Cada Um é Um Perceber isto faz parte da... CalungaRita Foelker

Cada Um é Um

Perceber isto faz parte da maturidade espiritual. Cada um é um.
Cada um pensa e sente diferente, reage diferente, faz as coisas do seu jeito.

Achar que todo mundo tem que pensar e sentir de um jeito só, é criancice. O marido que quer que a mulher pense como ele, aja como ele acha que deve agir, é criança. A mulher que acha que vai poder se amoldar ao jeito do marido pensar e querer, é criança.

A pessoa que quer de todo jeito pertencer a um grupo, e adota costumes do grupo pra se sentir enturmada, é criança. A pessoa que só consegue se sentir bem se estiver usando certa roupa ou sapato, é criança.
Isto não parece claro, quando a gente começa a observar?
A maturidade chega junto com a percepção das diferenças que existem. É o respeito às diferenças.
Muita gente diz: - Médium tem que ser assim. Médium tem que bocejar. Médium tem que psicografar bem depressa. Médium tem que trabalhar no Centro.

Isso tudo são generalizações infantis. Cada médium é um médium, e se ele prestar atenção na característica singular da sua mediunidade, junto com as outras características singulares da sua individualidade, ele vai descobrir um modo todo seu de ser médium, que não vai ser nem certo nem errado, mas vai ser aquele que lhe permite sentir-se melhor.

Se ele gosta de fazer atendimento socorrista no Centro, então vai. Com certeza ele vai fazer um ótimo trabalho mediúnico, porque ele está onde quer e gosta. Mas não tem o menor cabimento colocar as pessoas na mesa pra exercitar o intercâmbio, dizendo que elas têm que trabalhar, senão algo muito ruim vai acontecer.

- Todo médium tem que trabalhar no Centro, senão enferruja.

Outra generalização infantil.

Seria a mesma coisa que dizer que todo mundo que ouve deve virar músico, e que todo mundo que enxerga deve virar pintor, só porque enxerga. Ver e ouvir são faculdades que todos têm, que todos usam o tempo todo pra viver no mundo, pra se informar, pra se orientar. Uai! A mediunidade também é assim.

Agora, eu posso trabalhar com a mediunidade no Centro, se meu coração pede, se eu sinto satisfação. Como eu posso aprender música e tocar numa orquestra, se gostar. Mas não tem coisa pior que obrigar alguém a aprender música e ser músico, se ele não sente aquela vontade no fundo da alma. Ë até uma violência!... E no entanto, tem pessoas que desenvolvem o gosto musical de outras formas: ouvindo CD, assistindo concertos. Então, porque os médiuns não podem usar sua mediunidade pra se guiarem, pra receber música ou poesia, sem estar no Centro ajudando desencarnado?

Por que não receber ajuda no meu trabalho profissional, ou na minha vida familiar? Isso é muito natural, e só não é mais comum porque vocês bloqueiam, dizendo que não pode.

- Médium não pode usar mediunidade sem ser no Centro.

Então, bote uma venda nos olhos, e ande por aí sem enxergar, e tire a venda só quando puser os pés dentro do Centro, porque lá só tem coisa bonitinha pra se ver, e tem supervisão dos mentores, e não tem perigo de você presenciar nenhuma cena desagradável, viu, sua pamonha?

Você está vendo o absurdo destas generalizações?
Pois é: cada um é um.
Tem gente que precisa se cuidar, não porque a mediunidade é um perigo, mas porque precisa de discernimento, precisa de esclarecimento.
Então, pode não ser bom pra uma determinada pessoa psicografar em casa, enquanto ela não aprender certas coisas sobre os Espíritos, sobre o mundo espiritual. Agora, daí partir para o outro extremo, o extremo do nunca, de jeito nenhum, é infantilidade. Vocês me desculpem, quem faz isso, mas é infantilidade."