⁠Soneto da Carta ao Araújo No teu... Jorge Antosko

⁠Soneto da Carta ao Araújo No teu quarto quieto, lotado de sonhos Que tu vivencias, na mais sóbria graça, Te digo, meu amigo: o tempo passa Enquanto vivemos dia... Frase de Jorge Antosko.

⁠Soneto da Carta ao Araújo

No teu quarto quieto, lotado de sonhos
Que tu vivencias, na mais sóbria graça,
Te digo, meu amigo: o tempo passa
Enquanto vivemos dias enfadonhos.

Depois de nós, tudo seguirá o mesmo,
Assim como já eram as coisas antes,
Hão de haver boêmios e delirantes
Para ocuparem os bares, a esmo.

Mas sonhador como tu, não haverá igual:
Seja nesta, ou em qualquer galáxia,
És para sempre, excêntrico e único.

E me é consolo, saber que ao final
Serás tu a árvore asclepidácea
A enfeitar meu esquecido túmulo.