(Esse texto é pura expressão e... Gustavo Gantes

(Esse texto é pura expressão e interpretação. um grande amigo meu o fez, com seu coração. VALE a leitura. abraço)


E o amanhã? Ainda estaremos aqui? Consideramos bom ou ruim o que já foi vivido? O que mais vai pesar no dito "Carpe Diem" quando já estiver acabado? Tantas perguntas que, via de regra, são capazes de transformar de imediato todo e qualquer pensamento de um ser humano e até mesmo mudar sua forma de agir. Pessoas vivem por viver ou apenas sobreviver, suavizar a dor da rotina e do cotidiano, seja profissional, seja familiar. E ais que existe mais uma pergunta: Qual é a base fundamental para suportarmos e absorvermos a agonia de viver num âmbito transtornado? Tanto faz, o egoísmo toma conta do ser humano que em qualquer momento crítico, por instinto de sobrevivência, pensará somente em si e em tentar resolver a sua aflição. A natureza fez o homem assim, em querer se transformar, assim como no mundo animal, o mais forte. Contrapartida, o respeito é deixado de lado por motivos simples assim como as condições perfeitas para viver harmoniosamente já estão praticamente extintas. Mas e aí, e o amanhã? Mais uma vez, o que fizemos? Deixamos nosso "legado"? Nossa falta será sentida? O que é preciso pra parar essa firme constância de procurar a felicidade em vez de vivermos pra que ela surja de forma natural? Somos frágeis e por isso capazes de sermos alvos fáceis dos perigos do mundo. Nem todos temos pensamentos iguais e todos nos seus respectivos atos agem de forma única sem olhar em torno de si. Qual a diferença dos que deixam e dos que não deixam sua marca? Quem realmente vai estar conosco até mesmo quando não estamos junto ao mesmo? Realmente, o que vem a tona hoje é: E se eu morrer? Como será depois da minha morte? Não existe explicação. Não temos que isso não temos que aquilo, nossas ações não são por obrigação. Necessidade? Talvez, mas sim por conforto e alívio da dor duma alma sofrida. Todavia, qual é a intenção da guerra e dos inocentes que fazem parte? A guerra pode ser interpretada em vários ambientes, mas a mais cruel e obscura é a sociedade. Quem nós fazemos felizes até mesmo na guerra? Quando morremos nessa guerra, quem vai lembrar que lutou até o fim ao nosso lado? Deus criou o homem ou o homem criou Deus? "Ameno dori me", é o que uma alma suplicava ao soldado entrincheirado Austro-Húngaro na última batalha da Sérvia. Mas será que não é isso que pedimos hoje também na nossa guerra? "Ameno dori me", porque amanhã não será igual a hoje, podemos ou não continuar na guerra, podemos ou não ser atingidos pela metralhadora que existe na sociedade e em qualquer momento sermos baleados. O imortal é esta vida, este momento. Façamos então, valer a vida e de algum jeito tentar marcar, até mesmo por um segundo qualquer, o pensamento de quem está ao nosso lado, porque amanhã...quem sabe?

Tiago Rafael do Nascimento