Gosto do Perigo
"Só sobreviveremos ao absurdo do mundo, se formos capazes de entender e de viver entre o Apolíneo e o Dionisíaco."
Toda forma de religião possui sua própria ética, e é fato que os princípios morais são importantes para uma filosofia de vida moralmente aceita.
Todavia, quanto aos princípios - estes são positivos, apenas quando são capazes de produzir uma ética humanista; por sua vez essa ética é capaz de desenvolver um espirito de cooperação entre os homens.
Contudo, toda metafisica é tribal. Mas não existe religião sem metafisica, assim, muitas vezes, todo seu trabalho para erguer colunas de sustentação de sua ética cai sobre terra, pois a metafisica exige alienação e crença no inexistente.Dessa forma todo principio ético-moral desmorona, e o homem culto não consegue resistir ao fato de que toda metafisica seja tribal.
"Amizade é coisa muita séria, cara e rara. Assim, como um grande amor. Portanto não é possível amar duas pessoas ao mesmo tempo, nem com a mesma intensidade, com o mesmo interesse e verdade..."
Josh: E você continua trabalhando aqui...
Abby: Paga as contas.
Josh: E nutre a alma?
Abby: Não, nutre a minha barriga.
"Se tiver música,
vinho e poesia,
com você,
até inferno eu iria.
Uma vez lá,
juntos construiríamos
o nosso próprio paraíso...
Devemos viver, e não deixar a vida passar de braços cruzados, devemos lutar pela conquista do invisível.
Ainda acredito nas pessoas, e num futuro melhor, por isso escolhi uma profissão que lida com gente, gosto de estar com elas, compartilhando experiências que possam agregar no crescimento mútuo.
Com Amor
Eu não sou sábia e estou muito longe de ser, vivo a cada dia experienciando as novidades, sou uma aprendiz, estou em constante movimento.
UMA BRISA
Parece-me, que no fim de tudo,
o que de fato buscamos é aumentar o prazer
sempre mais prazer.
Queremos o prato feito, perfeito
com mais gordura, mais azeite e vinho.
Queremos o ponto final na obra-prima
o fim do capítulo, resolver o conflito
do nosso mal fadado enrendo.
Queremos o epílogo, um posfácio honroso
como uma lápide escrita em ouro.
Contudo, ao contemplar tudo isso
o que temos é apenas um prefácio
da obra que almejamos escrever.
Queremos o fim da temporada
a plateia animada, em êxtase
com o fim da comédia
ou da tragédia que engendramos.
Ensaiamos tantos atos,
e nunca conseguimos chegar ao fim do espetáculo
à última cena, ao aplauso derradeiro.
Somos só estreia, iniciantes,
aprendizes desse viver comum
sem honra ou gloria imortal.
As cortinas se abrem
e nós nos apresentamos
como digníssimos palhaços
doutores, advogados,
escritores, poetas, artistas,
pintores, cantores, alfaiates,
políticos, prostitutas,
pai ou mãe de família abnegados,
alcoólatras inveterados.
Mas em um belo dia, num fatídico dia
as cortinas se fecham, antes que a temporada se acabe
então nos encontramos com o nosso verdadeiro eu,
é quando tudo termina, e a existência se finda
e a nossa personagem se despe do natural disfarce
assim, o homem não conclui seu último ato
não põe o ponto final na obra-prima,
não resolve o conflito, não escreve o posfácio.
Em vez de eternidade, fatalidade,
estrela cadente,
uma brisa,
sutil e distraída.
Evan do Carmo 30/12/2018
As aparências e as convenções não suportam o peso do tempo, nas relações humanas só o verdadeiro sobrevive.
