sofrimento, do horror e do espanto, chegamos a nós mesmos e é da dor que nasce o nosso melhor conhecimento.

A beleza é uma carta aberta de recomendação que nos predispõe bem o coração antecipadamente.

À verdade é permitida apenas uma celebração breve da vitória, a saber, entre os dois longos períodos em que é condenada como paradoxal e desprezada como trivial.

Arthur Schopenhauer
Die Welt als Wille und Vorstellung, 1819.

Devemos encarar com tolerância toda loucura, fracasso e vício dos outros, sabendo que encaramos apenas nossas próprias loucuras, fracassos e vícios. Pois eles são os fracassos da humanidade à qual também pertencemos e, assim, temos os mesmos fracassos em nós. Não devemos nos indignar com os outros por essas fraquezas apenas por não aparecerem em nós naquele momento.

⁠A morte é o gênio inspirador, a musa da filosofia... Sem ela, dificilmente ter-se-ia filosofado.

Arthur Schopenhauer
As dores do mundo. São Paulo: Edipro, 2019.

Quanto menos, por condições objetivas ou subjetivas, alguém tiver necessidade de entrar em contato com as pessoas, tanto melhor passará.

Um exercício principal da juventude deveria ser aprender a suportar a solidão; porque ela é uma fonte de felicidade, de paz de espírito.

Pois é como se uma maldição pesasse sobre o dinheiro: todo autor se torna um escritor ruim assim que escreve qualquer coisa em função do lucro.

Quem escreve de maneira displicente confessa com isso, antes de tudo, que ele mesmo não atribui grande valor a seus pensamentos.

Não se encontra, para cada palavra de uma língua, um equivalente exato em todas as outras línguas.

Nietzsche caiu tanto no senso comum, que qualquer pessimismo ou crise existencial é visto como niilismo.

Vi uma pixação escrita num muro: 'Deus está morto' (Nietzsche). Escrevi abaixo: 'Nietzsche está morto' (Deus).

Você conhece Hitler melhor do que Nietzsche, Napoleão melhor do que Pestalozzi. Um rei significa mais para você do que Sigmund Freud.