⁠Olá, você que está lendo isso.... Diogo lima Carvalho

⁠Olá, você que está lendo isso. Lamento muito, de verdade. Lamento por você continuar lendo esse texto — ele não é mais do que aquilo que você já leu um dia. Nã... Frase de Diogo lima Carvalho.

⁠Olá, você que está lendo isso. Lamento muito, de verdade. Lamento por você continuar lendo esse texto — ele não é mais do que aquilo que você já leu um dia. Não tem mais do que os que já fizeram antes. Isso é apenas mais um relato de alguém que já se perdeu, só mais um resquício de quem já se feriu.

Pois bem, já que está aqui, me ajude, que tal? Olhe pelos meus olhos e veja onde estou. Vou dar uma breve descrição de onde estou — e talvez onde todo mundo, no fundo, também esteja — mas poucos percebem que já chegaram.

É um lugar perigosamente belo, onde a felicidade pode florescer, mas onde o ódio também pode criar raízes. Durante minha vida, esse lugar mudou tantas vezes... E nem sempre era um lugar físico. Nesse espaço, já sofri de diversas formas e inúmeras vezes, nem todas bom, nem todas ruins. Nem todas as raízes que nascem aqui são ruins ou boas.

Cometi muitos erros, meus pecados que falei mim mesmo. Já sonhei com o que poderia ser possível e, com isso, coloquei todo o meu mundo — e mais, tudo o que poderia vir a ser. No fim, só me tornei aquilo que deveria transformar. E me perdi tão profundamente que nem consigo mais me enxergar.

Como um jardim tão fechado que nem você que é o dono consegue ver através dele. Depois de tanto tempo, esse lugar se tornou um espaço onde só há angústia e armaduras. E, de novo, me tornei aquilo que deveria transformar.

A última coisa de que me lembro é de ter confiado esse mundo todo quebrado a alguém. Não sei bem quem — não reconheço essa pessoa direito. Acho que foi alguém que criei em minha mente. Mas, mesmo assim, foi alguém muito importante.

E a última coisa em que pensei antes de você me encontrar foi: "Por que entregar esse mundo a alguém?" Quem daria um fardo desses a alguém?

Agora só pondero, dia após dia, sobre a fraqueza, a insegurança, a certeza, o amor, o ódio, a vida, a morte e a felicidade. Não sei o que preciso fazer. Acho que foi por isso que entreguei esse mundo a alguém mesmo sem ela saber — porque eu não sabia o que fazer, e esperava, magicamente, que essa pessoa soubesse lidar com toda essa bagunça.

Mas, apesar de tudo, acho que encontrei uma solução. Uma solução frágil, mas ainda assim uma solução. Porque o que importa é a esperança — que, nesse lugar, tem outro nome: fé.

O estranho é que essa palavra me parece familiar, mas não sei se algum dia reconheci seu verdadeiro significado.

Enfim... acho que já deu. Já deu dessa solidão insuportável. Sim, há várias questões abertas, talvez um grande descaso. Mas está na hora de seguir em frente.

Você pode me ajudar?