Aprendiz do Infinito Sou aprendiz do... Sergio Lopes de Souza Junior
Aprendiz do Infinito
Sou aprendiz do infinito, humilde e só,
Em frente ao abismo do eterno véu.
Reformo a casa íntima do ser,
Com ética por base, por alvo o saber.
Cimento as paredes com moral firme,
Vigio as janelas, que a luz não se firme
Apenas de fora, mas que entre e habite,
Transforme a matéria, que o espírito excite.
Os bons costumes são as velas acesas
Na noite escura das naturais surpresas,
Iluminando passos no chão da existência,
Evitando quedas, dando nova ciência.
Busco expandir a consciência em vão,
Rompendo as algemas da limitação.
Não por mérito próprio, orgulho ou glória,
Mas pelo esforço em reescrever a história.
Para alçar planos que o olhar não vê,
É preciso ser mais do que hoje se é.
Merecer a altura não é troféu ganho,
É transformação no divino engano.
Assim caminho, entre dúvida e fé,
Sendo menos eu, para ser o que é.
No ciclo eterno do aprender constante,
Sou grão de poeira, mas sou também gigante.
E quando a noite do não-ser chegar,
Talvez um degrau eu possa ascender.
Não para descanso, mas para mais luta,
Pois a alma que busca jamais se reduz.
