Sempre tive muita dificuldade de me... Karina Megiato

Sempre tive muita dificuldade de me posicionar profissionalmente. Tudo o que eu fazia não ia para frente, eu me sentia travada e os resultados financeiros não chegavam. Eu não entendia o porquê. Eu não compreendia por que, por mais que eu me esforçasse, nada na minha vida acontecia do jeito que eu queria...
Até que um dia eu percebi e entendi o ensinamento de que: quem quer está fechado.


Quando há esforço para realizarmos algo na nossa vida, quando aquilo nos demanda, suga nossa energia, faz com que tenhamos que forçar a barra em muitas situações, é a vida nos mostrando que talvez não estejamos indo na direção certa.
Porque, se quem quer está fechado, é porque eu não estou aceitando e recebendo aquilo que eu tenho no aqui e no agora.


Eu não estou aceitando, recebendo e experimentando com gratidão o que já tenho.
Eu quero algo diferente.
E, quando eu não aceito e não sou grata pelo que tenho, como algo melhor vai poder chegar até mim, se nem é possível expressar gratidão pelo aqui e agora?


E aí, nesse esforço todo para realizar, para fazer, me deu um start quando precisei voltar para uma etapa anterior do meu processo.
Eu queria fazer algo grande, algo grandioso, e parei o que estava fazendo anteriormente para me dedicar a essa nova coisa, essa nova visão, que, na minha cabeça, seria maravilhosa.
Mas o esforço veio.


E com as pequenas percepções que temos durante o dia, nossos estados internos, nossos pensamentos, é possível perceber a vida nos dando sinais.
A vida vem nos mostrar que, muitas vezes, estamos tentando ir para a direita, mas Deus quer que sigamos para a esquerda.
E a gente força, tenta, insiste em ir para a direita, mas Deus quer que eu vá para a esquerda.


Porque, se eu ainda não colhi os frutos daquele processo que estou vivendo,
se cada experiência que eu vivo na minha vida eu entendo como um momento de aprendizado, um momento de crescimento,
se percebo que as pessoas com quem convivo, os relacionamentos que tenho, tudo, servem para que eu cresça, me desenvolva, cure feridas dentro de mim e cure o meu sistema familiar como um todo,
então, se trago essa visão e percebo que estou indo forçosamente para um lado, consigo entender que Deus quer que eu vá para o outro.


Provavelmente, eu ainda precisava aprender algo na fase atual em que estava.
Precisava aprender gratidão.
Precisava aprender a experimentar o aqui e o agora com aquilo que tenho, e ser grata por isso.


Porque, se eu estou neste lugar, eu também posso contribuir.
Eu também posso ser instrumento da mensagem.
Posso ser instrumento do amor onde estou.


As pessoas que estão ali comigo, neste momento, também são instrumentos para trabalhar algo interno dentro de mim.
Elas vêm como espelhos para refletir tudo aquilo que reverbera dentro do meu coração.
E, através do contato, dos relacionamentos, das coisas e dos objetos, é possível observar o que vibra em mim.


E, se eu trago à consciência que é a minha visão, a minha projeção de mundo, que cria a realidade lá fora,
passo a entender a minha autorresponsabilidade com o meu cuidado e com o meu crescimento.


Porque, se eu tomo essa responsabilidade de curar as minhas feridas, de curar os meus traumas e compreender o que essa situação está querendo me ensinar, eu posso crescer com ela e deixar de buscar o que o meu ego quer.
Porque o ego quer ser grande, quer ser importante.
Mas, às vezes, você precisa estar em um lugar que, na sua concepção, é o mais humilde,
para trabalhar alguma característica interna, desconstruir a imagem que tem de si mesma,
desconstruir dores, traumas e perdas do seu próprio sistema familiar.


E então ser um canal para que o amor possa fluir,
do seu sistema passado, por você, e para as gerações futuras.


Então, se Deus está te trazendo de volta,
se você não conseguiu avançar para a próxima fase do videogame da vida,
volte com humildade, volte com amor e volte com o coração aberto, dizendo:


“Eis-me aqui. Que fruto eu ainda não colhi? O que eu ainda não aprendi?”


E aí, observando, você vai sentir que Deus está presente.
Que essa energia divina está comunicando conosco o tempo todo.


O que precisamos é despertar.
Abrir os olhos para ver e os ouvidos para ouvir.
E assim, sentir essa conexão, essa união com o Todo.


Namastê.






17/07/21 20h08
Karina Megiato