Gosto do Perigo
Das feridas emocionais existentes, a rejeição é, de longe, a dor emocional mais profunda que existe.
Não gosto de persuadir e sim prefiro conquistar. Porque amor que termina é sempre aquele que exigiu luta anterior!
Os que afirmam haver algum sabor no pecado seguramente nunca sentiram o maravilhoso gosto da integridade!
Há várias maneiras para se discernir uma alma com conteúdo de uma mente imbecil. O gosto musical é uma das mais eficazes.
DEUS TEM PERSONALIDADE PRÓPRIA
Se tudo que gosto, quero, aprovo ou desaprovo é exatamente o que Deus gosta, quer, aprova ou desaprova ou eu e ele estamos em perfeita sincronia ou eu criei em Deus um amigo imaginário...
Até depois se Deus assim permitir
Eu vou, pois lá é o meu lugar
Oh, cerrado! Devo ir
Te gosto mas pra beira mar vou voltar
O fado é quem determinou
Despeço de ti com gratidão
Se vim agora vou
Pois o meu poetar aqui sente solidão
EXILADO
Quem jogou na minh'alma essa solidão
Que brada angústia com gosto amargo
E à ardente boa ventura causa embargo
Encarcerando está ânsia no meu coração
Quem com mãos frementes teve encargo
De incinerar com silêncio toda a emoção
Se o amor no viver necessita de sedução
E o fado no ter sorte quer este desencargo
Assim, como então sair duma maldição
Oh! Doce e pura felicidade, de olhar argo
Observe, e neste exílio me traga solução
Ah! Desventurado e vil desígnio letargo
Que me vê nesta temerosa e fria prisão
E me algema sem qualquer desembargo
Luciano Spagnol
Julho de 2016
Cerrado goiano
Maldição
Se da má sorte, tive gosto da amargura,
Envelopado pelo asno e uma maldição,
Me vi chafurdado em uma lama escura,
Hoje, minha paixão abrirá em erupção.
Me deixei inerte sem cólera e loucura,
Os abraços sem laços e sem ter ação,
A solidão em atos vis e de vil tortura,
Agora sou grito, pronto pra explosão.
Maldito sejas o olhar por mim perdido!
O silêncio deixado no doce coração,
Dos amores o amor não será vencido.
Se calado antes mesmo de ter e ser,
A grata emoção não será mais em vão...
Minha compaixão é maçante no viver!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
22/08/2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
TORMENTO NO SONETO
O fado, comigo, não teve deleite
Tem um gosto agridoce meu dia
Devoluto, e sem lisonja fugidia
Na ventura me sinto um enjeite
Lembranças, só são de nostalgia
Um poetar desnudo, sem enfeite
Inspiração desmaiada como leite
E a lágrima de tão pouca alegria
As doces palavras sem onde deite
O ânimo com nuance sem ousadia
O coração desprezado, quem aceite
E mesmo, num tal tormento, quereria
Um olhar de afogo, sorriso que afeite
Onde minha sorte, pudesse ter alforria
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro, 2016
Cerrado goiano
Gosto de falar de mim.
Mas, gosto muito mais de falar dela.
Quando falo dela, falo muito mais de mim, do que dela!
– Então, Rick, explique para os espectadores o que um dublê faz exatamente.
– Os atores fazem muitas coisas perigosas. O Cliff me ajuda a aguentar o tranco.
(Diálogo entre um apresentador e Rick Dalton)
VIVER É UM RISCO
Era uma vez
Um homem sem lei
Talvez um menino
Ao certo, não sei
Lhe faltava muito juízo
Parecia não temer o perigo
Costumava dizer
Que "viver é um risco"
Passarinho sem ninho
Pousava em qualquer lugar
Gostava do mais fácil caminho
Pois não sabia onde queria chegar
Trazia informação, calor, música, e poesia
Mas era tudo pura covardia
No fundo ele sabia o que fazia
Um precipício para mulheres a quem seduzia
Confessou que seu "único" medo era sofrer
Pode ser que tenha sido isso...
Só esqueceram de lhe dizer
Que sua armadilha gerava seu próprio abismo.
A coragem que vence o medo tem mais elementos de grandeza que aquela que o não tem. Uma começa interiormente; outra é puramente exterior. A última faz frente ao perigo; a primeira faz frente, antes de tudo, ao próprio temor dentro da sua alma.
Livrando-se da adulação e bajuladores:
... porque os homens se comprazem tanto nas coisas próprias e de tal modo se enganam nestas, que é com dificuldade que se defendem dessa peste; querendo-se evitá-la, há o perigo de se ser desconsiderado, pois não há outro modo de guardar-se da adulação, senão fazer com que os homens entendam não fazer-te ofensa por dizer a verdade;
Niccolò Machiavelli - O Príncipe - cap.XXIII
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