Fugir dos Sentimentos
Quisera ter a leveza das flores de se inclinarem ao vento e se permitirem ir e voltar, sem a necessidade da direção assertiva; de se abrirem em campos vastos e oferecer a todos seu melhor perfume; de exibirem sua beleza sem a "maquiagem" que camufla; ao invés disso, em alguns momentos, me fecho sem que me permita algum indício de luz. Sei que ela está lá. É que, para minha visão tão diminuta, me cegaria. É quando meu interior vocifera trazendo verdades entaladas. Não sou e nunca serei a prisioneira em sua própria cela, aquela que não possui essência de aromas inebriantes, aquela que a luz se intimida ante os raios que ela mesma reflete. Farei parte das flores que se deixam exalar, que oferecem sua beleza e inclinam-se aos ventos, sem receios de tempestades, com o intuito, de serem e viverem exatamente como são: belas, perfumadas e livres.
Você é um ser humano competitivo? Já experimentou competir com você mesmo? Te darei um exemplo bem xulo, como: vou lavar a varanda onde os cães ficam, mas não vou brigar com os cachorros por eles fazerem muita bagunça, não começarei a gritar com os filhos porque estou fazendo minha tarefa e meu limite termina rapidinho, farei todo esforço para limpar da melhor maneira possível e ao final ainda acariciarei meus animais. Sei que o exemplo é ridículo, mas são nas menores atividades que podemos começar a competir conosco mesmos. Você não será uma pessoa melhor porque num determinado momento fez algo da qual você mesmo se surpreendeu, mas se exercitar a benevolência em todos os momentos e dias de sua vida.
(vts)
...e aí a vida passa
As coisas mudam
A gente precisa do outro
O outro precisa da gente
É um vai e volta
Mas, tem o dia que a gente vai e não volta mais.
E aí?
E aí acabou.
Não há mais tempo de voltar, de fazer diferente, de se doar, de amar... A-CA-BOU!
vts
Ao meu senhor
Quisera minhas lágrimas terem fim
E do amor nada sentir.
Não sentir a dor que d’entro do peito
Rasga-me por inteiro
Translada-me para a escuridão
Escuridão que me atormenta.
Repudio cada parte da solidão
Que insiste em me calar
Que cerra meus lábios
Que tão acostumados estão a sorrir
Sorriso que se perdeu
Quando você não apareceu
Não pensou que faria
Do seu olá o mais desejado
Você que ao se fazer notório
Se esqueceu de que estava
Despertando sentimentos
Sentimentos que clamam por reciprocidade
E que quando não encontra, adoece a quem despertou
E você, apenas em você pensava, meu senhor.
Ascensão - Valéria Teixeira Dos Santos
Não é que tristeza seja meu nome
E solidão meu sobrenome
Mas têm dias que é assim
Não há porquês; mas necessidades
Necessidade de receber mais a luz do sol, mergulhar no mar, respirar mais profundo, amar intensamente
De receber mais sorrisos sinceros
Abraços mais apertados
Beijos molhados
Tem dias que é assim
O dia não tem fim
A tristeza invade a'lma
Que se tornam perceptíveis
No olhar, no sorriso, no corpo
Que desnuda a alma
Da lágrima que rola
Pela face da moça
Que não é tristeza nem solidão
Mas em busca de um amor, um amor em ascensão.
Inverno e suor
São nas noites impetuosas de inverno,
Quando o suor invade nossos poros,
Que percebo em nós até onde nossas quimeras amorosas podem nos levar.
Nos levam a conhecer as estrelas em
céus nublados; às aguas salgadas dos rios, por nosso gotejar; à sobrevoar pelos jardins na negritude, quando são nossos pés que nos levam por percorrer.
É o suor mais picante e desejado da que é só eterno delírio.
Quero a paz do campo
A sensação de descarrego que dá ao mergulhar no mar
Quero sentir o cheiro de terra molhada
Ver um botão de rosa se abrir
Quero sentir borboletas no estômago
E o calor e frio que sua presença me causa
Quero o afago do amigo
E o beijo do amante
Quero ser eu todos os dias
Sem precisar me fazer encaixar
Quero a beleza do arco-íris
E o brilho do sol
Quero ser a nuvem que se descarrega quando cheia está
Quero que assim como a água da chuva que cai e rega a terra, que minhas lágrimas tenham
alguma serventia também. Se de tudo, possível não for, agradeço por a mim permitir o prazer do alívio e por poder flutuar novamente, tal qual as nuvens por aí.
Sua boca quente
Suas mãos atrevidas
Seu corpo suado
Teu corpo, teu corpo me mostrando toda reação.
Eu te observando
Te desejando
Me segurando
Você toma atitude,
Me pega de jeito,
Me leva pro leito,
Comanda a situação.
Quanta ereção!
Somos tomados pelo desejo,
Pela carne, pelo impulso.
Reagimos com ousadia
E gozamos em sintonia.
Vamos começar tudo outra vez.
Me ensine a sonhar de novo, a acreditar. ..
Te confesso, ainda tenho medo.
É que a bobeira me pegou e
Me deixei ser levada por ela.
De repente nada mais fazia sentido.
Mas, sem te incomodar, me dá sua mão,
Me olha nos olhos,
Me beija na boca,
E me faz em nada me preocupar
E em somente acreditar
Que ainda vale a pena,
Que vale a pena amar.
Ando sentindo faltas...
Sinto falta de olho no olho,
Um olhar sincero,
Daquele olhar que vemos o coração.
Sinto falta de palavras que dão vida,
Das palavras com cheiro de morte já me saciei, me fartei, me esgotei.
Sinto falta de poder acreditar nas palavras das pessoas,
Sinto falta do toque na pele, dos touchs estou farta.
Quero o toque da alma!
Sinto falta do amor de um homem que eu possa recostar em seu peito e nele poder confiar.
Sinto falta, sinto falta da minha ingenuidade, quando sofria menos por não enxergar as maldades das pessoas. Afirmo que era muito feliz.
Prosseguirei minha jornada sentindo faltas, mas tentando semear o que não encontro, e que a mim, muita falta faz.
Qual as estações do ano
Venho deixando um pouco de mim aqui e acolá
Não me perco, só me desligo, sem a intenção de me fazer permanecer, mas de esquecer.
Como amante do frio, nada eclética e exageradamente exagerada, hoje seria um daqueles dias em que gostaria de ultrapassar meus limites. Seja em falar além do que já falo, andar de bicicleta num bosque onde o verdejar viesse todos a me cumprimentar, num gesto de inclinação nos momentos de ventos mais fortes, sentir a brisa acariciando suavemente minha face... tudo isso sob aquele sol radiante, que com toda sua majestade te convida a dar um mergulho no mar. Ah... que bom seria poder mergulhar naquela água azul e morna. Suavemente emergiria sobre a água e sentiria o sal retirando de mim toda impureza do corpo. O que mais me encanta nos mergulhos em praias, é a sensação de bem estar que não se restringe apenas ao corpo, ela penetra e te purifica a alma. Que alívio sentiria neste momento! Neste mesmo instante, abriria as malas das mágoas, tristezas, insatisfações, doenças que cativei... deixaria também a mala dos sonos em excesso. Quanto tempo perdido! Poderia ter amado mais; mergulhado em águas frias, mornas, tremendamente geladas... andaria mais de bicicleta, daria menos importância à algumas amizades e teria ido de encontro a tantas outras que por um motivo ou outro, foram se afastando. À tardinha, chamaria alguns amigos com suas namoradas e namorados, meus filhos, nora, neto e iríamos ao Espetto Carioca do Park Shopping, aqui de Campo Grande. Que lugar aconchegante!!! Pediríamos todo tipo de bebidas, petiscos... posso contemplar as gargalhadas alucinadas depois de algumas bestagens que uns e outros soltariam, com certeza. As lembranças de quando mais jovens, nos levariam a quase engasgar de tanto sorrir. Os músicos já estariam em seus postos e trariam em seu repertório músicas antigas que nos remeteriam, mais uma vez, a um passado pouco distante, mas que nos deixaram marcas como: os cabelos grisalhos; alguns códigos de barra em torno dos lábios; os pés de galinha que persistem em sorrir junto com a gente; nos joelhos que já impedem que levantemos as pernas como dantes, mas que mesmo assim, nos levariam ao meio do restaurante para dançarmos ao som do ontem, que estava logo alí, mas passou. Como tudo passa. Passou até mesmo toda a doce quimera que seria se hoje tivesse mesmo aquele radiante sol.
logo agora, com a iminência do inverno, meu amor se foi
está pensativo, sem direção, em busca de novos horizontes...
me deixou o verão, que é sempre latente aqui
ah, soubesse ele que o poderia aquecê-lo
direcioná-lo pelas curvas do meu corpo
mostrá-lo não a saída do labirinto, mas o ápice dele
retirar os vincos secos de seus lábios, deixá -los macios e viçosos com beijos ardentes
sua pele não eriçada pelo forte frio, mas pelo passear de minhas mãos
soubesse ele disso, teria deixado sua questões de lado
priorizaria ele se expor ao sol
deixar a pele bronzeada
seu rostinho rubro
com aparência salutar
de quem vive para amar.
vts
maio/2018.
No início, nada de tão sério. Até que a intensidade foi se tornando insuportável. Era um dia sem sono e outro, hibernação. O corpo e a mente se mantinham em frequente luta para ver quem conseguiria trabalhar mais. Se num dia não comia nada por total falta de apetite, no outro devoraria qualquer coisa. Paulatinamente a dor no meio do peito parecia se aprofundar até transpassar às costas. Os esquecimentos não eram mais um simples apagar de mente por segundos, passavam-se tempos, até que conseguisse a tão famigerada lembrança de volta. De repente, saber que no dia seguinte teria que ir a algum lugar tornava minha mente e corpo em erupção total, era suor para todo lado, coração acelerava e tudo implorava por socorro. Não era falta de fé, fraqueza, estresse seguido de dor no peito ou loucura diagnosticada, era depressão e síndrome do pânico tratados por psiquiatra e análises com psicólogo.
Se agora tudo está bem?
_ Sim. Até que por qualquer razão, que não seja rotineira, venha me abalar novamente.
O quê que faço quando tudo volta?
_Absurdamente, com uma lança em mãos e vestida de couraça, me levanto e enfrento meus dias.
Por que a analogia quanto à lança e a couraça?
_ Porque é dessa forma que me sinto, como que se vestida estivesse para me deparar com a guerra que não está do lado fora, mas intrinsecamente, em mim mesma.
Se é fácil?
_Não, não é fácil. É uma batalha enfrentada cara a cara todos os dias.
vts
tem uma dor presa aqui, fazendo um buraco que rasga com unhas afiadas e cara de quem quer ver a dor agonizante
tem um grito que não sai, está entalado; em quarentena, ele aguarda pela prisão perpétua
há mãos atadas, calejadas pelos carinhos distribuídos em peles com queratose pilar, não pelo excesso de queratina, mas por não conhecerem a reciprocidade
há olhos vendados por não suportarem a luz do dia
há corpos estendidos sobre camas, corta-luz nas janelas e portas trancadas
há alguém a implorar por socorro através de códigos, por não suportar o desacreditar no amor
mandem mensagens, liguem, façam-se presentes, quando souberem o que realmente querem
pessoas não são descartáveis, amor não é banal e palavras deveriam ser sempre verdadeiras.
vts
Descobri que se desnudar faz bem. A gente vai ficando mais leve, conforme vamos retirando algumas vestimentas; além de que, algumas dessas roupas são demasiadamente pesadas, difíceis de carregar. Algumas, totalmente desnecessárias, cheias de sem sentidos; seja devido ao clima, a hora, a ocasião... Assim, fui me despindo. Algumas vestes como: as do ciúme; incomodar-me ao extremo com o quê pensam sobre mim; manter-me em relacionamentos já mortificados; querer que reconheçam em mim o “valor” que possuo. Percebi que não valia a pena. Hoje sou ré e juíza, eu decido. É verdade, às vezes sinto um vento gelado acariciando minhas costas; mas, faz parte, já que decidi me desnudar.
me vejo
me toco
me escuto
observo mulher forte
toco pele, ora sulcada pelas tempestades impetuosas,
ora de seda
ouço o riso e a dor
que incendeiam o depósito andarilho
de mente balburdiante,
lábios oclusos
e pés fincos ao chão.
têm dias em que nosso diálogo é ensurdecedor
fico jogada sobre a cama
a caneta se perde pelas frestas do sofá; quando não, ao meu lado na cama, que é um lugar inabitado há cinco anos, e ela insiste em me fazer companhia
o papel, muitas das vezes, fica todo suntuoso na estante, não me dá muita atenção
como bons e velhos amigos
temos aqueles dias em que o papo rola o dia inteiro e vara pela madrugada adentro
fazemos passeios longínquos
percorremos por corpos desconhecidos
falamos daquilo que nunca vivemos
e daquilo que é nossa reza principal
somos amigos e não cabe em nós escrúpulos, segredos, sussurrar...
gritamos às vezes um com o outro
nos amassamos quando queremos exprimir alguma repulsa,
ou apenas nos deixamos,
cada qual pelo seu habitat
quando não, largados por qualquer ângulo da velha alvenaria.
09/05/2018.
me vesti de plumas
pus brio na cara
feito latão reluzente fiquei
pisei em poças
atravessei por entre os carros
jogando bolinhas pra lá e pra cá
com nariz vermelho
me perdi nos currais
me encontrei no Planalto.
🔍 Está em busca de se entender melhor?
Todos os dias, compartilhamos ideias, perguntas e reflexões que ajudam a olhar para dentro — com mais clareza e menos julgamento.
Receba no WhatsApp- Relacionados
- Frases de amor curtas: poucas palavras que revelam grandes sentimentos
- 83 frases carinhosas para transmitir sentimentos positivos
- Textos para amizade colorida declarando os seus sentimentos
- 53 frases de mágoa para expressar seus sentimentos
- Mensagens para Missa de Sétimo Dia para expressar sentimentos
- Frases sobre música que traduzem sentimentos em notas
- Eu te amo: poemas para expressar seus sentimentos