đ Um Soneto da AusĂȘncia Desvanecida... Marcoskm7
đ Um Soneto da AusĂȘncia Desvanecida
A respiração se prende, e agora a verdade é clara:
A fachada brilhante acabou, o amor terminou.
Encaro o silĂȘncio que guarda o medo,
E descubro que nĂŁo sou um amante arruinado e abandonado.
Pois neste espaço årido, devo atestar,
A crença fundamental que arrefece o fogo do espĂrito,
Aquilo que lamento, embora outrora uma busca sussurrada,
Nunca foi real, portanto o amor nunca existiu.
Foi uma troca de anseio, imperfeito e breve,
Uma dĂvida fantasma da qual o coração nĂŁo pĂŽde escapar;
A dor precede e permanece como principal,
E a solidĂŁo veste a forma exterior da paixĂŁo.
Assim, neste quarto vazio onde as sombras se encontram,
Amor e solidĂŁo sĂŁo sinĂŽnimos, doce,
Pois amar Ă© dar o que nĂŁo se tem
a alguém que não o quer, gravar
Um vazio sobre outro vazio e chamar-lhe graça.
