Gosto do Perigo

Cerca de 29749 frases e pensamentos: Gosto do Perigo

SONETO EM SUSPIROS

Quando a saudade aparece
O tempo no tempo regressa
A dor no peito feri em prece
Misericórdia, roga promessa

Toda lágrima chorada, refece
A motivação é o que interessa
Se tristura ou júbilo, houvesse
É nela que a razão se expressa

E sempre se sabe, não esquece
Torna eternidade, na alma fenece
Pois, o vazio dói reto na saudade

E a solidão, pra ausência confessa
Suspiros, uivos, numa tal remessa
Que põe jogada ao léu a serenidade

Luciano Spagnol
Julho de 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Toda lágrima chorada, refece
A motivação é o que interessa
Se tristura ou júbilo, houvesse
É nela que a razão se expressa

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

POESIA, POETA, LEDOR

Eu poeto!
Ele poema!
Poesia em soneto
Soneto em dilema
Prosa do alfabeto
Rima no teorema
Teorema secreto
Trova suprema...

Poesia sem ledor
É verso sem gema
Poeta sem amor!

Luciano Spagnol
Julho de 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

FELIZ DIA DOS PAIS

LEMBRANÇAS DE MEU PAI

Pai, o herói de nossa infância
Conflito na rebelde juventude
Amigo em nossa inconstância
Na ausência, saudade amiúde

Você foi mais que tolerância
No sim e no não, foi atitude
Ao seu lado conheci virtude
Hoje na lembrança, radiância

Estava lá na minha vicissitude
Foi presença na minha distância
Nobre paladino na uma solicitude

Exalto o sentido da exuberância
Dum amor acanhado, diria rude
Que define: PAI, vital importância...

(Minha gratidão, nesta lassitude.)

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO VAZIO

Meu cerrado, distante dos amores
Que me vê chorar no teu chão árido
Singrando entre cascalhos, e flores
Em uivos de dor no peito afluído

Em tal saudade, que tira os vigores
Da alma solitária e coração ferido
Imersos na tristura e pesares tutores
Da falta do afeto no passado perdido

Aqui na soleira do cerrado, temores
Com um assustado olhar esvaído
Olhando o horizonte que exala odores

De um velho sonhador de sonho diluído
Na solidão de secos sabores, incolores
Duma nostalgia, aqui pelo vazio fruído

Luciano Spagnol
Julho de 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

FELIZ DIA DO AMIGO!

Ao amigo(a)
Distante ou ao lado
De presença diária
Falante ou calado
De convivência precária
Enamorado
Os já visto pessoalmente
Os de influência necessária
E os que são virtualmente
Tem também,
Os que nos deixaram
Partiram para não mais voltar
Já outros, apenas ausentaram
Todos! Marcaram lugar
Não importando a distância
Nem o tempo, e sim estar...
Amigo é amigo de vital importância
Nos ensina como bom é amar!

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO MAL TRAÇADO

Nestas linhas mal traçadas
Um soneto quer ser parido
De longe ouço seu gemido
Parece mágoas anunciadas

Ainda nestas linhas, alarido
Das angústias acumuladas
Das ilusões das dores criadas
E neste soneto assim diluído

São de partidas ou chegadas
Cheios de um poetar sofrido
E todas da saudade derivadas

Perdido ainda na rima, crido
Em doçuras a serem citadas
Pois, o amor ao bem é unido

Luciano Spagnol
Julho de 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Estar enamorado faz poetar aos amores...
Em cada trova flores...
Besuntando a poesia com odores.

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

PREDESTINADO

Fechei os olhos na saudade
Vi sussurros na minha boca
Eram lágrimas de tal vontade
E palavras de sonoridade oca

Fiquei em silêncio e confuso:
era o amor que sussurrava,
a saudade no afeto ocluso,
ou minha alma que sonhava?

Enxuguei então está carência
De ti querer em tudo adivinhar
Dediquei versos em reverência
E desta saudade pude poetar

Pois o amor vive um no outro
E não em algum diverso lugar
Pode-se querer ter naqueloutro
Predestinado está a quem amar

Luciano Spagnol
27/05/2016, 05'05"
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

... o amor vive um no outro
E não em algum diverso lugar
Pode-se querer ter naqueloutro
Predestinado está a quem amar

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

UM DE JULHO (soneto)

Se sois, inverno, no cerrado se sente
De tempos frios com tal bravio vento
Que tomais a secura como elemento
E neste movimento, és inteiramente

Nuvioso,horas breves, chão sedento
Da mesma natureza, e tão diferente
Dias vão que passa no fugaz poente
Rubente o céu num encaixotamento

E desta vida em tudo ó mês valente
Sê da metade do ano, planejamento
Férias breves do docente e discente

Como do calendário és afolhamento
E teu entardecer não mais reluzente
Tudo em vós, julho, traz sentimento

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

PASSARINHO

O passarinho, pelo céu, passa
Entre galhos, voo, mansinho
Desliza toda a sua graça
És livre no seu livre caminho

Na secura do cerrado, reaça
Entre tortos galhos, seu ninho
Num canto de encanto, bocaça
Aveludando a aridez num alinho

Lá, cá, acolá, na frente, na regaça
Em bando, passarinho, sozinho
És leve, garrido, como a cassa
Em galhos macios ou de espinho

Voa deslizante, de braça em braça
No campo, praça, qualquer cantinho
O passarinho, bom prol nos faça!
Ás, lento, alto ou baixinho, passarinho...

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
28 novembro, 00’25” – 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO NUMA SÓ DIREÇÃO

Tudo é ligeiro, fulgaz e pura ilusão
Do pó, e para o pó, somos nada
Mal desperta a quimera sonhada
Vem logo a sorte na contramão

O tempo nos engana, só fachada
Então, ter vaidade, é mundo vão
Primavera florada, inverno, verão
Outono de folhas ao vento levada

O que as mãos remam, passaram
A emoção faz do coração morada
Nesta trilha de dúvidas, vastidão

Porém, o amor, ah! Este é jangada
De velas içadas, numa só direção
Levando a alma, numa só toada

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

O POETA

O poeta
É um mago ator
Tira de sua maleta
Trilhas de dor e amor
Encenando com a caneta
Atos com cheiro e sabor
Da criação
Para o ledor,
espectador...
Assim, nesta atuação
Dum eterno amador
Desfia fantasia da imaginação...
Em cenas, como autor.

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

MÁSCARA DE CARNAVAL

Máscara de Carnaval...
És da folia aguerrida,
não és fingida...
Pulsa, faz-se gente,
brilha, não mente,
da alvorada ao poente...
Na quimera presente.
Afinal,
é CARNAVAL...

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2018 fevereiro
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO NA MADRUGADA

No cerrado, numa certa madrugada
Sem saber se parava ou caminhava
Se me desiludia ou se me encantava
Só sabia que a quimera estava calada

Aí, a aflição que a saudade recordava
Num céu desmarcado e de mão dada
Com a solidão, ali tinha hora marcada
E o silêncio então, comigo devaneava

Ouvi o vento na janela dando pancada
Ansiando entrar, e então, assim ficava
Repetindo num bate e bate a chamada

E a madrugada que o sono desprezava
Grafava dor, aperto, lágrima derramada
Num soneto, no qual, só suspiro coava

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, 17/05, 04'35"
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

CERRADO PÁLIDO

Cerrado pálido, em meu poetar
Vem, e com mais cor, por favor
Esconder o sufocante amargor
Porque desbotou o meu versar

Aí, o meu pobre senso criador
Cuida que é menos o tal pesar
Por estar tão pouco a celebrar
A emoção, vida, sangue, calor

Pois... livre é o teu vento a chiar
D'alma o pensamento quer amor
E o aflitivo peito, só quer chorar

Que há de agora, aí, dizer o autor
Pendente na dor e, chora o olhar
Se do zelo só queria ser um valedor

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, abril, 05'30"
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO DA PERDA

Nuca eu quisera desejado tal saber
Dizer com a dor um adeus querido
Erigindo com o dano choro balido
Fugindo com a harmonia do viver

Dó é arrancada do pesar instituído
Saudade deplorada de não mais ter
Que somente lembranças há de ver
E lágrimas no suspiro do vil contido

Some, e põe o amor tão triste... Ser
Sorriso suspenso, prazer em gemido
E a noite tão distante do amanhecer

Nunca ninguém pela perda ter podido
Dói tanto, tão dolorido, a permanecer
Que no sentido, o desalento é definido

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Quem realiza não dá desculpas, entrega resultados.

Inserida por samueltrajanorocha

CÉU DE BRASÍLIA

Rasgam-se as nuvens no céu do planalto
invadindo o azul anil do cerrado
E se mantém ao longe... num salto
ouvindo o som do horizonte encantado

Surge, tal algodão, no céu... a nevar
desenhando quimeras na esplanada
O sertão mantém-se calado a sonhar
na vastidão, aguardando a alvorada...

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro de 2018
Brasília, DF

Inserida por LucianoSpagnol

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