Gente Metida
Tem dia que a gente só sente saudade. Não quer de volta, não. O passado é complicado, e empoeirado demais para se mexer. Mas é que dá saudade. Uma saudade gostosa, apertadinha, quentinha, queimando no peito. Aquela vontade de fechar os olhos e imaginar como tudo teria sido. Mas não foi.
Um dia a gente aprende: não se perde o que nunca se teve. Então não adianta chorar, gritar, sofrer. Se não foi, não era pra ser.
Pois é ...
Tem dias que a gente se sente cansado (a), sobrecarregado (a), com aquela vontade desistir de se entregar, parar de lutar!
Mais ai você dobra os joelhos e pergunta pra Deus...
"Senhor por que tantas lutas? Por que tantas decepções Por que meu Deus? Tantas provações assim? ....
Deus estou se sentindo Derrotado (a), fraco (a), humilhado (a)...
Me Restaura Senhor! Entra com providências na minha vida, abre as portas e as janelas do céu, me ajuda Deus."
Ai Deus na sua infinita bondade e sabedoria, que só um pai que ama verdadeiramente seus filhos tem, vem e te diz bem baixinho, no seu ouvido, para inimigo não ouvir:
"Filho (a) meu (minha) e eu estou ouvindo seu clamor, suas orações chegaram ao céu, e no tempo certo eu vou agir, vou curar suas dores sarar suas feridas, vou secar tuas lágrimas, mas NÃO PARE DE LUTAR, JAMAIS PARE DE LUTAR! Pois o que eu tenho pra você filho (a) meu (minha) são bênçãos sem medidas, vitórias sem fim e saiba que eu estou contigo, por onde tu andares, ainda que você esteja em um abismo profundo, saiba que lá eu também estarei, não desista, pois sem lutas não existem vitórias, e não há problemas que eu não possa resolver, descanse em mim pois o meu Julgo é suave e o meu fardo é leve, eu te restauro, eu te ajudo, te fortaleço, meu filho não temas!"
- Ela não veio?
- Ah, a gente terminou.
- É? E aquele amor todo?
- Acabou.
- E amor acaba?
- Não sei, esse acabou.
- Talvez não tenha acabado.
- Talvez não fosse amor.
A gente precisa, com urgência, deixar o egoísmo de lado. Olhar para a vida e enxergar o que está ao nosso redor de fato. Sem véu, sem máscara, sem make up. Olhar nu, olhar cru, olhar limpo. E entender que a luta é diária. Que nem sempre é fácil viver. Que tropeços virão, sim. Que apesar de tudo vale a pena. E que a gente não precisa aprender da forma mais difícil e dolorosa.
Mesmo o mundo não sendo cor-de-rosa, sempre terá pessoas com alma leve, querendo contagiar a gente com o bem...
Existe uma fase da vida que a gente busca por aquilo que todo mundo procura desesperadamente, e que talvez seja tão desnecessário quanto jogar sal no mar; O pra sempre.
Se lutar por quem a gente ama for sinal de fraqueza, morrerei lutando pra pelo menos não ser covarde ao desisitir de um grande amor!
Lá na infância
Qualquer pessoa que já tenha se separado e tenha filhos sabe como a gente se preocupa com a reação deles e procura amenizar qualquer estrago provocado por essa desestruturação. É preciso munir-se de muito respeito, delicadeza e amor para que essa ruptura seja bem assimilada e não produza traumas e inseguranças.
Muito do que somos hoje, do que sofremos e do que superamos, tem a ver com aquele lugar chamado "infância", que nem sempre é um paraíso. Por mais que tenhamos brincado e recebido afeto, é lá na infância que começamos a nos formar e a nos deformar através de medos, dúvidas, sensações de abandono e, principalmente, através da busca de identidade.
Por tudo isso, estou até agora encantada com a leitura de Marcas de Nascença, fenomenal livro da canadense Nancy Huston e que deixo como dica antes de sair de férias. O livro é narrado por quatro crianças de uma mesma família, em épocas diferentes, todas quando tinham seis anos: primeiro, um garotinho totalmente presunçoso, morador da Califórnia, em 2004. Depois, o relato do pai dele, quando este também tinha seis anos, em 1982. A seguir, a avó, em 1962, e por fim a bisavó, em 1944. Ou seja, é um romance genealogicamente invertido, começando logo após o 11 de Setembro e terminando durante a Segunda Guerra Mundial, mas é também um romance psicanalítico, e é aí que se torna genial: relata com bom humor e sem sentimentalismo todo o caldeirão de emoções da infância, mostrando como nossas feridas infantis seguem abertas a longo prazo, como as fendas familiares determinam nossos futuros ódios e preconceitos e como somos "construídos" a partir das nossas dores e das nossas ilusões. Mas tudo isso numa narrativa sem ranço, absolutamente cativante, diria até alegre, mesmo diante dessas pequenas tragédias íntimas.
A autora é bastante conhecida fora do Brasil e ela própria, aos seis anos, foi abandonada pela mãe, o que explica muito do seu fascínio sobre as marcas que a infância nos impõe vida afora. É incrível como ela consegue traduzir os pensamentos infantis (que muitas vezes são adultos demais para a idade dos personagens, mas tudo bem), demonstrando que toda criança é uma observadora perspicaz do universo e que não despreza nada do que capta: toda informação e todo sentimento será transformado em traço de personalidade.
Comecei falando de separação, que é o fantasma familiar mais comum, mas há diversas outras questões que são consideradas "linhas de falha" pela autora e que são transmitidas de geração para geração. Permissividade demais gerando criaturinhas manipuladoras, mudanças constantes de endereço e de cidade provocando um desenraizamento perturbador, o testemunho constante de brigas entre pessoas que se dizem amar, promessas não-cumpridas, pais que trabalham excessivamente, a religião despertando culpas, a política induzindo a discordâncias e exílios, até mesmo uma boneca muito desejada que nunca chegou às nossas mãos: tudo o que nos aconteceu na infância ou o que não nos aconteceu acaba deixando marcas para sempre. Fazer o quê? Em vez de tentar escapar de certas lembranças, o melhor é mergulhar nelas e voltar à tona com menos desespero e mais sabedoria. Todos temos nossas dores de estimação. O que nos diferencia uns dos outros é a capacidade de conviver amigavelmente com elas.
A gente só abre mão de uma coisa quando tem um propósito ainda maior em jogo. Perder dói mas, muitas vezes, as perdas são positivas. Um 'não' que dizemos hoje pode significar muitas portas se abrindo amanhã.
Ah, Rowena! A gente já sabe, somos todos inimigos, mas agora temos um problema maior. Depois o couro come de novo, valeu?
Parabéns, trabalhador!
Tem dias que a gente acorda cheio de energia,
e 24 horas parecem insuficientes para executarmos todas as nossas metas.
Em outros momentos,
reduzimos o ritmo e o desânimo toma conta.
Mas há aqueles dias em que sentimos que tudo vale a pena,
e que não estamos aqui por acaso.
Temos uma missão, pessoal e profissional,
que nos motiva a enfrentar os desafios e pensar: estou fazendo o melhor!
Feliz Dia do Trabalhador!
Vivendo e sentindo como gente grande... trago nos olhos a esperança de uma criança... e no coração a emoção de uma mulher....
ho que posso dizer que é amor, sim. Mesmo que a gente tenha se perdido para que eu pudesse encontrar a mim mesma. Mesmo que a gente tenha se perdido para que você pudesse buscar a si mesmo. É amor porque eu te guardo na lembrança bonita do meu crescimento, da descoberta do que era a co-dependência ou da fusão que subtrai. É amor, porque cantamos juntos, dançamos juntos, choramos juntos, fizemos amor intensamente, trocamos profundamente as angústias da alma, torcemos um pelo outro, nos ajudamos, viajamos juntos, gargalhamos desarvoradamente, dormimos juntos no melhor abraço um do outro, descobrimos novas músicas, sinônimos, livros, enlouquecemos lindamente, brigamos muito, fizemos as pazes várias vezes e fomos embora um do outro quando nada mais era poesia. Não foi triste, mas doeu profundamente.Uma dor resignada porque eu podia ver com clareza que já não nos acrescentávamos nada. E aprendi a trabalhar o desapego e o perdão. E hoje, quando vejo você sorrir, eu sinto que estamos bem e que fizemos a coisa certa. E o amor só pode ser isto: querer que o Outro encontre a felicidade a qualquer custo, mesmo que isso exclua você da plenitude dele. Mesmo que isto exclua o Outro da sua plenitude.