São quase uma da manhã e me sinto só... Nana Calorina

São quase uma da manhã e me sinto só como não me sentia há muito tempo. As lágrimas começam a cair e o frio toma conta de mim. As únicas coisas que eu tenho do meu lado são um lápis e algumas folhas. Começo a escrever, sem querer saber se ficará bom ou não, mas apenas para tentar desabafar tudo o que sinto, tudo o que penso, todo esse vazio. Só pra tentar achar alguma solução, algum ombro, algo, alguém. Respostas, quero respostas. Eu estou realmente só ou é o frio e o escuro da noite que faz-me sentir assim? Uma vez me disseram que tenho um anjo da guarda. Anjo, guarde-me então debaixo de tuas asas. Preenche esse vazio. Algo se foi e eu não sei o que é, nem sei se volta. Ei, aonde você vai anjinho? Fique! Eu preciso de alguém aqui, alguém pra me tirar desse frio e pra enxugar essas lágrimas que correm no meu rosto… ou talvez eu só precise de alguém. Aqui, agora! Mas tudo o que tenho são um lápis e algumas folhas, e tudo o que vejo é minha imagem refletida em um velho espelho, me mostrando que sim,eu realmente estou sozinha.