Fundo
Avançou até a janela de vagar. Colocou os cotovelos no beiral e respirou fundo a brisa leve da manhã. Dos olhos ainda pendia uma lágrima morna da noite anterior. Enxugou-a delicadamente com a ponta dos dedos. Seu coração fora do céu ao inferno, mas havia tomado a decisão certa. Dera mais uma chance a si mesma. Mais uma chance para botar os erros no passado e trocar os pés, ainda meio cambaleantes rumo ao futuro. E como saber se será belo se não arriscar vivê-lo?
Eu detestava pessoas tolas, que davam respostas superficiais, mas no fundo era uma pessoa saturada de tolices. Tinha muito que aprender para dar risada de mim mesmo. Tinha muito que aprender sobre a arte de desanuviar a cabeça, uma arte desconhecida no templo acadêmico.
A universidade que eu ajudei a promover formava alunos que não sabiam olhar para si mesmos, detectar sua estupidez, se soltar, chorar, amar, correr riscos, sair do cárcere da rotina e muito menos sonhar. Eu era o mais temido dos professores, uma máquina de criticar. Entulhava meus alunos de crítica e mais crítica social, mas jamais ensinara algum deles a curtir a vida. Claro! Ninguém pode dar o que não tem. A minha vida era uma droga.
Tinha orgulho da minha ética e honestidade, mas começava a descobrir que era antiético e desonesto comigo mesmo. Felizmente estava começando a aprender a expelir os ”demônios” que engessavam a minha mente e me transformavam num sujeito quase insuportável.
(Livro Vendedor de sonhos)
Sei que, no fundo, eu não queria ser sozinho, mas o destino preferiu assim.
Eu sinto, eu sei. Luzes piscam lá no fundo como vagalumes insistentes no escuro.
Essa forma de calar é cobrir os olhos, a pele, a vida.
Acalentar a alma, acalmar o coração, é um risco... é eu sei, eu sinto.
Cartas duplas, viradas, uma história, escolhida, acomodada.
Tocar as luzes, soltar as rédeas, permitir a dor de um novo nascer.
Não toco, mas vejo... é eu sei, eu sinto.
Imobilidade, ombros amarrados, rosto fechado.
Esperar o dilema, adiar a cicatriz, é eu sei... tudo está aí, sentindo-se, remexendo-se, revirando-se.
Que o mistério tenha fim.
Que o sonho seja real.
A alma que anseia por libertar-se precisa cavar fundo de si e desenterrar luxo e lixo. A arte é flor desse processo, exala dor e amor!
Então quase vomito e choro e sangro quando penso assim. Mas respiro fundo, esfrego as palmas das mãos, gero energia em mim. Para manter-me vivo, saio à procura de ilusões como o cheiro das ervas ou reflexos esverdeados de escamas pelo apartamento e, ao encontrá-los, mesmo apenas na mente, tornar-me então outra vez capaz de afirmar, como num vício inofensivo: tenho um dragão que mora comigo. E, desse jeito, começar uma nova história que, desta vez sim, seria totalmente verdadeira, mesmo sendo completamente mentira. Fico cansado do amor que sinto, e num enorme esforço que aos poucos se transforma numa espécie de modesta alegria, tarde da noite, sozinho neste apartamento no meio de uma cidade escassa de dragões, repito e repito este meu confuso aprendizado para a criança-eu-mesmo sentada aflita e com frio nos joelhos do sereno velho-eu-mesmo:
- Dorme, só existe o sonho. Dorme, meu filho. Que seja doce.
Todas as vezes que eu olho no fundo do olhar de uma criança, eu sinto que nosso mundo ainda há esperança.
Vasculhei toda poesia esquecida no fundo das minhas gavetas... fiz de tudo para tentar ser mais original do que um simples EU TE AMO.
(...)o que temos de mais essencial é aquilo que guardamos no fundo da nossa alma e atende pelo nome de generosidade. Um desejo íntimo do sentimento pelo sentimento, capaz de frear a intolerância, minimizar as diferenças e romper os muros construídos pelo ressentimento. Essa sublime generosidade distribui sentimentos de ternura, multiplica os afetos e dá vida a nossa inesgotável capacidade de amar…
Do fundo do meu coraçao
Te agradeço o desespero q me causas
e detesto a tranquilidade em que vive
antes de te conhecer
Maior amigo é aquele que desce ao fundo do poço para te resgatar ou amparar-te, do que aquele que te atira a corda.
Eu bebo não é por vício e nem por nada, bebo porque
no fundo do copo tem o retrato de minha amada e bebo para que ela não morra afogada, mas falo para ela:
-Aprende a nadar disgraçada!!!
Só hoje, deixa?
Deixa-me ficar em silêncio,
Preciso me ouvir.
Deixa-me mergulhar bem fundo,
Preciso me encontrar.
Deixa-me ficar no escuro,
Preciso encontrar uma luz.
Deixa-me aconchegar,
Preciso-me sentir protegida.
Amanhã e sempre, deixa?
Deixa-me nascer,
Encontrei a luz.
Deixa-me emergir,
Encontrei as ondas.
Deixa-me eu falar
E contarei o que vivi!
Maykira 18/07/09
Na verdade, a fantasia deixa a gente assim
Esperando um novo amor a cada amanhecer
Mas no fundo, a gente sabe que o coração
Se desarma e se rende ao sentimento
Somente um idiota não consegue olha no fundo dos olhos de sua amada e dizer uma simples frase "Eu Te Amo e te quero só pra mim",pois então se esse idiota não consegue nem falar imagina demonstra...
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