Onde vamos parar? Sinceramente às vezes... Marinho Guzman

Onde vamos parar?



Sinceramente às vezes sinto medo dos próximos dias, meses e anos.
Deito na cama e mal fecho os olhos, lembro que falta ver um e-mail ou terminar um texto.
Levanto e volto ao computador que há tempos não é mais desligado.
Abro numa notícia, passo para outro jornal, consulto uma vez mais o Facebook e apesar de perceber que não sou o mesmo em razão da enxurrada de notícias que absorvo, continuo lendo, teclando, pensando e não consigo desligar. Tal qual meu computador.
Não sou fã de escândalos nem de novelas e ainda fico pasmo quando vejo que as quatro primeiras notícias do Fantástico foram morte e desgraça.
A quinta foi mais uma denúncia de corrupção. No Brasil.
Não sou moralista. Acho...
Mas isso não impede de que eu me pergunte onde vamos parar.
O cenário político do Brasil é estável. Estabilizou-se na condescendência com a falta de justiça que permite e perdoa o crime.
No cenário político local a situação aceita é de que é melhor alguém que faz algo e rouba muito, do que quem roubou muito e nada fez.
E a dúvida continua. O que será melhor? Contentarmo-nos com a situação ou ter a certeza de partir para algo que visivelmente é ainda pior?
A meu ver o Diário Oficial é a maior prova dos crimes atuais. Nele são impressas as maiores mentiras, as promessas não cumpridas e a roubalheira institucionalizada pelas compras fictícias e super faturadas.
Ainda bem que e vez em quando o cansaço chega, o sono domina as pálpebras.
A gente sabe que o computador vai continuar ligado para qualquer insone emergência e amanhã será um outro dia.
Onde vamos parar?