Gosto do Perigo
"Deus escolheu o seu povo antes da fundação do mundo, um tempo no universo onde os seus eleitos ainda dormiam dentro dele, quando a criação inteira repousava em seu pensamento."
Ministério Resgate
Sociedade Missionária
Unção e Legado
Religião você escolhe uma, no Cristianismo você é escolhido.
Ministério Resgate
Sociedade Missionária
Unção e Legado
Um grande amor
Está tudo terminado
Agora vai, siga o seu caminho
Busque outro, deixa o passado
Não volte a me sangrar no espinho
Da dor, da desilusão, do rancor
Atira seu destino em outros mares
Outros olhares
Não recues desta batalha
Não me dispa desta mortalha
Deixe o afeto forrar a minha cama
Com a qual a razão me chama
Desenhando rabiscos de emoção
Pois, existe mais em outra dimensão
Quero estar longe deste abismo
De ter que encarar o cinismo
De ser singular na paixão
Quero par na emoção
Quero harmonia no coração
Desejos na relação
Enfim, assertor...
De um grande amor!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
14/10/2010, 11’19” - Rio de Janeiro, RJ
Laranjeiras
Nossa voz para os outros muitas vezes é como um sonho que ao acordar, pode ser lembrado para sempre ou se acorda sem nem saber que teve um sonho.
O que falar do amor?
Para mim a palavra "amor" é restritiva demais, pois o que ela transmite é muito vasto para ser restringida a uma única palavra, porém vejo o charme nesse uso, o charme da simplicidade, não simples de mais, porém simples o suficiente para ser preciso sem exagero e mantendo seus mistérios, mistérios que se resolvem em meio ao tempo, mas não tempo largado ao vento, tempo vivendo, não se vive sem amar, apenas se sobrevive. Mas se tivesse que descrever o amor, usaria de cada momento ao lado de minha amada, cada ação minha para com ela, cada reação biológica ao pensar, ver ou tocar a ela, cada batida errada, cada olhar e claro minha amada Andressa.
Amar por muitas vezes é um contraditório, muito se deseja ser amado, mas amado da forma que se deseja. Se amar é demonstrado por cada qual a sua maneira e amar é aceitar a autenticidade do outro, mas sem negar a possibilidade de melhora ou concessões, a exigência de ser amar como se deseja se opõe ao amor em si.
Eu jurava saber o que precisava, até ver a necessidade de ter uma anãzinha tirando minha paz no meu dia a dia.
As pessoas 0 ou 80 sempre se vêem como amáveis, mas nunca percebem que sua postura é extremista demais e machuca mais que ama, invalida mais que respeita e controlam demais quem dizem tanto amar.
As vezes por amor é válido aceitar, passar pano ou perdoar condutas que nós machucam, porém permanecer nesse estado sem melhoria ou valorização do outro não é válido.
Muitos acreditam que o que é dito em ira são verdades guardadas, porém ninguém se recorda de que uma pessoa em raiva buscará ferir o outro, mesmo com mentiras disfarçadas de verdade.
A vida é um ciclo de lutar lutas pequenas para se preparar para lutas maiores e fazer lutas maiores.
Ninguém cansa de lutar, as pessoas não gostam do resultado, todos sabem que devem lutar, porém, se apegam ao resultado e é dele que se cansam, sejam pessoas que perdem demais e desistem de lutar por isso e aqueles que vencem demais e se cansam de vencer e param de lutar.
NOSTALGIA (num dia de chuva)
Como a chuva se compõe angustiante
Nublada, penosa e tão cheia de teor
Que torna o céu de acinzentada cor
O fôlego se ausenta por um instante
O chão encharcado e tão ressonante
Causa na sensação pulsação e temor
Na batida da chuva, num tom maior
Pingo a pingo, ela, estronda meliante
Também, ermo, também, n’alma toca
E a emoção relenta e, no peito sufoca
Em um versejar que saudade contém
Junto, pois, o meu pranto, e a agonia
Chove lá fora, respingando na poesia
Nostalgia, é chuvarada, nela alguém!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19 janeiro, 2025, 14’08” – Araguari, MG
As vezes num relacionamento é preciso saber não deixar ir, mas fazer o outro feliz em ficar. Mas claro que apenas quando houver dúvida no outro.
PENA
Sensação renhida, deixai-me na paz
Livrai-me do mal e suas dores rasas
Que não rasteje e sege mais capaz
Com sentimentos de alongadas asas
Ou me faça, mais, mais sorte voraz
Onde meu olhar queime em brasas
Leve a desilusão e o amor perfaz
Quando a estima e a alegria casas
Satisfação, de cintilante claridade
Que iluminas a alma e traz sabor
Sê também aquele amigo abrigo
Ó boa sensação! Tem de piedade!
Não me condene tal a um pecador
Ordenando a aflição estar comigo!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04/01/2024, 16'31" – Araguari, MG
GULA
Sim, mais! Mais ainda! E ainda mais!
Quando o coração sente o tal desejo
Um olhar que queima, os toques tais
E aquele arfado suspiro, doce ensejo
Nunca as sensações nos são iguais
Porque o olhar do amor tem lampejo
Fazendo do sentimento ali seu cais
Sim, mais! Mais ainda! Ainda o beijo!
Ah! O beijo! ... que nos deixa talante
Querendo muito, ter terna felicidade
Cheio de sede, gosto que consome
Fosse, assim, toda a sorte, amante
Não há emoção que baste à vontade
Nem satisfação que chegue à fome!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05/01/2024, 12'33" – Araguari, MG
Ao Pé da Cruz
Ao Pé da Cruz, no suplício do madeiro
Em cujo o pesar move no seu sofrer
Em cujo no teu elemento hei de ser
Penhorado, neste mundo passageiro
Que não seja parte, sim, por inteiro
Pois, te sinto no meu peito a verter
Estais comigo em cada doce valer
Pois é a páscoa, o manso cordeiro
Então! Em tuas mãos o meu espírito
Volvei tua face a este falho pecador
E dá-me o vosso dom, que é infinito
Na cruz, nossa salvação, gentil amor
Que, por tudo que pequei, todo delito
Na redenção em Ti, rogo o Teu louvor!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06/01/2024, 12'12" – Araguari, MG
*dia de Santo Reis.
No cerrado, o dia alvorecer
Eu vi o dia alvorecer, no cerrado
Fiz aí eterno voto de admiração
Vi depois o céu rubente, visão
Feérica, igualmente encantado
A qual mais belo, se, ilimitado
Sedutor, este, aquele, sei não?
Cada qual com a sua emoção
Cada qual com o feitiço privado
Ah! que este instante inebriante
Sabe a sensação o quão cativa
Cá no cerrado é cena constante
Raia, cerrado, rebenta num viva
Ou faze do show ímpar instante
Surgindo em poética tão festiva.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
08 janeiro, 2024 – Araguari, MG
DEPOIS QUE TI SENTI
Depois que te senti, só depois, sentimento usual
Notei que o agrado d’alma é bem sem ter preço
A maior felicidade, emoção, singeleza virginal
E, se um dia há igual, eu ainda, não o conheço
Doçura ardente e casta, à Deus, afim, eu peço
Ó sentimental ponto, faz deste poetar divinal
Desejo sem igual, cujo certo e único endereço
É a paixão, que faz da sensação tão especial
Depois que te senti, só depois... vivi a cortesia
O espírito junto da alegria e cheio de ventura
É que a mente me invade uma emotiva poesia
Com versos imersos no prazer, assim, estavas
Cada rima, provando está minha suave ternura
Na entrega do amor rudimentar que me davas!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
14 janeiro, 2024, 14’53” – Araguari, MG
