(…) E mais uma vez respirou fundo... Amanda Drielly

(…) E mais uma vez respirou fundo tentando engolir o choro. Talvez quisesse mesmo chorar na frente de todos, sem medo. Mas não. As pessoas não se importariam. Então ela guardou o choro. E saiu dali. Do meio daquela gente vazia. Sentia uma agonia. Algo que a deixava inquieta. Não queria companhias. Queria somente ela. Sozinha. Naquele momento queria pensar. Queria pensar bem no que andava sentindo. Deixou o celular pra lá, desligado, e foi andando. Não queria que a incomodassem. Era um momento dela. Precisava daquilo. Sair um pouco. Sozinha. Olhar pro céu e se encher de esperança ao se deparar com aqueles raios encantadores do sol. Lá atrás, na colina, onde já podia ver montanhas, se formava um lindo arco-íris. Pois havia chovido a um tempo atrás. O chão, ainda molhado, transmitia um ar de cena de filme. Olhou aquele arco íris e sorriu. Era lindo. E a fazia ter vontade de sorrir. Não tinha muitos motivos naquele momento. Mas mesmo assim decidiu sorrir. Talvez, sorrir um pouco amenizasse aquela agonia que pairava dentro dela (…) Estar longe das pessoas era bom pra ela naquele momento. Libertava-a. Fazia sentir-se leve. Solta. Aliviada (…) Parecia um mundo perfeito. Pois não havia ninguém por perto. Ninguém pra tirar sua paz e tranquilidade (…) Mas ela não podia ficar ali pra sempre. Claro. Permaneceu caminhando por mais alguns minutos. Depois pegou o rumo de casa. A vontade era de ficar lá por mais tempo. Mas ela era arrastada pra voltar a realidade. E voltou. Só que agora mais leve. Mais solta (…)