Frases de Chico Buarque

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O meu amor tem um jeito manso que é só seu,
que rouba os meus sentidos,
viola os meus ouvidos
com tantos segredos lindos e indecentes.
Depois brinca comigo,
ri do meu umbigo,
e me crava os dentes.
Eu sou sua menina, viu?
E ele é o meu rapaz.
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz.

Quando ela chora
Não sei se é dos olhos pra fora
Não sei do que ri (...) (...) Ela faz cinema
Ela faz cinema
Ela é demais
Talvez nem me queria bem
Porém faz um bem que ninguém
Me faz (...) Ela faz cinema
Ela faz cinema
Ela é assim
Nunca será de ninguém
Porém eu não sei viver sem
E fim

Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
Milênios, milênios
No ar
(...)
Não se afobe, não
Que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você

O amor jamais foi um sonho, o amor, eu bem sei, já provei, é um veneno medonho. É por isso que se há de entender que o amor não é ócio, e compreender que o amor não é um vício, o amor é sacrifício, o amor é sacerdócio.

Chico Buarque
Ópera do Malandro

Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma.

Você que inventou a tristeza, ora, tenha a fineza de 'desinventar'.

Te perdoo por fazeres mil perguntas que em vidas que andam juntas ninguém faz...

Sonhar um sonho impossível...
Lutar, onde é fácil ceder...
Vencer , o inimigo invencível...
Negar quando a regra é vender...
Romper a incabível prisão...
Voar, no limite improvável....
Tocar o inacessível chão!
É minha lei, é minha questão.
Guiar este mundo, cravar este chão.

Mesmo em sonho estive atento para poder lembrar-te sempre

Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz...

Pois já forjou o seu sorriso
E fez do mesmo profissão...

Porque nesses seis meses tudo o que falamos antes virou barulho, fica difícil retomar a conversa.

Chico Buarque
Livro Estorvo

Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe...

Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei, também, que é preciso, pá
Navegar, navegar
Lá faz primavera, pá
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim

É uma cova grande pra tua carne pouca
Mas a terra dada, não se abre a boca
É a conta menor que tiraste em vida
É a parte que te cabe deste latifúndio
É a terra que querias ver dividida
Estarás mais ancho que estavas no mundo
Mas a terra dada, não se abre a boca.

“Sei que ela pode ser mil, mas não existe outra igual.”

"E quando ela está nos meus braços; As tristezas parecem banais; O meu coração aos pedaços; Se remenda prum número a mais"

'Mas se a ciência provar o contrário, e se o calendário nos contrariar, mas se o destino insistir em nos separar; danem-se os astros, os autos, os signos, os dogmas, os búzios, as bulas, anúncios, tratados, ciganas, projetos, sinopses, espelhos, conselhos, que se dane o evangelho e todos os orixás, serás o meu amor, serás a minha paz.'

Você que inventou esse estado
E inventou de inventar
Toda a escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar
O perdão

Vou cobrar com juros, juro
Todo esse amor reprimido
Esse grito contido
Este samba no escuro
Você que inventou a tristeza
Ora, tenha a fineza
De desinventar

Bom dia, flor do dia, mas deve haver modos menos agourentos de se despertar que com uma filha choramingando à cabeceira. E pelo visto, mais uma vez você veio sem os meus cigarros, que dirá os charutos. Que é proibido fumar aqui dentro eu sei, mas dá-se um jeito, também não estou lhe pedindo para entrar no hospital com cocaína.