Garça
a garça
estrangeira parque d’água
equilibra-se
na madeira arcada
de mangas
tece
de curva e pescoço
o ninho estranho
atrás da casa toda
água é lama
e a deusa
branca
torna-se galho
pelos calcanhares
o pássaro olha
a criança que rasga coxas
caule acima
atrás de rasgar a pele da fruta
depois de seis meses de espera
os bichos se encaram
o pássaro firma, cúmplice
sabem
que é papel dos velhos
cochilar durante os furtos
inoportuno
na escuridão marítima
cego apoio-me na garça
vou com suas pernas
o coração aberto como uma ferida
sem rota
anda pelo mar
este grito que não tem onde atracar
antiquario
(poeta frustrado)
sobre a antiga escrivaninha,
sustentada por altas pernas de garça,
ficam os grandes poetas...
embaixo,
na prateleira inferior,
para versos inferiores
e o desejo de ganhar altura,
tropeça minha poesia.
sereníssima fingida
olheiras verdes
mascarada de esperança
também a garça oferece pão aos peixes
e os devora
a garça voou
sumiu nos telhados do antigo cinema
voou na cidade
às cinco da tarde
me trouxe um poema
Peculiaridade de cegonha e pelicano, com traços românticos da garça
Cisca pelos cantos, balança a cabeça com graça
Rostro opaco, amplo e estirado
Servido por jia, crescido em céus pairado
Palúdico charme do centro africano
Pátria minha morada, meu éden arcano
O dissabor que nós cerca leva pela raridade
A penúria da raça a obliteração da variedade
Do rex, dinossauro imponente singular
Que por tanto cinza e formosura a contemplar
Torna essa ave que mais parece do período cretáceo
Uma lenda exemplar um insólito eráceo
Desfruta afabilidade também o terror de seu desfecho
Reflete em seus olhos o amor inocente da bela fera em seu nicho
Que espera nada mais que o respeito por sua singularidade
Que não só ela como outros que evadem o fim tenha a paz pela eternidade.
Tem hora que devemos ser como a garça a beira do lago. Fingir que não somos nada pra ver se pega um peixinho. O exaltado sempre espanta as boas oportunidades. Publicado Set/2017
No céu pantaneiro a garça voa,
E o desenho faz milagre;
E o marreco na lagoa
É parceiro,sim,do bagre!
Beneditocglima
A Garça
Vejo uma Garça em forma de mulher, de alma despida, sem uma pena sequer.
Miragem, ilusão, a Garça virou mulher, voando livre pelo lavrado, toca suas asas no lago, parece não ter se tocado não ter penas, mas pé.
"Perdida na amplidão dos ermos, vendo a torrente d'água passar a seus pés, a garça imóvel é a imagem da Dúvida Humana."
Quem diria, a juventude passa em passos de garça, quem diria em virtude da situação mataremos os sonhos dos nossos irmãos.
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