SÉRIE: A MORADA INVISÍVEL DO AMOR⭐... Adailson Pereira Sales
SÉRIE: A MORADA INVISÍVEL DO AMOR⭐ (Adailson Pereira Sales)
INTRODUÇÃO — O QUE NINGUÉM VIU CHEGAR
Antes que o amor bata à porta, ele costuma se disfarçar de tragédia.A história que você está prestes a ler começa com uma viagem e termina com uma revelação. Entre o Maranhão e Minas Gerais, entre traições, promessas quebradas e encontros improváveis, uma jovem descobrirá que nem sempre quem perdeu tudo está derrotado às vezes, apenas está esperando alguém capaz de enxergar além da superfície.E, como um fio invisível puxado pelo destino, essa jornada unirá duas pessoas que vinham caminhando em direções opostas, até que um esbarrão inesperado mude tudo.
CAPÍTULO 1 — As Malas na Chuva
Ônibus estacionou na rodoviária de Uberaba quando o céu já desabava em prantos. Helena desceu com suas duas malas uma de roupas, outra de sonhos e ficou parada por um instante observando o asfalto virar espelho. Vinha do interior do Maranhão com o coração apertado mas decidido a vida estava só começando, mesmo que ninguém tivesse avisado a ela como seria difícil. Seu noivo Marcos não veio buscá-la mandou apenas uma mensagem curta Tô no trabalho vai direto pra casa Helena fingiu não se magoar a chuva fez esse favor por ela. Quando chegou no pequeno apartamento alugado, encontrou o que julgava ser aconchego uma cama de casal um perfume masculino no ar e a promessa silenciosa de que ali tudo seria melhor mas promessas como ela ainda aprenderia são frágeis.
CAPÍTULO 2 — O Primeiro Sinal Helena começou a trabalhar na lanchonete da irmã de Marcos. Era rápida, educada e observadora. No entanto, dentro de casa, Marcos parecia sempre cansado, irritado, distante. O problema não é você, é o estresse. Ela acreditou até que uma noite, ao voltar cedo do trabalho, ouviu risadas vindas de dentro do apartamento. Risos femininos, risos íntimos. Ela abriu a porta devagar. A amiga de infância Lídia estava sentada no sofá Marcos ao lado. Silêncio repentino. Olhares acusados Helena fechou a porta com calma. O coração, não.
CAPÍTULO 3 — A Ruptura Silenciosa não é o que você pensa disse Marcos, com a voz fracaentão me explique ele não explicou Lídia saiu sem olhar pra trás. Marcos inventou desculpas frágeis como papel molhado Helena ouviu tudo em silêncio chorou sozinha no banheiro e decidiu não seria humilhada ali. Na manhã seguinte, arrumou novamente as duas malas. Mas antes de atravessar a porta, Marcos disse você nunca vai conseguir nada sozinha Engano dele.
CAPÍTULO 4 — O Encontro na Esquina Helena deixou o apartamento com dignidade, mas sem destino. Parou numa esquina próxima à praça central. Enquanto pensava no que fazer, um homem cambaleante trombou nela. Desculpa, moça ele tinha cheiro de álcool, barba por fazer e olhos que pareciam carregar uma dor antiga. Vestia roupas gastas. Um morador de rua, claramenteHelena recuou por instinto, mas aquela voz havia algo sincero nela. Tudo bem… respondeu.O homem sorriu de um jeito triste, como quem não recebe compreensão há muito tempo.Ela não imaginava que aquele desconhecido mudaria completamente sua vida.
CAPÍTULO 5 — A Estranha Gentileza No dia seguinte, quando Helena voltou à praça para entregar currículos, encontrou o mesmo homem sentado no banco. Ele reconheceu a mochila e acenou. Moça da esquina tá melhor? Helena riu a primeira risada genuína em dias.Conversaram por alguns minutos o nome dele era Augusto. Falava bem para alguém em sua situação. Articulado, gentil, reflexivo. Dizia frases como às vezes perder tudo é a única forma de enxergar quem realmente somos.Helena ficou intrigada. Ele não parecia apenas um homem destruído. Parecia alguém que já tinha sido muito mais do que aquilo.
CAPÍTULO 6 — O PREÇO DE EXISTIR
Helena arrumou um quartinho simples nos fundos da lanchonete onde agora trabalhava. Era pequeno demais, quente demais, mas era dela.Marcos, porém, aparecia todos os dias para infernizá-la. Ninguém vai te querer, Helena você é peso morto. Engraçado, você diz isso e mesmo assim não me esquece. ela respondia, firme. Ele surtava.Ela sorria. O poder mudou de mãos, e Marcos não suportava isso.Enquanto isso, Augusto surgia sempre ao final do expediente, com seus olhos cansados e sua alma esburacada.Os dois, machucados, se encontravam para conversar.E era nessas conversas que Helena lembrava que ainda era humana.
CAPÍTULO 7 — O PRIMEIRO SUMIÇO Em uma noite, Augusto não apareceu nem no dia seguinte nem no terceiro Helena sentiu o peito travar. O silêncio dele parecia uma violência.Ao procurá-lo na praça, recebeu a notícia de um morador de rua levaram ele, moça… uns caras de terno… pareciam bravos. Helena sentiu que o mundo inteiro estava conspirando contra alguém que ela sequer entendia totalmente. Mas uma certeza cresceu dentro dela não deixaria Augusto desaparecer.
CAPÍTULO 8 — O IRMÃO SOMBRIO O carro preto voltou. Desta vez, não era o pai. Era o irmão mais velho Damião, expressão dura como pedra polida. Fique longe do meu irmão. Ele é meu amigo ele é um problema. E você não tem ideia de quem ele era. Damião aproximou-se com um sorriso falso ele destrói a vida de quem se aproxima. Pergunte à família dele. Helena estreitou os olhos algo naquele homem cheirava a veneno.
CAPÍTULO 9 — A VOLTA DE UM FANTASMA Na madrugada seguinte, Augusto reapareceu Surrado tonto com arranhões que não deveria ter. Mexeram comigo de novo Helena segurou o rosto dele. Quem fez isso? Alguém que deveria me proteger ela entendeu. Mas não disse nada. Ainda não era a hora.
CAPÍTULO 10 — A LÍNGUA DA CIDADE boatos começaram a surgir. Aquela moça do Maranhão tá ficando com o mendigo ele só quer o dinheiro dela. Ela é trouxa demais a cidade inteira parecia rir deles.Helena mantinha a cabeça erguida. Augusto tremia de vergonha se você quiser se afastar ele disse se eu quisesse já teria ido eu fico Augusto chorou pela segunda vez e Helena percebeu que era mais forte do que imaginava.
CAPÍTULO 11 — SOMBRAS ENTRE ELES. Surgiram novas acusações 1. De que Helena roubara dinheiro da lanchonete 2. De que Augusto estava agredindo pessoas na rua 3.De que eles tramavam golpes.Tudo mentiratudo plantado a polícia bateu na porta da lanchonete uma noite Helena foi levada para prestar depoimento enquanto isso, Augusto assistia impotente, gritando não levem ela! Ela não fez nada! O público ria dele. Como sempre
CAPÍTULO 12 — A HUMILHAÇÃO PÚBLICA na delegacia, Helena foi tratada como lixo por uma investigadora amarga. Você anda com vagabundos, acha que vai ter futuro? Helena cerrou os dentes. Se existe vagabundo aqui, não sou eu. É quem acusa sem prova a sala inteira parou a policial ficou sem resposta Helena era pequena, mas sua coragem era enorme. Quando saiu, encontrou Augusto ajoelhado na calçada, chorando como criança eu estrago tudo. eu estrago você Helena puxou o rosto dele para cima. Você não me estraga você me ensina a lutar.
CAPÍTULO 13 — TRAIÇÃO DE QUEM MENOS se espera Lídia voltou como um fantasma Helena, eu preciso te avisar Helena cruzou os braços você perdeu o direito de me avisar qualquer coisa. Lídia respirou fundo o irmão do Augusto ele quer destruir vocês dois e está usando a cidade toda pra isso Helena não acreditou de primeira até que viu o medo nos olhos da traidora Lídia saiu correndo como se estivesse sendo observada talvez estivesse.
CAPÍTULO 14 — A NOITE DO ATAQUE Naquela noite, alguém invadiu o quartinho de Helena.Ela acordou com o barulho.Viu um vulto gritou o invasor fugiu pela janela deixou apenas uma carta afasta-se dele a letra era tremida mas Helena reconheceu era a letra de Marcos.
CAPÍTULO 15 — A CORAGEM QUE NÃO MORRE Helena procurou Marcos você invadiu meu quarto? Eu? Jamais a mentira estava estampada na testa dele você tem medo que eu seja feliz, né? Ele explodiu você acha que aquele lixo de rua vai te dar alguma coisa? Você é minha Helena! Ela riu um riso lindo e assassino eu não sou de ninguém muito menos de um covarde como você Marcos tentou segurar o braço dela ela deu um tapa tão forte que ele cambaleou a cidade inteira ouviu.
CAPÍTULO 16 — A DESAPARIÇÃO
Augusto sumiu pela segunda vez. Desta vez completamente Helena procurou por dois dias sem dormir fez perguntas gritou correu pelas ruas até que um bilhete apareceu no chão da praça ele está pagando pelo que fez ela guardou o papel no bolso, respirou fundo e murmurou se preparem Agora sou eu contra vocês.
CAPÍTULO 17 — INVESTIGAÇÃO PERIGOSA
Helena começou a seguir Damião discretamente descobriu que ele entrava em um galpão abandonado todos os dias o lugar cheirava a segredo e mais ainda a culpa em uma das noites, Helena escutou enquanto ele não confessar, ele não sai. Seu coração parou Augusto estava lá dentro.
CAPÍTULO 18 — A INVASÃO
No terceiro dia, Helena entrou sozinha sem medo encontrou Augusto amarrado, machucado, mas vivo. Damião apontou para ela você só piora tudo ele destruiu nossa família! Helena gritou nao você destruiu! Com coragem animal, ela pegou um pedaço de ferro e golpeou a porta, destravando-a. Augusto caiu em seus braços eu sabia que você viria ela chorou mas não quebrou.
CAPÍTULO 19 — A VERDADE REVELADA
De volta à cidade, finalmente a polícia ouviu o que ninguém quis ouvir antes. E então veio a revelação Augusto era herdeiro de uma fortuna milionária. Um empresário brilhante um homem generoso, um líder natural. Mas também o alvo de uma inveja doentia do irmão. Quando Helena ouviu isso ficou paralisada por que você nunca me disse? Porque eu não queria que acreditasse que eu valia alguma coisa por causa do dinheiro ela sorriu eu te amei quando você não tinha nada agora que tem tudo melhor ainda ela brincou.
CAPÍTULO 20 — O CASAMENTO NA PRAÇA O casamento foi simples, como a vida sempre foi para eles na mesma praça onde se encontraram pela primeira vez Augusto de terno azul Helena de vestido leve as pessoas que antes riam agora observavam em silêncio. Lídia apareceu tímida Marcos observou de longe mudo quando Augusto colocou a aliança no dedo dela, murmurou você me salvou. Não nós nos salvamose se beijaram sob o aplauso do vento.
