Julgam meu passo, meu tom, meu olhar,... Fluxia Ignis

Julgam meu passo, meu tom, meu olhar, como se soubessem onde quero chegar. Mas cada palavra que lançam ao vento carrega o peso do seu próprio tormento.
Veem em mim o que não podem ser, projetam em mim o que não querem ver. Seus olhos pintam com tinta interior um retrato moldado por medo e rancor.
Não sou o reflexo da sua visão, sou estrada viva, sou construção. E se te incomoda o brilho que há em mim, talvez seja a sombra que habita aí dentro, enfim.
Então sigo leve, sem me curvar, pois sei que o julgamento não pode me parar. Sou feito de essência, não de opinião, sou fogo, sou água, sou coração.
