Poema em Solidão nº3 Ninguém... Carminha Barreto Campello

Poema em Solidão nº3 Ninguém pronuncia meu nome e em tristeza, minhas horas teço. A solidão nasce, em mim, como uma grande e branca flor. - Meus olhos são dois ... Frase de Carminha Barreto Campello.

Poema em Solidão nº3

Ninguém pronuncia meu nome
e em tristeza, minhas horas teço.

A solidão nasce, em mim,
como uma grande e branca flor.
- Meus olhos são dois poentes,
- minhas mãos gestos de adeus.

A memória se insurge: houve uma aurora.
Meus olhos se tingem do apelo do azul.

Dúbia me instalo:

Palavra e eco divi-dida
face no espelho (re)produzida.

A rosa dos ventos permanece
como estrela única,
mas eu sempre restarei.

Em silêncio devoro minha dor..."