Enoja-me o olhar negro de pérola da... Mateus Guilherme

Enoja-me o olhar negro de pérola da Pérola abraçando-me as curvas de um coitado. E recitando o seu falatório de vencedora. Entristece-me o notar do fôlego da Pé... Frase de Mateus Guilherme.

Enoja-me o olhar negro de pérola da Pérola abraçando-me as curvas de um coitado.
E recitando o seu falatório de vencedora.
Entristece-me o notar do fôlego da Pérola em seguir em frente.
E o da envoltura de rija casca, firme, que segura sua simplicidade.
Causa-me vertigens o meu derreter assim que recém separado.
E o tanto pensar amargo em ti. Pois revivo-te: penso, mesmo que em amargo!
Arrepia-me a minha fragilidade contraditória diante da Pérola.
Tão radiante, tão vívida, pisando em meus escombros.

Chora-me os músculos de ódio!
Invejo a força da Pérola; ó Pérola,
que, depois de massacrar, desdobra-se em flor:
unicamente para ganhar-me de novo e oferecer-me os espinhos para um notável suicídio.