Frases de Luis Figo
Arranjos de algodão
Confeccionei um buquê de estrelas
com arranjos de algodão
nele coloquei a magia da lua
e fiapos da noite em cordão.
Um cartão com dedicatória
onde a poesia saúda a prosa,
pois nas metáforas da vida
estrelas podem ser rosas.
Se Neil buscasse inspiração poética, ao pisar no solo lunar diria:
Um pequeno passo para o poeta, um grande salto para a poesia.
Quando até a verdade apavora
consciente ou não o homem chora.
Mas quando a mentira se sobrepõe
não há verdade que consola.
Dou-me conta: hoje é o dia.
Dou uma trégua
Dou um sorriso
Dou um grito de amor à vida
Na mais amável poesia.
Que o valor que tenho não seja julgado pela aparência.
Que eu possa sempre dar a conhecer minha essência.
Pois meu primeiro verso tem alma de brisa,
E o segundo ainda mais me humaniza.
Que todo voo seja tranquilo e sem limitações.
Que nenhum vento possa fechar o portão.
Pois meu primeiro verso é feito de imaginações,
E o segundo... Um coquetel de bons corações.
A vida sempre quer mais.
Mesmo sem sufixos
sem versos completos,
ainda assim a vida quer mais.
Ainda que algumas páginas fiquem machucadas
enlameadas, quase irreconhecíveis,
com grande esforço se recompõem do jeito que dá,
pois entendem, a vida quer mais.
Eu já abracei sem vontade.
Já elogie só pra ser gentil.
Liguei apenas pra agradar.
Escondi as quedas pra parecer forte.
Sorri pra enganar.
Sem entusiasmo desejei bom ano.
Ataquei apenas pra me defender.
Hoje sei que ser autêntico
É o que nos faz mais humano.
No meio da noite a vida se ativa.
Nos dedos perfume de rosas.
Agora repousam no vaso cristalino.
Ao menos assim imagino.
Aproxima-se delas para cheirá-las,
odor nostálgico dali exala
eu sinto, eu toco, inspiro,
invisível como o ar que respiro.
Seguir é aceitar as lembranças do que vivemos
E caminhar em busca de novas histórias
para lembranças futuras.
Canivete corta a corda
Na ponta da palha em breve brasa
A fumaça sobe sem rumo
Distorcendo a prosa rasa
Pois o ar não respeita o prumo
Como tudo na vida
Em fumaça, foi-se o fumo.
Não represe o rio da tua vida
Deixa em livre curso
O destino final não importa
Para águas que correm felizes.
Invisível menino pobre de rua
Cujo futuro nem a Deus entrega
Sutil como as fases trocadas da lua.
Nu de carinho como as pedras da calçada crua.
Sem paz nunca sossega
Sem amor a sua vida enfraquece
Com fome a ninguém se apega
Ainda assim pede aos céus em prece.
Ciclo
Nasci com a alma distraída...
Inocente.
Cresci me concentrando um pouco a cada dia
Mostrei-me já adulto
Num espelho distraído.
Hoje ele me mostra envelhecido
Como a lembrar-me que eu já
Vivi o que podia ter vivido.
Relaxo novamente,
É natural...
Não se fica pra semente.
Nada é pior que a indiferença daquela que se ama, nada é pior do que a ingratidão do que não sabe ouvir o coração. Ah, se todos soubessem como ouvi-lo.
