Ter o que sou Na bagunça do meu eu... Felipe Affonso
Ter o que sou
Na bagunça do meu eu
Tropiquei na montanha de apreços acumulada pela minha estima.
Caído
Do lado de la vi a verdade
Do alto da colina de roupas gastas porém lavadas avistei um ser novo tentando se ajustar
Me despi do preconceito e das crenças que foram enraizadas por pura inabilidade de não querer permanecer onde não cabe o que eu sonhar ou apenas sonhar
Meu olhar já não turvo
Maduro e seguro com muros
Que não só me limitam mas também protegem do mal pensar
Portas se abrem pra que você também me enxergue
Assim como estou
Tudo que sou
Ressoa no eco da vida
Estanco com sabores novos a ferida
Ela se intriga
Mas degusta novas experiências
Organiza o que gosta
E nem sempre posta
O que me a fez amar
Contudo arrumado
Na mala que chamo de pensamento
Não está mais ao relento
As mazelas que em Renascimento
Beleza e formosuras fizeram organizar
Amor
Esperança
Sincronizados pela fé
Que no momento resgataram
Para ter o que sou
E mais nada pesado nessa viagem
tranquila decidi comigo carregar.