Sempre Sempre quiseram brilhar, Artur e... Mauro branquinho

Sempre


Sempre quiseram brilhar,
Artur e Lian, no mesmo lugar,
irmãos de alma, mas tão dispostos
a tudo vender pra se destacar.


Sempre juraram crescer,
sem nunca parar pra entender,
que o ouro cansa, o poder corrói,
e o tempo ensina a perder.


Sempre tentaram subir,
rindo de quem veio a cair,
achando que a glória viria
sem nunca ter de dividir.


Sempre buscaram o valor,
no brilho do metal e no suor,
mas o brilho apagou cedo,
e a ganância virou dor.


Sempre, um dia, veio o quebrar,
Artur caiu, Lian quis ajudar,
mas o peso do orgulho antigo
não deixou o perdão falar.


Sempre, no fim, veio o chorar,
os tronos ruíram, o ouro secar,
e só restou a memória fria
de quem quis tudo e ficou sem lar.


Sempre, então, compreenderam,
que o poder é vento a passar,
e quem governa o coração
tem mais do que pode contar.


Sempre, no fim, vão lembrar,
que nada há pra se levar,
que quem vive só pra possuir,
acaba por nada ser e só ficar.