Do Centro Divino Aprendo a olhar desde o... Mike carneiro

Do Centro Divino

Aprendo a olhar
desde o Deus que habita em mim
Cada erro— sagrado espelho
Cada queda— chão que elevo

A autoridade que me deram
não se negocia
não se empresta
não se mancha
É direito ancestral
escrito na alma
antes do tempo ter nome

Os contratempos
são lições vestidas de dor
A solidão— necessária oficina
onde forjei minha própria luz

A bondade que não espera
não cobra
não exige
É rio que flui
por ter sede de dar
Não por sede de receber

Hoje devo tudo ao Silêncio
que fala através de mim
Aos instintos divinos
que guiam meus passos
À gratidão radical
por tudo o que fui
e tudo o que ainda serei

Deus existe em mim
não como visita
mas como morada permanente
E desta casa interior
contemplo o mundo
já não como estrangeiro
mas como centro
de onde toda a vida
emana
e para onde todo o amor
retorna