Primeiro de Maio de dois mil e onze Era... Iara Araújo

Primeiro de Maio de dois mil e onze

Era incrível, mas depois de tanta felicidade, parecia que a tristeza ia voltar e isso não tardaria. O céu daquela tarde traduzia o que estava acontecendo: havia chovido e estava frio, podia-se ver o nascente carregado de nuvens encharcadas cada vez mais perto de descarregar sobre a terra a água nelas contida. Não tenho certeza, mas parece que também existia um arco-íris de ponta à ponta colorindo com traços aquela imensidão cinza. Do outro lado, à oeste, lá estava o mais belo por do sol já visto. Foi o crepúsculo mais lindo que vi até então. Era de querer parar o tempo e não deixar que a noite de chuva roubasse aquele paraíso de por do sol. Enfim, essa era a chave do tempo, do que aconteceu e estava para acontecer. Os dias lindos, azuis, frescos e doces estavam indo... E os dias frios, incertos, cinzas e tristes estavam por vir.