Estamos na era do fast-food e da digestão lenta, do homem grande...

Estamos na era do fast-food e da digestão lenta, do homem grande de caráter pequeno, lucros acentuados e relações vazias. Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados. Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas "mágicas". Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa: a vida se faz mais curta. Quebre as regras, perdoe rapidamente, beije demoradamente, ame - mas abra exceção -, e não se esqueça: o céu não é o limite! Isso só você impõe.
Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, ao invés de refletir sobre o que me veio, o faço quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agir sob uma intuição dessas não falha, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples fatilidade. Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. (...) Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Vou pensar no assunto. Certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não é por eu querer ser diferente, não. Quem me conhece sabe que sou clone de qualquer outra mulher, mas não me tire o prazer de me manter indiferente a algumas coisas. Virou meu luxo secreto ter meus detalhes – e detalhes fazem sim toda a diferença! Certo é que quero bem quem está ao meu lado, e quem não está também. Certo é que nem tudo precisa de um motivo pra existir. Apenas ame, ame sua sorte, ame seu cabelo e seu perfume, ame o sol, ame as suas músicas, ame seus medos, ame o que passou... O que está acontecendo e o que está por vir, apenas ame e depois de um tempo que você amar, se amar, comece tudo de novo, mas dessa vez faça diferente: ensine alguém a amar você.
Hoje eu to convencida de que ninguém perde ninguém, afinal, ninguém possui ninguém. Essa é a verdadeira experiência da liberdade: ter a coisa mais importante do mundo sem possuí-la. A vida é maravilhosamente bela!
Você ainda vai amar e odiar a mesma pessoa. Vai rir das coisas que passou, vai rir de como você era, de como você é, e de como você pensa ser. Vai querer mudar de nome, vai querer ser outra pessoa, vai perceber que você mudou muito, ou que você sempre foi a mesma pessoa! Vai se perder em sua própria vida, vai arriscar mesmo sabendo das consequências. Vai querer recomeçar, mesmo nunca tendo começado, vai fazer planos com outra pessoa, mesmo ela nunca tendo feito parte disso. Vai depender de alguém, vai pedir ajuda. Vai perder o orgulho. O importante é ser você.
Nem sempre as escolhas que fiz foram as corretas, nem sempre as pessoas que escolhi permaneceram ao meu lado, nem sempre meu sonho se realizou, nem sempre minha opinião foi aceita, mas sempre fiz o que quis. Não vivemos exatamente o que sonhamos, vivemos o que cativamos, o que nos foi guardado, o que merecemos. Geralmente sofremos quando esperamos algo de alguém. O ideal é não esperar nada de ninguém e se surpreender com cada ato, cada inesperado ato tão esperado ocultamente. Devemos saber perder. Vá à luta, levante, revide! Vá em frente, não se renda, não se prenda no medo de errar que é errando que se aprende. O caminho até parece complicado e às vezes tão difícil que você se surpreende quando sente de repente que era tudo muito mais fácil. Vá na marra, vá na garra, vá em frente e se agarre com unhas e dentes. Pra saber o que é possível é preciso que se tente conseguir o impossível, sempre alimente a esperança de vencer e só duvide de quem duvida de você.
Lavar a alma me traz boas lembranças...