Carta Aberta O “ir embora” sempre... Êmily Santos

Carta Aberta


O “ir embora” sempre foi pesado e árduo,
só sendo acompanhado de um “até breve”
pra poder deixar ainda mais a respiração pesada.


Pois cada minuto processando o “ir embora agora”,
a saudade vai ser o passatempo da viagem,
com um gosto, no entanto, agridoce.


Levo na mala as lembranças,
os momentos que aqui tive,
mas deixo o meu coração —
e até é bom que aqui ele esteja guardado.


Peço encarecidamente que o deixe no meu cantinho,
e se precisar fique bem pertinho,
que é pra de lá, onde eu estiver,
sentir o teu carinho.


Mas enfim, me resta ir:
“Ir embora agora”... mas até breve!


— Êmily Santos