Frases de Maria

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Solidão é quando o coração, se não está vazio, sobra lugar nele que não acaba mais.

Ser amado é consumir-se na chama. Amar é luzir com uma luz inesgotável. Ser amado é passar; amar é durar.

Amor são duas solidões protegendo-se uma à outra.

Uma única coisa é necessária: a solidão. A grande solidão interior. Ir dentro de si e não encontrar ninguém durante horas, é a isso que é preciso chegar. Estar só, como a criança está só.

Vivo a minha vida em círculos cada vez maiores / que se estendem sobre as coisas. / Talvez não possa acabar o último, / mas quero tentar.

Ser amado é passado; amar é durar.

As obras de arte são de uma solidão infinita: nada pior do que a crítica para as abordar. Apenas o amor pode captá-las, conservá-las, ser justo em relação a elas.

O destino não vem do exterior para o homem, ele emerge do próprio homem.

Tudo quanto é velocidade não será mais do que passado, porque só aquilo que demora nos inicia.

O homem vê a mulher como se estivesse num frigorífico: um pedaço de nádegas, olhos grandes, cabelos pretos, seios fartos. Ele enxerga a mulher aos pedaços.

Uma obra de arte é boa quando nasceu por necessidade.

A cada dia faça algo que te deixe feliz.

As obras de arte são uma infinita solidão: nada as pode alcançar tão pouco quanto a crítica.

Os homens, com o auxílio das convenções, têm resolvido tudo com facilidade e pelo lado mais fácil da facilidade; mas é claro que precisamos ater-nos ao difícil.

Basta sentir que se poderia viver sem escrever para já não se ter o direito de fazê-lo.

Alma lavada.
Cheiro de terra molhada
Chuva de verão.

O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.

Maria Julia Paes de Silva
Livro: Qual o tempo do cuidado? Edições Loyola, 2004. P. 49

Nota: A autoria do pensamento tem vindo a ser erroneamente atribuída a Fernando Pessoa.

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Se meus demônios me abandonarem, temo que meus anjos desapareçam também.

Se o cotidiano lhe parece pobre, não o acuse: acuse-se a si próprio de não ser muito poeta para extrair as suas riquezas.

O POETA

Já te despedes de mim, Hora.
Teu golpe de asa é o meu açoite.
Só: da boca o que faço agora?
Que faço do dia, da noite?

Sem paz, sem amor, sem teto,
caminho pela vida afora.
Tudo aquilo em que ponho afeto
fica mais rico e me devora.