PASPALHO
Quando tudo é desespero
Os pés queimam até no orvalho
Nada servem impropérios
Sem haver algum trabalho
E rever alguns critérios
Pra deixar de ser paspalho.
Com esse frio, chega de ficar lavando os dois pés todo dia. Se para caminhar só mudamos o pé detrás, então, num dia lavo um, no dia seguinte lavo o outro.
Já renasci das cinzas, já toquei o fundo do poço com os pés.
Já recolhi meus cacos, mas também me permiti despedaçar, porque existiam partes de mim que eu precisava deixar cair.
De tanto andar na escuridão eu aprendi a valorizar tudo que brilha.
Em Teus braços, eu vou me entregar
Os meus medos, eu deixo aos pés do altar
Todos os planos meus, hoje eu entrego a Ti
Toma o Teu lugar, Tu és bem-vindo aqui