Às vezes, o coração fica marcado por... Edna de Andrade
Às vezes, o coração fica marcado por cicatrizes que parecem não ter hora para cicatrizar… feridas silenciosas que aprendemos a carregar no peito, como quem guarda tempestades que já passaram, mas ainda ecoam.
E, ainda assim, a vida insiste em florescer; mesmo quando acreditamos que nada mais pode brotar ali. Depois da chuva, sempre há um campo esperando para renascer.
Curar não é esquecer o que doeu.
É ter coragem de encostar os dedos no que ainda lateja e, com delicadeza, permitir que o amor entre devagar… como quem abre uma janela para que o sol faça morada.
É respirar fundo, acolher a dor com ternura e, quando ela se aquieta, perceber que a felicidade também chega em gotas — pequenas, mas capazes de transformar tudo.
A cura acontece nos detalhes:
no abraço que nos devolve o ar,
na palavra que acalenta,
no sorriso que diz eu estou aqui,
na mão que segura a nossa, mesmo quando trememos.
É nas coisas simples que o recomeço se revela; tímido, mas cheio de luz.
E talvez seja por isso que falar de cura é também falar de amor.
- Edna de Andrade
Se essa mensagem alcançou seu coração, deixe-a seguir…
alguém pode estar precisando desse sopro de esperança hoje.
