“Não me olhe assim sou igual há... Cesar Jihad (Vulto Madhiba)
“Não  me  olhe  assim  sou  igual  há  você.”
Amei  antes  da  aragem  arbitraria  arrebatado  pela  ilusão  do  desconhecido  mundo  desigual,  alcoolizados  perdidos  mãe  e  pai, acostumei-me  a  rotineira  sobrevida  tornei-me  um societário  da  miséria  e  fome.Do  outro  lado  da  ponte  nos  faróis  onde  mendigava muitas  das  vezes  o  resto  dos  restos  para  alimentar  o  insaciável  vicio  de  meus  pais,  as  marcas  do  descontrole  intempestivo carreguei  comigo  durante  um  longo  tempo,  aos  15  anos  me  mudei  para  um  lugar  impiedoso,  não  fui  por  vontade  própria,  fui  pela  vontade  de  viver,  ter,  poder,  querer, expender,  mas  aprendi...Aprendi  que  nem   sempre  os  fortes  sobrevivem,  que  não  há  regras  onde  regras  são  impostas,  e  que  literalmente  a  esperança  não  é  a  ultima  que  morre,  morremos  antes  de  inúmeras  formas, bem,  sobrevivi...apos  2  anos  já  aos  meus  17 um  adolescente  com  cabeça  de  homem,  trazia  comigo  o  trauma  de  uma  infância  conturbada,  já  sem  meus  pais,  pois  se  perderam,  melhor  se  acharam,  voltaram  as  cinzas. Descobri  também  que  querer  não  basta  pois  rótulo  é  como  uma  cicatriz  tem  que  aprender  há  esconde La  se  assim  te  incomodar,  varias  vezes  meu  pai  chegava  embriagado  do  bar  e  agredia  minha  mãe  e  eu, foi  assim  que  quando  adulto  passei  a  encarar  meus  medos,  os  agredindo  sem  pensar,  minha  historia  de   vida,  talvez  seja   como  de   tantos  outros  filhos  do  descaso  no  contexto  geral,  filho  de  pais  alcoólatras,  morador  de   favela,  freqüentador  de  FEBEM,  casa  de  recuperação  e  enfim  ex – presidiário,  trágico  não?  Não,  não,  e  sim  conseqüência  da  falta  de  crença, compaixão...que  não  temos  uns com  outros  assim sempre  observando  o  cisco  no  olho  de  nosso  semelhante  mas  não  sentindo  o  pedaço  de  tijolo  em  nossos  próprios  olhos,  de  nada  adianta  leis,  decretos,  projetos  mirabolantes  se  não  houver  verdade...a  violência  esta  em  nós  quando  nos  rendemos  há  intolerância  de  nosso  eu.
Sempre  adorei  o  canto  dos  pássaros, mas  cresci  com  o  barulho  das  armas, mesmo  assim  fui  em  busca  de  onde  eles  faziam  seus  ninhos!
 
 
 
 
 
 
