Como é difícil quando você se dedica... Dio Rocha

Como é difícil quando você se dedica o máximo para realizar uma tarefa, um regime, uma atividade física, quando se entrega diuturnamente ao trabalho e no desempenho de seus sonhos e, de repente, aparece uma pessoa e começa a criticar o que estamos fazendo e como estamos fazendo. Não respeitam nosso labor, nossa força, nosso entusiasmo. Apenas olham com aquele olhar arrogante, aquele sorriso alvar e proferem suas sentenças destrutivas. Há uma grande necessidade de que aprendamos a fazer auto-crítica e que saibamos ouvir a idéia e sugestões de terceiros. Mas não estou falando de idéias divergentes saudáveis. Falo de crítica destrutiva. Falo de certo tipo de pessoa que parece não dormir a noite se não destruir alguém com suas críticas no dia. É um esposo que não coopera e parece se alegrar na produção de palavras que arremessam sua parceira para a masmorra de sua alma. É uma esposa que parece se regozijar com a sensação de incompetência que consegue causar em seu esposo. São alguns pais que amaldiçoam seus filhos com palavras ásperas, xingamentos e com palavras de desânimo sobre o seu possível futuro e escolha. São filhos que criticam seus pais pela forma como lhes tratam e porque esperavam mais deles. É aquele patrão inconveniente que afunda as possibilidades daquele funcionário esforçado. A crítica é um inferno quando não se possui habilidade social para enfrentá-la. Alguns homens brilhantes passaram por isto e conseguiram superar. O professor de Bethoven disse que ele tinha uma maneira estranha de manusear o violino. Que preferiria tocar suas próprias canções ao invés de aprimorar suas técnicas. Seu professor o qualificou como sem esperança como compositor. Você sabia que Walt Disney foi despedido por um editor de um jornal por falta de idéias, e que foi à falência várias vezes? O professor de Thomas Alva Edson disse que ele era muito estúpido para aprender qualquer coisa. Lembrando que Thomas Edson registrou a patente de mais de mil invenções. A tese de doutorado de Albert Einstein em Bonn foi considerada irrelevante e sofisticada. Alguns anos depois seria expulso da Escola Politécnica de Zurich. O mais curioso foi que Henry Ford, o primeiro a fabricar carros em série, foi à falência cinco vezes antes de ser bem sucedido nos seus negócios. Se estes grandes vultos da história tivessem ouvido aquelas críticas iniciais, não teriamos musicas tão belas, não assistiríamos pateta, Mikei, Mine, Pato Donald, Pluto...Não teríamos a lâmpada, ou demoraria um pouco mais até sua descoberta, e não existiria a Ford. Felizes são aqueles que sabem lidar com a crítica alheia. Aqueles que, mesmo sendo criticados, acreditam em seus sonhos. Que transformam as críticas em alavancas para o futuro. Ouça todas as coisas, mas retenha só o que é bom para sua vida.