Tudo acaba? O sorriso de um pássaro É... Ismael André

Tudo acaba?

O sorriso de um pássaro
É o cantar do seu dia
Resplandecendo no alto
Consciente de quem ouve.

O rude poder de querer
É agir simultaneamente
Buscando na natureza
A resposta do presente.
O leão é um exemplo:
É generoso, rude, alegre, bruto, lindo [a quem diga].
Ignorante, opulento, arrogante, incivil...
Mas, sabe ser tão consistente
Que chegam a pensar que é gente.
Porém, basta agredi-lo
Passando a mão na carteira
Que o anjo do momento
Vira o diabo em poeira.

No dia de sua morte
Todos estarão chorando
Uns pelo o bem que fez
Muitos pelo mal contando.
Há quem chore de alegria
Muitos por puro rancor
Por acreditar que um dia
O opulento virou dor.

No cenário da floresta
Morre um, fica cinqüenta
O príncipe das trevas que desconfie
No povo que lhe acalenta.
Do injusto a justiça
Não condiz a glória contar
Pois, o mal ou bem centrado
É melhor não acreditar.

O difícil é o habitat conciliar
O poder que um povo tem
Chegando a confiar
Em tudo o que vem do além.
Sinceramente não sei
O que chega a apaziguar
Pior é ter no irrefletido:
Se tudo vai acabar!

Será?